A Agrosmart, agtech brasileira formada em 2014 pelos empreendedores Mariana Vasconcelos, Raphael Pizzi e Thales Nicoleti, encerrou a rodada série A com participação do fundo inovaBra Ventures e do braço de corporate venture da Positivo Tecnologia. Também participou uma família americana dona de terras cultiváveis na América do Sul.
O capital levantado será usado para expansão do portfólio de produtos e aceleração da internacionalização da empresa, que já possui clientes na América do Sul, Estados Unidos e Israel.
A Agrosmart conecta fazendas e usa a ciência de dados para dar recomendações de irrigação, plantio, colheita e gerar alertas preditivos de doenças. A agtech é uma das primeiras do mundo a produzir economias de até 60% de água e 20% de energia combinando conectividade, inteligência artificial, agronomia e clima, e foi reconhecida no ano passado pelo Fórum Econômico Mundial como uma das 50 empresas mais inovadoras do mundo.
A empresa conta hoje com um portfólio de clientes diversificado que vai de empresas da agroindústria, como Syngenta, Raízen e Cargill, à grandes grupos como a Obrigado e alimentos e bebidas, como Coca Cola. Essas empresas utilizam os serviços da Agrosmart para aumentar a transparência e a sustentabilidade da sua cadeia de valor. Nos Estados Unidos a Dow Dupont usou a plataforma tecnológica brasileira para validar novas variedades genéticas monitorando diferentes microclimas, e uma das maiores e mais visíveis agtechs do mundo, a Indigo, também é cliente.
“Estamos movendo montanhas. Parece que foi ontem que iniciamos a jornada para ajudar meu pai a tomar melhores decisões, em Pedralva, Minas Gerais. Hoje somos uma das únicas empresas do setor com um time multidisciplinar capaz de digerir problemas tão complexos como os apresentados pela agricultura tropical em meio a mudanças climáticas. Nossos sistemas combinam ciência agronômica com modelos avançados de clima para mudar paradigmas do campo” diz Mariana, CEO e fundadora da Agrosmart.
Entre 2016 e 2018 recebeu aportes das aceleradoras Baita, Thrive e do fundo SP Ventures, empresas focadas em tecnologia para agricultura. O capital foi utilizado para escalar os pilotos e desenvolver novos produtos, além do carro-chefe voltado de irrigação.
“Já somos reconhecidos e estamos crescendo organicamente no Brasil. O impulso agora será para sermos líderes na América Latina, movimento que já começou. Temos conhecimento, tecnologia e hoje sabemos escalar”, acrescenta Mariana, que foi uma das poucas brasileiras a participar da formação da Singularity University, passou por treinamento na agência espacial americana NASA e ganhou diversos prêmios do MIT.
Na nova fase, além da expansão internacional, a empresa desenvolverá produtos para o mercado de seguro agrícola e aprofundará os modelos de previsão de doenças na lavoura antes mesmo que estas aconteçam. Também serão feitas melhorias na experiência dos usuários dos vários segmentos.
“Conhecemos a companhia desde sua origem, quando participou do programa Inovabra Startups. Acreditamos muito no potencial da equipe e do modelo de negócios da Agrosmart. Acompanhamos a sua evolução e entendemos que esse é o momento ideal para nossa entrada como investidor, contribuindo com o crescimento da empresa nesta nova etapa”, comenta Rafael Padilha, Diretor do Bradesco Private Equity e inovaBra Ventures.
“O investimento que fizemos na Agrosmart é consequência da nossa crença na capacidade de inovação e benefício de suas soluções para uma agricultura mais eficiente”, afirma Graciete de Lima, consultora de Novos Negócios da Positivo Tecnologia... Leia mais em startupi 27/08/2019
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