23 dezembro 2019

Privatizações devem beneficiar o mercado de seguro corporativo

O presidente da seguradora Zurich no Brasil, Edson Franco, comanda duas empresas em uma. Cerca de 60% do negócio da gigante suíça no País se concentra em uma joint venture com o Santander. Os 40% restantes são distribuídos por meio de outros bancos e varejistas. No total, a distribuição de prêmios pela Zurich no País gira em torno de R$ 11 bilhões por ano.

Para Franco, além da expectativa de um crescimento mais robusto da economia, o setor de seguros receberá uma injeção de ânimo das privatizações do setor de infraestrutura, que deverão elevar o investimento na área para cerca de R$ 50 bilhões. "O andamento dessa agenda é crítico para o futuro do País”, afirma. Para as seguradoras, a proliferação de obras de infraestrutura se reflete em oportunidades para vender apólices.

Hoje, o negócio da Zurich se divide em dois no Brasil. Como isso funciona?

Temos uma operação no mercado aberto e uma joint venture de distribuição no mercado bancário, com o Santander. Na operação de mercado aberto, trabalho com bancos de pequeno e médio porte e também com varejistas, como Via Varejo, Havan e Polishop. Hoje, a parceria com o Santander responde por 60% do negócio e o restante, por 40%. Nossos prêmios estão entre R$ 10 bilhões e R$ 11 bilhões ao ano.

Que inovações a Zurich implementou no atendimento?

No seguro de celular, usamos inteligência artificial no registro do sinistro. Por meio eletrônico, geramos um voucher para o cliente ir à loja onde ele comprou o celular e receba um aparelho novo cerca de 24 horas após o roubo.

Qual sua expectativa para 2020?

Acreditamos que um salto do seguro no País depende da retomada do emprego – embora tenhamos uma expectativa positiva para a economia em 2020, o grande movimento de inflexão só virá com a recuperação da renda. Em 2020, ainda vamos ver as empresas crescendo com base na capacidade ociosa que tinham.

Há algum evento que possa dar um ânimo extra ao mercado de seguros?

Existe uma expectativa importante para o seguro corporativo, pois os investimentos em infraestrutura devem saltar para R$ 50 bilhões, ante cerca de R$ 10 bilhões neste ano, por causa da pauta de privatizações de rodovias, portos e aeroportos. Na execução da obra, são necessárias apólice de seguro-garantia e de risco de engenharia. E, no momento da operação, vêm os seguros patrimonial e de responsabilidade civil.  Fernando Scheller, O Estado de S.Paulo  Leia mais em estadão 23/12/2019

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