Celero recebeu aporte do Honey Island, fundo de investimentos criado pelos fundadores do unicórnio de pagamentos Ebanx. Fintech já atende 500 pequenas e médias empresas
O Brasil tem 20 milhões de empreendimentos, 70% deles pequenas empresas. Um desafio é comum para todos: fazer a gestão financeira. Durante a pandemia, que provocou o fechamento temporário de muitos estabelecimentos, administrar as contas ficou ainda mais difícil.
Enquanto isso, uma fintech aumenta seu volume de vendas em 15% a 20% mensalmente. A Celero ajuda pequenas e médias empresas a fazer sua gestão financeira, centralizando a vida bancária desses negócios. A proposta da startup atraiu um novo aporte, realizado pelos fundos paranaenses GooDz Capital e Honey Island (criado pelos cofundadores do unicórnio brasileiro de pagamentos Ebanx). Para 2020, a Celero pretende aumentar em sete vezes sua base de pequenas e médias empresas atendidas.
Quinze minutos diários são gastos no uso da plataforma. "Entregamos as atividades operacionais de um departamento financeiro, a um custo menor do que o de um estagiário e com mais inteligência", diz Tosin. A fintech afirma gerar uma redução de 60% a 75% nos custos de gestão financeira das PMEs atendidas. A Celero cobra uma mensalidade por seus serviços, no modelo de software como um serviço (SaaS).
Mais do que um sistema de gestão financeira, porém, a Celero hoje se propõe a centralizar a vida bancária das empresas atendidas. "O empreendedor tem várias maquininhas e várias contas em bancos, mas não consegue acompanhar tudo isso. Não declara impostos corretamente e tem dificuldade para obter crédito", explica Tosin.
A Celero atende cerca de 500 clientes. As PMEs na plataforma costumam apurar um faturamento médio mensal entre R$ 60 mil e R$ 300 mil. Nove a cada dez clientes são do setor de serviços, como agências de publicidade, clínicas de estética e escritórios de advocacia.
A Celero cresceu nestes tempos de pandemia: o volume de vendas aumenta de 15% a 20% mensalmente. "Os empreendedores estão dando mais valor a cuidar do seu próprio dinheiro, porque sabem que ficará mais difícil passar por esse e outros momentos sem profissionalização financeira", diz Tosin.
Na virada de 2018 para 2019, a Celero conquistou um investimento da Harvard Business Angels. O grupo de investidores anjo é formado por alunos e ex-alunos da Universidade Harvard. O valor do aporte não foi revelado, mas a fintech foi avaliada em R$ 10 milhões. Também foi reconhecida pelo Prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo Sustentável em sua 11ª edição.
A meta de longo prazo é ainda mais agressiva: atender 1 milhão de pequenas e médias empresas em sete anos. O mercado é grande: o país tem milhões de empresas, e boa parte delas têm dificuldade em administrar suas finanças... leia mais em revistapegn 01/06/2020
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