29 novembro 2019

Agrofy recebe US$ 25 milhões e planeja expansão do negócio

Intenção da plataforma de marketplace do agro é estar em ao menos 20 países até 2025

Pouco mais de um ano depois de estrear no mercado brasileiro, o marketplace digital voltado para agronegócio Agrofy está implantando uma estratégia de consolidação da atividade no país e de expansão internacional. O movimento vem sendo viabilizado por investimentos que somam cerca de US$ 25 milhões, sendo parte dos recursos de fundos ligados a empresas como Bunge e Syngenta.

A empresa está no Brasil desde outubro de 2018. O fortalecimento dos negócios aqui é apenas uma parte da estratégia a ser adotada com os milhões que entraram no cofre. A atuação, por enquanto, está restrita a máquinas, veículos e peças. Mas o projeto de expansão está associado à diversificação. O objetivo é lançar pelo menos mais dez categorias de produtos até o final do ano, entre elas a de insumos.

“Temos uma visão muito clara de onde queremos chegar até 2025 e um plano muito claro para a nossa expansão Brasil. Obviamente que isso se concretiza com a rodada de investimentos”, garante o manager da Agrofy no Brasil, Rafael Sant’Anna.

A fase atual, que Rafael chama de um primeiro estágio, tem sido, essencialmente, de formação de mercado, para elevar a liquidez. “Eu trago produtores interessados em comprar produtos de uma marca ou empresa e levo o contato desse produtor por dentro do marketplace”, explica. “Eu faço esse contato, mas não garanto que essa venda se converta. Eu levo uma intenção de negócio”, pontua o executivo.

Passo seguinte
O próximo passo, diz Rafael Sant’Anna, é efetivar transações de mercadorias, através da emissão de ordens de compra e venda, viabilizando a operação digital. Está nos planos também a criação de uma fintech e um meio de pagamento, o que viabilizaria, por exemplo, a realização de operações como o barter na plataforma.

“Nossa ideia é colocar essa ferramenta no ar no segundo semestre de 2020. Foi assim que nos posicionamos na rodada de investimentos. Tenho grandes desafios, mas este é o nosso plano e te diria que a gente vem cumprindo o plano Brasil acima das expectativas dos investidores”, afirma ele.

A Agrofy, de origem argentina, foi fundada em 2015. Está também no Paraguai, Uruguai, Chile, Colômbia, Peru e Bolívia. Até dezembro, deve chegar ao México, segundo Rafael Sant’Anna. A partir de 2020, deve ser iniciada uma expansão pela Europa. Até 2025, o plano da empresa é ter operações em pelo menos 20 países.

“Temos como objetivo ser um unicórnio do agronegócio na nossa operação em nível global”, diz Sant’Anna, referindo-se ao nome dado a empresas de tecnologia que atingem um valor de mercado de US$ 1 bilhão. “A operação do Brasil deve girar em torno de 50% a 55% do negócio”, acrescenta o executivo.

Avaliação positiva
A avaliação da Agrofy para este primeiro ano de operações no Brasil é positiva. Rafael Sant’Anna, não informa o faturamento, mas diz que tem crescido mês a mês. Atualmente, dos acessos mensais à plataforma brasileira, cerca de 1,4 milhão, 6,3% são convertidos em negócios. A meta é superar 2 milhões de visitas por mês até o final do ano.

Sant’Anna afirma que a intenção é ser uma alternativa para a cadeia de distribuição, sem quebrar a cadeia de distribuição tradicional. A solução é ser capaz de atender diversos modelos. Segundo ele, a plataforma se adapta às características e à região onde o vendedor está localizado, preservando cada negócio que utiliza o marketplace como ponto de venda.

“A gente vem não para criar uma ruptura do modelo de comercialização, mas pegar esse modelo que hoje acontece offline e trazer isso para o digital. Ele identifica onde o produtor está e esse contato vai chegar para a revenda ou concessionária responsável por aquela área. Eu espelho no mundo digital a estratégia da empresa e fortaleço o canal de distribuição”, afirma... Leia mais em globorural 29/11/2019

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