A Berkshire Hathaway conta com US$ 125 bilhões em caixa. É recurso suficiente para comprar muitas empresas americanas de capital aberto de uma tacada só. E, ao que indica, o megainvestidor Warren Buffett está com apetite
“O mercado é uma ferramenta que transfere dinheiro do impaciente para o paciente.” A lição do megainvestidor Warren Buffett talvez nunca tenha sido tão valiosa em tempos de pandemia do coronavírus.
Graças a esta lição, o oráculo de Omaha, como Buffett é conhecido, agora tem cacife para comprar uma empresa “do tamanho de um elefante”, como ele gosta de se referir quando está à procura de um ativo gigante para o seu portfólio.
Até dezembro do ano passado, a Berkshire Hathaway contava com US$ 125 bilhões em dinheiro e investimentos de curto prazo no Tesouro americano.
Com esse dinheiro acumulado, Buffett poderia comprar pelo menos uma dentre 450 das empresas listadas no S&P 500, uma ou mais dentre 80 das ranqueadas na Nasdaq 100 e uma ou mais dentre 11 que figuram na Dow 30.
Pressupondo que o caixa da companhia tenha se mantido o mesmo e levando em consideração apenas os valores de mercado, Buffet tem agora poder de fogo para comprar a rede de fast-food McDonald’s, cujos papéis se desvalorizaram-se 16% desde o começo do ano. O valor do mercado da companhia é de US$ 125 bilhões.
O Paypal, que acumula perdas de 12,4% desde o início do ano e vale US$ 113 bilhões, também poderia ser comprado pela Berkshire Hathaway. Assim como a problemática Boeing, que viu seus papéis despencarem 54,3% e está avaliada em US$ 85 bilhões.
Ainda que se leve em conta outra regra de Buffett, que prometeu nunca testar os limites de seu fluxo de caixa, preservando US$ 20 bilhões, a Berkshire Hathway ainda poderia adquirir o Goldman Sachs, que vale US$ 54,5 bilhões. A Tesla, avaliada em US$ 92,5 bilhões, também “caberia no bolso” de Buffett.
Caso esteja “faminto”, Buffett poderia levar, em uma tacada só, a companhia aérea United Airlines (US$ 7,4 bilhões), o conglomerado de turismo Expedia Group (US$ 7,8 bilhões), o portal de e-commerce eBay (US$ 24,8 bilhões), a rede de hotéis Marriott (US$ 24,6 bilhões) e a farmacêutica Walgreens (US$ 40 bilhões). Todas as companhias fazem parte da Nasdaq 100.
Numa compra em atacado no S&P 500, Buffet e seus US$ 105 bilhões podem adquirir, simultaneamente, a empresa de eletrodomésticos Whirlpool (US$ 5,4 bilhões), a companhia de tecnologia e geolocalização Garmin (US$ 14,6 bilhões), a gigante de alimentos General Mills (US$ 31,7 bilhões) e a rede de mercados Target (US$ 48 bilhões).
Já na Dow 30, o “carrinho de compras” da Berkshire Hathaway tem espaço para a empresa química Dow (US$ 21,2 bilhões), a seguradora Travelers Companies (US$ 26,2 bilhões) e a companhia de máquinas pesadas Caterpillar (US$ 61,4 bilhões). Juntas.
Mas será que Buffett irá aproveitar as oportunidades que estão surgindo por conta da desvalorização das ações em razão da crise econômica que nasce na esteira dos problemas sanitários? O índice S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas dos EUA, já se desvalorizou quase 20% desde o começo deste ano.
Em carta aos acionistas, no ano passado, Buffett disse que estava à procura de um investimento. Embora tivessem alguns alvos não-declarados sob a mira, Buffett e sua Berkshire Hathaway se esquivaram de puxar o gatilho por julgarem as companhias superavaliadas. Agora, elas podem estar baratas.
Buffett pode sair para caçar. E, convenhamos, a temporada parece ser toda para o caçador... Leia Mais em neofeed 31/03/2020
Texto totalmente inútil, que pressupõem que todas as ações das empresas estão a venda. Outra coisa o WB nunca fica majoritário nas companhias, então não faz sentido esse tipo de comparação do recurso em caixa x valor de companhia.
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