Estimativas de mercado calculam que hoje cerca de 1 por cento da população, ou 2,5 milhões de brasileiros, invistam em ações, mesmo com essa base tendo crescido cinco vezes nos últimos três anos
A casa de análise de investimentos e de educação financeira Levante pretende abrir o capital no primeiro semestre de 2020 no Bovespa Mais, segmento de acesso da B3 (B3SA3), numa aposta de que o juro baixo no país deve levar milhões de novos interessados por investimentos alternativos à poupança nos próximos anos.
“Já cumprimos praticamente todas as regras exigidas para obter a listagem na bolsa”, disse à Reuters o estrategista-chefe e co-fundador da Levante, Rafael Bevilacqua. “Já estamos conversando com bancos”, acrescentou, sem revelar nomes das instituições financeiras.
Criada em março de 2018, a empresa, hoje com cerca de 40 funcionários, vende relatórios com análises de investimentos em ativos como ações, fundos imobiliários e títulos públicos, como do Tesouro Direto. Seus pacotes envolvem planos anuais que vão de cerca de 260 reais a até 11 mil reais.
Além disso, a companhia tem cerca de 240 mil assinantes gratuitos. A empresa estima que esse número mais que dobrará nos próximos seis meses. A receita também é composta pela prestação de serviços de educação financeira.
Os sócios não revelam a base atual de clientes pagantes, mas prevê fechar 2019 com receita de 10 milhões de reais e que esse número deve triplicar no ano que vem, alcançando cerca de 230 milhões até 2024.
A tese dos sócios da Levante é de que recursos hoje aplicados na poupança e em produtos mais conhecidos de renda fixa, como fundo DI e CDBs, que têm como referência a Selic, hoje no piso histórico de 5,5% ao ano, devem migrar nos próximos anos para produtos de investimento mais complexos.
Estimativas de mercado calculam que hoje cerca de 1 por cento da população, ou 2,5 milhões de brasileiros, invistam em ações, mesmo com essa base tendo crescido cinco vezes nos últimos três anos.
“A expectativa da Levante é que esse número atinja 2,5% (da população) até 2025”, afirma Felipe Bevilacqua, irmão de Rafael e também co-fundador do negócio. “Além da demanda de mercado por informação ser crescente, o uso de tecnologia que permite a escalabilidade do modelo.”.. Leia mais em moneytimes 29/10/2019
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