LibbsA Libbs Farmacêutica anunciou nesta semana o investimento de R$ 1 milhão na startup Pluricell Biotech. Com o aporte, as duas desenvolverão juntas uma terapia celular regenerativa para doenças cardiovasculares. Segundo a Libbs, os estudos já estão em fase pré-clínica. O investimento faz parte de um programa estruturado para fomento de soluções inovadoras junto a startups.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação, representam a principal causa de mortes no Brasil, responsáveis por mais de 30% dos óbitos registrados. Só nos primeiros 20 dias de 2019, já foram 23.243 mortes, mais de mil mortes por dia. Muitas dessas doenças são consequências da insuficiência cardíaca (IC), geralmente ocasionada por infarto do miocárdio, destruindo as células do coração e que tem taxa de mortalidade elevada, 50% das pessoas diagnosticadas com a doença morrem após cinco anos da descoberta.
E se houvesse uma terapia capaz de regenerar as células do coração, perdidas durante um infarto, por exemplo? O projeto Pluricell Biotech, startup da Incubadora USP/IPEN-Cietec, sediada em São Paulo, tem como objetivo gerar células cardíacas em laboratório, a partir de células-tronco, e colocá-las no coração das pessoas que perderam essas células, restabelecendo pacientes e restaurando a função cardíaca, melhorando consideravelmente o seu estado clínico.
Marcos Valadares, CEO da Pluricell Biotech, biólogo com doutorado em genética humana e células-tronco pelo Instituto de Biociências da USP, explica que a maior causa da insuficiência cardíaca se deve a doença coronariana que gera isquemias locais, culminando na perda de células cardíacas, mais conhecido como infarto. “O prognóstico de pacientes com esse quadro é que metade deles, em média, após 5 anos, estarão ofegantes ou entrando em filas de transplantes. Injetando células cardíacas nessas pessoas, acreditamos ser possível repor o tecido muscular do coração e aumentar a expectativa e qualidade de vida”.
Para a head de inovação da Libbs Farmacêutica, Lívia Prado, a grande questão é resolver a raiz do problema, que é a falta de células cardíacas. “Desbravar caminhos que não estão consolidados está no DNA da Libbs como farmacêutica brasileira e que tem seu papel de fomento à pesquisa e ao desenvolvimento científico nacional. Por isso, temos investido cada vez mais em identificar e nos aproximar de startups, com um programa e abertura pra isso, buscando soluções inovadoras, de olho no futuro. Além de todo o trabalho que já é realizado com as áreas de desenvolvimento, novos negócios, pesquisas clínicas e o fomento da cultura interna voltada à inovação”, complementa.
A Libbs também atuará como mentora do projeto de terapia celular por meio de suas equipes de P&D e assuntos regulatórios. .. Leia mais em Panorama Farmacêutico 24/05/2019
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