O montante transacionado por essas operações registrou uma queda de 20,6% em 2018 contra o ano anterior, com uma alta de 97% em desinvestimentos, de R$ 3,4 bilhões para R$ 6,7 bilhões
O maior foco do governo no mercado de capitais abrirá espaço para os fundos de private equity no País, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Os últimos dados da associação, no entanto, apontam que o número de transações de fundos de private equity (que adquirem participações societárias em empresas ou projetos) em 2018 diminuiu em relação ao ano anterior (de 21 para 20). Já o volume financeiro com a modalidade caiu 20,6% na mesma comparação, de R$ 13,1 bilhões para R$ 10,4 bilhões.
Os investimentos somaram R$ 3,7 bilhões em 2018, recuo de 61,8% na mesma base de comparação (estava em R$ 9,7 bilhões em 2017), enquanto os desinvestimentos avançaram 97%, de R$ 3,4 bilhões para R$ 6,7 bilhões.
“Tivemos um volume bem maior de desinvestimentos em 2018, mas por uma questão de oportunidade de mercado. Mas para 2019, observamos uma crescente demanda, uma vez que a relevância Brasil permanece dentro das firmas. Além disso, temos captações cada vez maiores dos players”, comenta o coordenador do subcomitê de fusões e aquisições da Anbima, Dimas Megna.
Balanço
Ao mesmo tempo, apesar de o total de operações de fusões e aquisições terem sido menores no ano passado ante 2017 (140 contra 143), o volume financeiro teve um aumento de 28,3% na mesma comparação, de R$ 138,4 bilhões em 2017 para R$ 177,2 bilhões em 2018.
Entre as finalidades dos negócios, a novidade foram as joint ventures – parcerias entre empresas por um objetivo comum por tempo determinado – (R$ 5,7 bilhões), modalidade que não teve adeptos no ano anterior. A aquisição de controle foi o principal intuito das transações, com 81% do total (R$ 111 bilhões).
As incorporações mais do que dobraram (de R$ 13,2 bilhões para R$ 47,7 bilhões) e a participação minoritária, caiu de R$ 14,3 bilhões para R$ 12,8 bilhões.
Segundo Megna, o mercado está bastante otimista com o atual cenário brasileiro para esse segmento. “O governo tem se empenhado e a economia está bastante alinhada com o que o mercado espera”, analisa o especialista.“As companhias continuam buscando opcionalidade e querem estar preparadas para tomar decisões estratégicas para o desenrolar da reforma da Previdência”, completa o coordenador, e ressalta que o setor de infraestrutura é o principal destaque para 2019.
A reforma previdenciária, segundo Megna, também é o que tem colocado as transações cross-border (internacionais) em compasso de espera. “O Brasil continua muito atrativo para os investidores internacionais, mas é natural que eles aguardem uma maior visibilidade. Mas as reformas se desenvolvendo já trazem mais segurança para acelerar essas operações”, conclui... Leia mais em dci 19/03/2019
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