22 abril 2019

'Vamos concluir mais um negócio nos EUA este ano', diz presidente da União Química

A brasileira União Química, que faturou R$ 2 bilhões em 2018 com a produção de medicamentos para saúde humana e animal, pretende acelerar a internacionalização.

Depois de comprar em outubro de 2018 a unidade de biotecnologia da Elanco, na Geórgia, nos EUA, a brasileira União Química, que faturou R$ 2 bilhões em 2018 com a produção de medicamentos para saúde humana e animal, pretende acelerar a internacionalização.

A empresa analisa a compra de oito a dez ativos, a maioria no exterior, e ainda neste ano deve concluir um negócio na área de saúde animal, também nos EUA. Fernando de Castro Marques, presidente da empresa, diz que reservou US$ 200 milhões para ir às compras nos próximos cinco anos. Para tocar a internacionalização, contratou Rogério Rosso, ex-governador do DF e ex-deputado federal (PSD), que atuou no setor automobilístico.

Por que a internacionalização?
Os empresários brasileiros têm de ficar atentos às oportunidades não só no mercado interno, mas também no externo. É isso que estou fazendo. Neste momento, vejo oportunidade nos dois mercados. Hoje avaliamos a compra de oito a dez ativos dentro e fora do País, com destaque para Chile, México e EUA. Neste ano, devemos concluir um negócio na área de saúde animal nos EUA. A União Química faz aquisições internacionais de fábricas que se complementam. É o conceito clássico de globalização.

Qual foi o impacto para a companhia da compra da unidade de biotecnologia da Elanco?
O projeto era construir uma fábrica no País para produzir o BST (hormônio natural que eleva em 25% a produção de leite em bovinos). Nesse ínterim, surgiu a oportunidade de comprar a planta da Elanco na Geórgia (EUA). Junto com ela compramos a marca do produto e o registro em 25 países. Já somos uma multinacional brasileira. Eu estou nesses países e, como se diz na fazenda, onde passa um boi, passa uma boiada.

Quanto pretende gastar em compras?
Pretendemos investir US$ 200 milhões nos próximos cinco anos em novas aquisições, tanto no Brasil quanto no exterior. A expectativa é de que os negócios externos, que hoje representam 1% do faturamento da empresa, cheguem a 10% ou 15% nos próximos cinco anos.

Quais as metas para o mercado doméstico?
No Brasil continuaremos crescendo na casa de dois dígitos. Vamos contratar 300 pessoas este ano. Temos sete fábricas no País que produzem medicamentos para a saúde humana e animal.

A empresa pretende abrir o capital?
Estamos avaliando abrir o capital, talvez entre 2020 e 2021... Leia mais em terra 22/04/2019

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