"EBC vai entrar rapidamente", disse uma das fontes. Ambas falaram em condição de anonimato, já que as conversas não são públicas.
Mais cedo neste mês, o governo acrescentou nove companhias ao grupo das estatais que poderão ser privatizadas, incluindo os Correios e a Telebras.
Apesar de a EBC ter circulado em lista na véspera do evento de divulgação das companhias que também passariam à iniciativa privada, acabou não sendo anunciada dentre as novidades da 10ª Reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
A EBC fica sob a supervisão da Presidência da República. Criada por lei aprovada em 2008, a empresa controla a TV Brasil, a Agência Brasil e algumas estações de rádio, incluindo a Rádio Nacional de Brasília e a Rádio MEC do Rio de Janeiro. A EBC também é responsável pelo programa "Voz do Brasil" e pelos serviços de comunicação governamental prestados por meio da NBR.
Em 2018, a empresa teve um lucro líquido de 20,445 milhões de reais, sobre prejuízo de 5,361 milhões de reais em 2017.
Em sua demonstração contábil, a EBC afirmou que o lucro foi impactado fundamentalmente pela receita de rendimentos sobre aplicações financeiras na Conta Única do Tesouro Nacional, em especial com recursos originários da Contribuição para Fomento da Radiodifusão Pública (CFRP).
A CFRP foi criada por lei de 2008 justamente para financiar a EBC com recursos recolhidos de empresas de comunicação. Os valores devidos a título de CFRP são anuais e dependem do tipo de atividade exercida pelas empresas.
TESTE
O processo de privatização dos Correios vai ser um teste importante para o esforço do governo de lidar com resistências de grupos de interesse, sindicatos e políticos aos projetos de desestatização, disse uma das fontes à Reuters.
A privatização da empresa demanda necessariamente aprovação do Congresso, uma vez que a Constituição estabelece que compete à União manter o serviço postal nacional.
Exatamente por entender que se trata de um tema que mexe com interesses conflitantes, o governo optou por não anunciar planos de privatização antes de avançar com o projeto de reforma da Previdência, considerado prioridade número um da administração, afirmou essa fonte, acrescentando que a ideia agora é seguir ampliando a lista de ativos levados à venda. Reuters Leia mais em dci 29/08/2019
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