A startup - que permite que usuários façam doações para ONGs sem gastar dinheiro - recebeu investimento da Redpoint eventures e agora abre um crowdfunding
Nesta semana, o Ribon, startup que possibilita que pessoas doem dinheiro para ONGs sem gastar, finalizou uma rodada de investimentos no valor de R$ 1.150.000. Mas ela não para por aí: nesta terça-feira (12), a empresa abrirá uma rodada pública, agora no valor de R$ 1 milhão, na modalidade de crowdfunding de investimento.
A parte privada da captação foi liderada pela Redpoint eventures, fundo de capital de risco especializado em startups em estágio inicial. O fundo, que tem Manoel Lemos e Anderson Thees como sócios, investiu R$ 400 mil.
O valor da rodada completa era no valor de R$ 1 milhão. A startup esperava levantar o capital restante da mesma forma como fará agora: através do crowdfunding. No entanto, com o aporte da Redpoint eventures, outros grandes investidores também se interessaram pela solução da Ribon. Com isso, a startup atingiu o valor de R$ 1.150.000, superior ao previsto.
“Não deu tempo de abrirmos a captação pública. Quando anunciamos que abriríamos, investidores muito bons nos contataram”, disse Rafael Rodeiro em entrevista à StartSe.
O olhar positivo dos investidores surpreendeu, mas a startup não desistiu da ideia do crowdfunding de investimento, que tem tudo a ver com o seu caráter social. No início da reportagem, o valor cotado para a nova rodada era de R$ 500 mil, mas hoje figura em R$ 1 milhão. Saiba mais sobre a captação que abrirá nessa terça-feira (12).
O novo aporte
A Ribon foi criada em 2016 pelos empreendedores Carlos Menezes, João Moraes e Rafael Rodeiro. Eles se conheceram em 2014 através do Movimento Empresa Júnior, programa que incentiva e prepara universitários para empreender.
Com um time multidisciplinar – Carlos é desenvolvedor, João é designer e Rafael entende de negócios -, eles dividiram o trabalho formal e o empreendedorismo durante o primeiro ano da startup. Um ano depois, em 2017, eles passaram a se dedicar integralmente à Ribon.
Um dos grandes passos que auxiliou no crescimento da empresa foi uma aceleração na Cotidiano. “Fomos desenvolvendo e aprimorando a Ribon – nosso principal desafio era de criar uma experiência de doação que fosse relevante e prazerosa de forma digital”, contou Rodeiro.
Hoje, a startup fecha anúncios com empresas e utiliza 70% do valor para converter em Ribons, sua própria moeda. Ao entrar no aplicativo da empresa, os usuários recebem 100 moedas por dia que podem escolher doar para a instituição social que preferirem. Entre seus clientes, estão Votorantim Cimentos, Bancorbrás e VISA.
A Ribon veicula “boas notícias” diariamente para garantir os índices de retenção do aplicativo. Segundo o fundador e líder de negócios, Rafael Rodeiro, hoje a média é de 45% dos usuários ainda ativos ao final de quatro semanas.
Os desdobramentos do investimento recebido pela startup não foi a única surpresa que a Ribon teve ultimamente. Em 2017, a startup possuía 800 usuários ativos. Já um ano depois, em 2018, ela atingiu o marco surpreendente de 16 mil.
“O crescimento foi realizado basicamente por recomendação entre usuários, no mecanismo ‘member get member’. Além disso, alguns influenciadores fizeram campanha – algumas pagas, outras não”, afirmou Rodeiro. Ao todo, as 16 mil pessoas já doaram 750 mil vezes.
As doações
Mas entrar diariamente no aplicativo para receber seus Ribons não é o suficiente. O usuário também deve escolher para qual instituição deseja doá-los. São quatro opções disponíveis: a Evidente Action para doar água potável, Schistosomiasis Control Iniative para doar medicamentos, Protect Healthy Children para fortificação alimentar e Living Goods para fornecer saúde básica.
O usuário pode escolher apenas entre essas opções porque as ONGs específicas são bem ranqueadas em plataformas de comprovação de eficiência, como a Give Well. “A gente comprovadamente salva o máximo de vidas com o dinheiro que temos. Estamos expandindo e devemos colocar mais projetos ainda neste semestre”, contou Rodeiro.
O futuro: blockchain
Os investimentos recebidos possuem dois focos: implementação de blockchain e internacionalização. “As moedinhas virtuais funcionam em uma plataforma própria semelhante ao blockchain, mas não trouxemos essa tecnologia ainda. Ela irá permitir que a gente faça as doações de forma mais transparente e que gastemos menos com custo de transação bancária”, afirmou o cofundador da startup.
Mais transparência é possível através da característica da blockchain de ser um “livro aberto”, com transações visíveis a todos. Sua segurança é protegida por criptografia e o uso de moedas virtuais, sem a intermediação de bancos, permite a redução de taxas nas transações. Isso é interessante principalmente porque todas as ONGs escolhidas até então são internacionais. Saiba mais sobre a blockchain.
Já a internacionalização permitirá que a empresa alcance ainda mais usuários dispostos a doar. Ainda não há previsão de quando – ou por onde – a Ribon dará os primeiros passos para o exterior.
Atualmente, a startup reside em Brasília, apesar de possuir usuários do aplicativo em todo o Brasil. Carlos Menezes, João Moraes e Rafael Rodeiro lideram a startup, contando com um time de mais 6 pessoas no negócio. Uma das expectativas para o futuro também é expandir o número de funcionários, para atuar principalmente nas verticais de desenvolvimento, design, marketing e vendas. autor Tainá Freitas Leia mais em starse 08/02/2019
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