02 outubro 2019

Trivèlla M3 irá investir R$ 165 mi em empresas brasileiras

Gestora está iniciando operações de dois veículos de venture capital

Depois do sucesso alcançado com os primeiros produtos de venture capital operados pela Trivélla M3 Investimentos, a gestora se prepara para lançar dois novos veículos para incentivar o crescimento de empresas nacionais.

A Trivèlla M3 Investimentos está captando para seu quarto fundo de venture capital: o Trivèlla M3 VC4. O objetivo da gestora é levantar R$ 150 milhões neste produto e fazer aportes denominados série B, investindo em empresas que apresentem, no mínimo, R$ 20 milhões de faturamento anual. “Nosso planejamento é fazer cheques entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões”, antecipa Marcel Malczewski, CEO da gestora.

Para o Trivèlla M3 VC4, a gestora já levantou R$ 67,5 milhões para investimentos. Um de seus parceiros nesta empreitada será o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A instituição aprovou, no final de maio, aporte de R$ 37,5 milhões no Trivèlla M3 VC4 Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia.

Apesar de ainda estar em fase de captação, a gestora não deixou passar uma boa oportunidade que encontrou no mercado e aportou R$ 11 milhões na InfoPrice, empresa de tecnologia e inteligência de negócios focada em pricing do varejo físico para varejistas e indústrias.

Outro produto aberto para captação na gestora é o M3 VC5. Aberto no final do último mês, com capital de R$ 15 milhões, este veículo foca investir em startups que registrem pelo menos de R$ 1 milhão de faturamento por ano.

Histórico
Os primeiros produtos da gestora converteram bons rendimentos para os investidores. Entre as operações realizadas é possível destacar a venda da FBITS, uma plataforma de construção de e-commerce voltada para grandes operações de loja virtual, para a Locaweb; e a negociação da Veltec (empresa de tecnologias embarcadas para telemetria e monitoramento de logística com foco na prevenção de acidentes e redução dos custos operacionais da frota) para a norte-americana Trimble, em 2018.

Em 2014, a gestora organizou o Cypress M3 FIP, que contou com patrimônio de R$ 20 milhões. “Realizamos três investimentos com cheques que variaram entre R$ 3 milhões e R$ 8 milhões”, conta Malczewski.

O primeiro investimento do fundo foi na empresa carioca M2M Solutions, que se consolidou como uma das principais referências no monitoramento de frotas do Brasil com foco no setor público. A empresa é responsável, por exemplo, pelo BRT (Bus Rapid Transit) da cidade do Rio de Janeiro. A saída da participação da Trivèlla M3 Investimentos da M2M Solutions ocorreu em janeiro deste ano, quando a companhia foi adquirida pela chilena Sonda, em um investimento avaliado em R$ 43 milhões.

Outro aporte realizado pelo Cypress M3 FIP foi na Velsis, empresa que oferece solução em mobilidade urbana, principalmente radares para aferir velocidade.

Já com o VC3, a Trivèlla M3 Investimentos registrou retorno favorável com a startup catarinense Hiper, que desenvolve softwares para micro e pequenos varejistas. Em abril deste ano, a Hiper foi comprada pela Linx, líder brasileira no fornecimento de soluções em software de gestão (ERP e POS) para o varejo. A operação foi dividida em dois estágios. No primeiro, a Linx pagou R$ 17,7 milhões à vista, valor que poderá chegar nos próximos dois anos a até R$ 50 milhões, com pagamento de R$ 32,3 milhões adicionais conforme o resultado da integração das soluções da Hiper à plataforma da Linx.

Outro case de sucesso do terceiro produto de venture capital da gestora é a venda da VHSYS (empresa de São José dos Pinhais (PR) focada em gestão para pequenos negócios, que recebeu aporte da Trivèlla M3 Investimentos em 2017) para a Stone (credenciadora de cartões brasileira listada na Nasdaq), em maio deste ano. A Stone não divulga os termos financeiros da operação.

Além da expertise em gestão do fundo, Malczewski explica que o excelente resultado alcançado com os investimentos realizados é decorrente de um trabalho próximo realizado junto a cada empresa que recebe aporte da gestora. “Um dos nossos diferenciais é atuar diretamente em todos os investimentos. Estruturamos um conselho de administração nestas empresas e um profissional da Trivèlla M3 Investimentos integra o grupo. E todos os meses realizamos reuniões com a diretoria”, explica o CEO da gestora. Por todo seu histórico de gestão, Malczewski também contribui com coachings e mentorias junto aos empreendedores das companhias investidas e auxilia na definição de estratégias para expansão internacional destas empresas.

Para garantir a manutenção deste desempenho, novos reforços foram acrescentados à equipe da gestora, que hoje já conta com 14 profissionais em seu quadro. Recentemente, quem integrou o time da gestora foi Luis Gustavo Amorim, profissional com 10 anos de atuação na gestão de fundos. Amorim deixou a Cventures Empreendimentos Inovadores para assumir a frente do VC5 na Trivèlla M3 Investimentos. Leia mais em jornaldiadia 02/10/2019

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