O grupo educacional de medicina Afya deve movimentar cerca de 250 milhões de dólares em uma oferta inicial de ações, disseram três fontes com conhecimento do assunto nesta quarta-feira, na mais recente de uma série de empresas sul-americanas que decidem abrir o capital nos Estados Unidos.
As ações da companhia devem ser negociadas na Nasdaq em julho, acrescentaram as fontes, pedindo anonimato porque as discussões sobre o tamanho da oferta ainda são privadas.
A Afya, que tem a gestora de fundos de private equity brasileira Crescera Investimentos como um de seus investidores desde 2016, pretende usar os recursos da oferta para adquirir escolas, entrar em novos mercados e desenvolver produtos, de acordo com um documento, que não mencionou o tamanho da oferta de ações.
Além de levantar recursos para fomentar o crescimento da Afya, os sócios da empresa pretendem vender parcialmente as ações que detêm no grupo educacional.
A Afya, que tem quase 27 mil estudantes, registrou receita líquida no primeiro trimestre de 37,1 milhões de dólares e lucro líquido de 12,7 milhões.
No ano passado, outro grupo brasileiro de educação tomou um caminho semelhante ao decidir listar suas ações na Nasdaq. A Arco Platform, que vende sistemas de ensino, levantou em setembro 220 milhões de dólares em uma oferta de ações cuja demanda pelos papéis chegou a dez vezes o volume oferecido.
A Afya também fará parte de uma onda de listagens de empresas brasileiras de menor porte e startups de tecnologia nos Estados Unidos, onde pode tirar proveito do grande número de investidores especializados em empresas de rápido crescimento. Foi o caso da processadora de cartões StoneCo, o PagSeguro Digital e da própria Arco.
Além de programas tradicionais de graduação, a Afya oferece educação médica continuada por meio de canais digitais e físicos. As unidades de banco de investimento de Bank of America, Goldman Sachs, UBS Group, BTG Pactual, XP Investimentos e Morgan Stanley vão coordenar a oferta.
Os planos para o IPO foram divulgados pela Reuters em abril.A Afya não comentou imediatamente sobre o assunto Por Carolina Mandl (Reuters) - Leia mais em dci 26/06/2019
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