04 outubro 2019

Credores aprovam venda de 4 sondas da Sete Brasil para Magni Partners

Criada em 2010 como parte de planos de exploração do petróleo no pré-sal, Sete Brasil acabou prejudicada pela Operação Lava-Jato

Plataforma: Sete Brasil previa construir 29 sondas, sendo 28 para atender contratos firmes com a Petrobras, com investimentos estimados em 26,4 bilhões de dólares (Ullstein bild/Getty Images)
São Paulo — Credores Sete Brasil, que está em recuperação judicial, aprovaram na véspera a venda de quatro sondas de exploração de petróleo da companhia para o grupo britânico Magni Partners, disseram à Reuters duas fontes a par do assunto.

“Na reunião (de credores) foi aprovada a proposta da Magni, para a compra das quatro sondas da Sete (Brasil), duas a serem concluídas pela Jurong, no Espírito Santos, e duas pela Brasfels, em Angra (dos Reis, RJ)”, afirmou uma das fontes.

As sondas em questão são Urca, Frade, Arpoador e Guarapari.

Segundo essa mesma fonte, as sondas têm contrato de afretamento de 10 anos com a Petrobras, que pagará uma taxa diária de 299 mil dólares cada. A Etesco será a operadora das sondas.

A Sete Brasil tem entre os credores Banco do Brasil, Santander Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú BBA.

A aprovação representa uma vitória para a Sete Brasil, que desde o ano passado tentava aval para concluir as quatro plataformas, cujo valor conjunto era estimado em cerca de 550 milhões de dólares.

Criada no fim de 2010 como parte de planos multibilionários concebidos para explorar o petróleo do pré-sal descoberto anos antes, a Sete Brasil previa construir 29 sondas, sendo 28 para atender contratos firmes com a Petrobras, com investimentos estimados em 26,4 bilhões de dólares. Só de dívida bancária foram contraídos cerca de 18 bilhões de reais.

O quadro mudou com a derrocada do preço do petróleo e os desdobramentos das investigações da operação Lava Jato. Em 2016, a Sete Brasil pediu recuperação judicial.

Consultados, BB, Itaú BBA e Santander Brasil não se manifestaram sobre o assunto. A Sete Brasil afirmou também que não iria se pronunciar a respeito.

Um representante da Magni Partners não foi encontrado para comentar... leia mais em exame 04/10/2019
Plataforma de petróleo

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