Dos cerca de R$ 50 bilhões previstos pelo mercado nestas ofertas, analistas calculam que R$ 25 bilhões venham da Caixa Seguridade, da operação de cartões da estatal e da Caixa Lotéricas.
O processo faz parte do plano de desestatização do banco para alavancar recursos e pagar a dívida de cerca de R$ 30 bilhões com o Tesouro Nacional.
O setor de gestão de recursos (Caixa Asset Management) também deve ir a mercado, segundo o planejamento do presidente da instituição, Pedro Guimarães. No entanto, de acordo com analistas, esse quarto IPO deve ficar para os próximos anos.
O mais encaminhado é o da Caixa Seguridade, que já conta com um sindicato de bancos para coordenar a oferta, seguido das estatais de saneamento. No setor privado, empresas de construção lideram a corrida para a Bolsa.
Especula-se que 25 empresas abram capital neste ano, 8 delas estatais. Os cinco IPOs de 2019 movimentaram R$ 10 bilhões, segundo a Anbima (entidade do mercado de capitais).
A primeira oferta inicial de 2020 será a da construtora Mitre, uma empresa familiar, que começa a ser negociada na Bolsa em 5 de fevereiro.
A abertura está em fase de reserva de ações, período no qual o investidor sinaliza à sua corretora quantos papéis deseja comprar quando iniciarem as negociações.
A companhia projeta captação de R$ 763 milhões, caso a ação seja negociada no preço médio estipulado de R$ 16,80. No melhor cenário, com preço acima da média e oferta adicional de papéis, pode superar R$ 1 bilhão.
Em 6 de fevereiro estreiam as ações da Locaweb, empresa de hospedagem de sites, que prevê captação de R$ 942 milhões e preço médio de ação de R$ 15,75. Caso o lote adicional seja ofertado, o IPO superaria a marca de R$ 1 bilhão.
Ainda em fevereiro, no dia 12, a incorporadora Moura Dubeux também pode chegar a casa do bilhão com seu IPO, com preço médio por ação de R$ 19.
No dia 17, a Priner, prestadora de serviços industriais para empresas de óleo e gás e mineração, vai à Bolsa em menor escala. Sua oferta deve movimentar R$ 200 milhões (R$ 11,50 por ação).
Segundo André Rosenblit, diretor da Santander Corretora, a tendência é que mais companhias menores busquem a Bolsa. "As grandes já abriram capital, e as médias estão tendo mais facilidade de se capitalizar por meios tradicionais com juros baixos", diz.
"É a vez de empresas de faturamento menor e não tão conhecidas. A demanda não vai ser absurda, como em 2019, mas vai ser boa, cerca de 125% da oferta", diz Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo.
As aberturas de capital em 2019 tiveram uma alta procura pelo pequeno investidor, o que levou a demanda a ficar muito acima da oferta.
Com o crescimento do mercado de ações brasileiro, empresas menores veem uma boa oportunidade de se capitalizar rapidamente. Em 2019, o número de CPFs na Bolsa mais que dobrou, de 813 mil para 1,7 milhão, com investidores procurando alternativas à renda fixa após as quedas dos juros para 4,5% ao ano.
As ofertas subsequentes de ações (follow-on) também devem crescer. A Santander Corretora estima R$ 150 bilhões de follow-ons neste ano, dos quais 75% deve vir do governo. Em 2019, foram R$ 80 bilhões em follow-ons.
A maioria dessas ofertas secundárias viriam do BNDES, que pretende se desfazer de participações em Petrobras --que pode gerar até R$ 23,5 bilhões--, JBS e Copel. Em janeiro, o banco vendeu todas as ações que detinha da Light, com estimativa de arrecadação de cerca de R$ 400 milhões.
"A carteira do BNDES tem R$ 100 bilhões. Pode vir grande parte [à mercado], mas nem tudo neste ano. Eles são cuidadosos para não fazer pressão nos ativos", diz Rosenblit... folhapress Leia mais em yahoo 27/01/2020
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