Uma comitiva de empresários esteve ontem no Palácio do Planalto para entregar ao presidente Jair Bolsonaro uma carta de apoio à reforma da Previdência. O encontro não constava na agenda oficial e aconteceu um pouco antes de o presidente iniciar mais uma reunião ministerial.
Dentre os empresários presentes, estavam os donos da Riachuelo, Flavio Rocha, e da Havan, Luciano Hang. Líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann acompanhou a reunião.
Na carta, eles afirmam que é "imperioso reconhecer que a mãe de todas as reformas é a Nova Previdência, sinalizando solidez fiscal, responsabilidade com o futuro do país e garantia de estabilidade econômica para os próximos anos".
Hang, que durante a campanha eleitoral de 2018 pediu aos seus funcionários que votassem no Bolsonaro para a presidente, disse que ou colocamos "a nova Previdência no ar ou o Brasil quebra".
"Não tem mais como nós aguentarmos essa Previdência do jeito que está", afirmou. "Todos os empresários que estão aqui querem investir no Brasil. Tem dinheiro para se gastar, para investir. Se nós não conseguirmos colocar essa nova Previdência no ar, não vai ter investimento, o Brasil quebra, volta o desemprego. A população não pode ser enganada pela política", disse.
O empresário frisou ainda que "não importa se você é o capitão, se você é alguém que trabalha, se você é copeiro". "Se afundar esse barco, todos nós vamos morrer."
Do Planalto, a comitiva foi para o Congresso para criar a Frente Parlamentar Brasil 200. A ideia tem como base o movimento homônimo que reúne empresários favoráveis uma agenda econômica "liberal e uma posição conservadora nos costumes".
"O Brasil 200 surgiu em sua forma embrionária como um movimento empresarial, mas rapidamente descobriu a sua real vocação. Nós somos um movimento da imensa maioria da população brasileira que produz", disse Rocha. "O real conflito na sociedade brasileira não é patrão contra empregado, negro contra branco, rico contra pobre. O real conflito é entre os que puxam a carruagem versus uma pequena elite burocrática que se apropriou do Estado brasileiro em benefício dos seus privilégios."
Em seu discurso na abertura do lançamento da Frente Parlamentar Brasil 200, Joice que presidirá o grupo, defendeu a aprovação da reforma da Previdência e repetiu uma frase que ouviu do empresário Luciano Hang de que "é previdência ou morte". Valor Econômico - Leia mais em abinee.27/03/2019
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