Impossível querer separar o homem, pai de família, marido, do empresário com outros maridos, famílias, esposas em diversas outras casas.
O mercado de M&A vai mudar, mas nós também vamos.
Mas onde muitos veem uma crise, enxergamos uma oportunidade.
Dia 30 de março, uma segunda-feira, estávamos todos na empresa, ligando para clientes (tinha clientes? – SIM. Muitos), e oferecendo ajuda, reforçando conceitos, mostrando caminhos e principalmente, pensado em caminhos ainda não percorridos, mas que agora se fazem necessários.
Diferente do que muitos acham, o mercado de M&A continua acelerado, pois os Fundos de Investimentos continuam com o caixa cheio de dinheiro em busca de boas oportunidades, e isso não significa apenas em relação a empresas em dificuldade (até porque ainda não sabemos a real dificuldade dessas empresas), mas empresas que antes da crise estavam saudáveis, com bons números, com boas perspectivas, mas que a conjuntura mundial fez despencar.
As reuniões presenciais passaram a ser feitas por aplicativos (que viraram febre, inclusive) voltados para vídeos-conferências, as ligações ficaram mais frequentes e o já cansativo WhatsApp, virou um “diálogo permanente e ininterrupto” com os clientes. Descobrimos que não precisamos estar a frente do cliente para ser escutado, nem falar mais alto para que ele pudesse lhe ouvir, pois nesse momento toda conversa ganhou um peso relevante e importante. Finalmente o cliente é todo seu.
Os processos de investimento que duram entre 8 a 12 meses ficaram em segundo plano para algumas empresas, e surgiu operações de dívida, de crédito, com um nome diferente: Operação de Mezanino. Essas operações tem esse nome diferente, pois não é uma operação de crédito bancário, como pegamos em banco tradicionais, e não é uma venda de participação (Equity), por isso, já que está no meio do caminho, não é “nem o térreo e nem o 1º andar”, ganhou o nome de Mezanino.
Para aqueles clientes que estavam com números satisfatório e viram seu negócio simplesmente parar de vender, esse tipo de operação surgiu como um alento, pois os compromissos do início do ano, estão vencendo agora, e para essa “roda não parar de girar”, o pagamento desses fornecedores ou serviços se faz necessário.
Essa é uma solução nesse momento? É a solução que temos. Ou pelo menos uma das ....
"Esse período de recursos limitados vai nos ensinar a fazer mais com menos"
Inventar e reinventar é prioridade agora, mas calma, pois fazer isso porque você ouviu de alguém, é um passo para o precipício. Tente uma vez, depois outra vez, não desanime só porque você fracassou uma vez, já que nessa época muitos fracassarão, mas não desistirão. Crises favorecem a criatividade, uma oportunidade forçada para sair da zona de conforto e testar novos caminhos e horizontes. Esse período de recursos limitados vai nos ensinar a fazer mais com menos, mas o brasileiro tem sua reconhecida criatividade e esperamos que esses obstáculos possam nos motivar à sair desse lugar tão difícil de admitir: O lugar dos derrotados.
A tecnologia deleta funções e cria outras. Produtos ficam velhos, novos serviços aparecem. Trata-se de um mundo mais volátil, de mudanças mais rápidas. Vamos viver mais e passaremos a conviver com mudanças ainda mais velozes do que os nossos antepassados. Ou seja, viver e mudar são verbos com significados cada vez mais próximos.
O mercado de fusões e aquisições terá, na nossa opinião, muito mais fusões do que nos anos anteriores. Inimigos virarão amigos. Concorrentes virarão sócios. Competidores virarão aliados. Nesse mercado de transformação tão rápida, a palavra agora é dividir para somar!
O ex-jogador Tostão escreveu em sua biografia: “Morremos e renascemos várias vezes na vida, até desistirmos, ou até que a vida desista de nós”.
Não vamos desistir agora. Agora, não é hora! Autor DOUGLAS CARVALHO - sócio-fundador da Target Advisor, boutique de M&A Leia mais em targetadvisor 15/04/2020
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