02 janeiro 2020

Bolsa bate novo recorde no primeiro pregão de 2020 e chega a 118 mil pontos

Possibilidade de acordo entre EUA e China deixou os investidores otimistas com o desempenho da economia

Mercados reagiram com otimismo mediante possibilidade de acordo comercial entre Estados Unidos e China

O tom de otimismo com o desempenho da economia brasileira em 2020 e a melhora do cenário externo, com a possibilidade de acordo entre Estados Unidos e China, fizeram com que o primeiro pregão de 2020 começasse batendo recorde. Nesta quinta-feira, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, bateu o maior nível histórico, atingindo 118.573, alta de 2,53%.

Os mercados reagiram com otimismo diante da possibilidade de acordo comercial entre Estados Unidos e China, previsto para ser assinado no próximo dia 15 de janeiro. O encontro acontecerá inicialmente na Casa Branca, mas Pequim deverá sediar as negociações da chamada “fase 2”. A mais recente medida do banco central da China para estimular sua economia, com redução da alíquota do compulsório em 50 pontos-base, de 13,0% para 12,5%, no caso de grandes instituições, também ajudaram para o desempenho.

"O Brasil surfou a melhora do quadro externo com as notícias da China e Estados Unidos. Há também uma expectativa muito positiva com relação ao crescimento do país. O cenário exterior positivo, commodity com viés positivo e liquidez mais fraca impulsionaram o Ibovespa", diz Rafael Passos, analista da Guide Investimentos.

A tendência, segundo os analistas, é que o mercado siga impulsionado pela dinâmica do exterior, além da melhor perspectiva para o crescimento do PIB e da aposta em uma melhora no ranking de crédito já em 2020.

O risco-Brasil, medido pelo CDS, se manteve em queda pelo sexto dia consecutivo, atingindo 96 pontos. Quanto menor o patamar, menos é cobrado no financiamento a operações no país, o que pode gerar atração de investimentos.


O dólar fechou o dia em alta, após fechar o último pregão do ano próximo de 2019 bem próximo a R$ 4, no menor valor desde novembro de 2019. A moeda americana terminou com avanço de 0,33%, sendo cotada a R$ 4,023.

Para Jefferson Laatus, sócio fundador do grupo Laatus, o horizonte para a moeda brasileira é positivo, devido à perspectiva otimista para a economia doméstica e à expectativa de entrada de recursos com ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) em 2020.

Em 2019, a Bolsa foi considerada um dos melhores investimentos do ano, terminando com valorização de 31,6% no ano. Foi a maior alta desde 2016, quando acumulou alta de quase 39%, após despencar 13% em 2015.

O resultado foi impulsionado pela expansão da presença de pessoas físicas em aplicações de renda variável. Segundo dados da B3, já são mais de 1,5 milhão de brasileiros investindo na bolsa.

Na tentativa de avançar e popularizar ainda mais a base de investidores, a B3 anunciou nesta quinta a redução da taxa mensal de manutenção de conta, que hoje custa cerca de R$ 110 ao ano. A partir deste ano, o custo será gratuito e haverá redução de 10% no valor cobrado por negociação para pessoas físicas.

Para 2020, as projeções de alta da Bolsa são mais baixas. Segundo economistas consultados pela Bloomberg, o Ibovespa deve terminar 2020 próximo dos 130 mil pontos, o que corresponde a uma alta de 12%... Leia mais em epocanegocios 02/01/2020



Nenhum comentário:

Postar um comentário