26 junho 2019

Fusões de pequenas aquecem mercado

Especialista em consultoria para transações corporativas, auditoria e mercado fala a empresários de Bauru e região sobre negócios e perspectivas

Rodrigo Menegazzo Maluf esteve em Bauru para falar sobre o segmento de fusões e aquisições
A economia nacional prepara o terreno para a fase pós-crise. Mas, enquanto o mercado analisa movimentos de investimentos ou atração de negócios com o Exterior e está de olho nas medidas anunciadas pelo ministro Paulo Guedes, alguns nichos não param. Um deles é o segmento de fusões e aquisições. Recentemente, Rodrigo Menegazzo Maluf, responsável pela área de M&A (Fusões e Aquisições) da Ernst & Young (EY), veio a Bauru para abordar sobre estratégias de crescimento empresarial nesta fase e debater o impacto de questões econômicas e políticas no cenário nacional, projetando-as também no mercado regional.    

O encontro foi realizado pela Freitas Martinho Advogados, em parceria com a empresa EY. Depois de discutir cases de sucesso dos últimos anos, Rodrigo Maluf atendeu ao JC. Ele atua como especialista em consultoria para transações corporativas, auditoria e mercado.

Veja, a seguir, os principais pontos da entrevista:

Jornal da Cidade - Em fusões e aquisições, o que chama a atenção é negócio para grandes corporações. Mas há mercado efetivo em movimento para pequenas e médias?

Rodrigo Maluf - É natural que a visibilidade seja para as grandes fusões ou aquisições, porque isso é divulgado, mas, hoje, o que gira este setor é entre as chamadas pequenas.
Os dados mostram que mais de 50% das transações são para negócios com até R$ 100 milhões de faturamento. São as pequenas empresas se juntando, se vendendo, se fundindo para conseguir virar algo maior no futuro.

JC - Há aumento de empresas e grupos setoriais lá fora querendo fechar negócios no Brasil? E até que ponto essa retomada é por saída do represamento prolongado?

Rodrigo - Sim. É uma movimentação que a gente vê, sente, está acontecendo. E esta movimentação está de acordo com a análise que temos feito. Existe, claro, represamento muito grande até porque você tinha, até o ano passado, uma indefinição de governo. Com a definição em função da eleição, o mercado entende que você tem norte para os próximos passos e o represamento para. Aqueles que estavam esperando, naturalmente, se movimentam para fazer negócios. Essa dinâmica é natural dentro de uma economia como a nossa. O cenário político-eleitoral somado à crise estendida da fase anterior geraram represamento que agora se desloca. Mas há também outra fatia dessa mesma economia que tem um ciclo de retomada pelo consumo, por exemplo. Nós estamos em um País de 200 milhões de habitantes em que, em algum momento, o consumo é retomado. E esse consumo atinge uma parte desse movimento e volta a girar a roda da economia... Leia mais em jcnet 25/06/2019


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