Para Luiz Carlos Ciocchi, Estado não precisa ter o controle do capital das empresas no setor elétrico
O presidente de Furnas, Luiz Carlos Ciocchi, defendeu a privatização do setor elétrico no país. Em sua opinião, o Estado não precisa ter o controle do capital das empresas no setor. O executivo lembrou ainda que Furnas, uma subsidiária da Eletrobras e dona de 21 usinas hidrelétricas, vai se desfazer de empresas (Sociedades de Propósito Específicos, as SPEs) que não estão dando retorno financeiro.
— Mesmo considerando o caráter estratégico do setor elétrico e as dimensões continentais do país, eu não vejo porque o Estado tem que ser o controlador no capital. Ele pode ser o controlador por meio de mecanismos de voto e veto. Funciona bem em vários negócios - disse Ciochhi, que está há três meses no comando da empresa. — Hoje, com o mecanismo dos leilões, as questões estratégicas e de controle já estão mapeadas. No caso de uma necessidade identificada que não atraiu interessados em leilão, entra o papel do Estado, que, sem precisar ter uma empresa, pode licitar ou fazer uma PPP (parceria público privado).
Para aumentar a receita da companhia, Furnas vem implementando uma série de iniciativas para reduzir os custos, como a venda de parte das 24 SPEs, avaliou o executivo:
— É importante olhar principalmente para as SPEs, revendo quais são as participações que não estão dando retorno desejado e avaliar novas oportunidades. Algumas são estratégicas e dão retorno. Nesse caso, queremos manter ou ampliar nossa participação. As demais que não se encaixam neste perfil serão vendidas.
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A companhia vai investir R$ 1,4 bilhão em geração e transmissão de energia em 2020. Segundo Ciocchi, o objetivo é ampliar investimentos na geração de energia eólica e solar. É o mesmo patamar de investimento deste ano.
— Ano que vem, Furnas manterá o total de investimento a ser executado este ano, mas ampliará o investimento corporativo e investirá menos em Sociedades de Propósito Específico (SPEs) — desstacou Ciocchi.
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Segundo o presidente de Furnas, a decisão de mudar a sede da companhia, de Botafogo para o Centro do Rio, foi motivada pela política de racionalização de custos e despesas da empresa.— Isso resultará na redução de mais de 50% dos gastos com aluguel e serviços. Atualmente 1.500 colaboradores trabalham na sede. Resistência à mudança sempre existe —destacou ele... Leia mais em epocanegocios 30/07/2019
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