Diretor de Relacionamento Institucional da empresa, Roberto Ardenghy participou de seminário paralelo à visita do presidente Jair Bolsonaro aos Emirados. Ele acrescentou que a estatal procura também parceiros para disputar licitações.
A Petrobras quer encontrar compradores para suas refinarias e parceiros para licitações nos países do Golfo, disse o diretor Executivo de Relacionamento Institucional da companhia, Roberto Ardenghy (3º da es. p/ dir., na foto). Ele foi um dos palestrantes do seminário de negócios Brasil-Emirados que ocorreu neste domingo (27) em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, paralelamente à visita do presidente Jair Bolsonaro ao país. “Viemos mostrar nossos ativos [para venda] e oportunidades de parcerias”, disse Ardenghy à ANBA.
Ele explicou que a estatal busca parceiros para integrar consórcios com o propósito de disputar as próximas licitações de exploração e produção de petróleo e gás que vão ocorrer no Brasil. Em 06 de novembro será realizada “a maior rodada” de licitações do excedente da cessão onerosa de áreas do pré-sal, quando serão ofertados quatro campos “gigantes”. “E a Petrobras já está lá, então o risco é menor”, afirmou.
No dia seguinte, 07 de novembro, vai ocorrer a 6ª rodada de licitações do pré-sal no modelo de partilha de produção, organizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “São duas opções de investimentos conjuntos com a Petrobras”, declarou o executivo.
No primeiro caso, segundo ele, 14 empresas já estão habilitadas a participar e, no último, há 17 companhias habilitadas. Ele confirmou que existem conversas com empresas do Golfo sobre a formação de consórcios, e acrescentou que a companhia quer recursos para concentrar no que ele chamou de “maior província mineral do mundo” atualmente, que é o pré-sal.
“Há poços [no pré-sal] que produzem 58 mil barris por dia, só no Oriente Médio se produz mais. A produção média dos poços é de 17 mil barris diários”, afirmou.
Durante o seminário, Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, citaram a realização do leilão do pré-sal de 06 de novembro e convidaram investidores dos Emirados a participar. “Nos próximos dias teremos um dos maiores leilões do pré-sal de nosso País e convidamos todos a participar”, declarou o presidente. Lorenzoni caracterizou a licitação como “maior leilão ocidental de petróleo e gás”.
Da região, a Qatar Petroleum já saiu vencedora em quatro licitações de exploração e produção realizadas no Brasil, em parceria com outras empresas.
Refinarias
Ardenghy destacou também que a Petrobras busca na região compradores para suas refinarias. “Há um grande interesse em refino aqui”, afirmou. Segundo ele, a estatal responde por 98% do refino no Brasil e quer vender metade de seus ativos na área. São refinarias no Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará e Amazonas.
O diretor explicou que a ideia é vender 100% do controle dos empreendimentos e a logística de recebimento e fornecimento associada. É um patrimônio na faixa de “uma dezena de bilhões de dólares”. “Estamos recebendo ofertas não vinculantes. Há um grande interesse”, declarou. Neste caso também há interesse de investidores da região do Golfo. “Há interesse e eu vim [aqui] para reforçar isto. Eles têm muita experiência na área de refino”, disse. Ardenghy acrescentou que o Brasil é atrativo, pois é o quinto maior mercado de refino no mundo... Leia mais em anba 27/10/2019
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