04 fevereiro 2019

Reforma da Previdência fará capital estrangeiro bater recorde, diz Bradesco

Se a reforma da Previdência for aprovada nos próximos meses, o investimento externo no Brasil atingirá a marca de 2011, quando entraram no país US$ 101 bilhões.

A estimativa é de executivos e empresários que participaram do Fórum Econômico Mundial na semana passada, em Davos (Suíça).

O investimento estrangeiro direto vinha no patamar de US$ 75 bilhões nos últimos anos, mas a projeção é que tenha subido em 2018. O Bradesco avalia que US$ 85 bilhões tenham sido aportados no país no ano passado.

Outro pico foi em 2014, com o ingresso de US$ 97 bilhões.

Pico de investimento direto no país ocorreu em 2011, quanto entraram US$ 101 bilhões - João Wainer/Folhapress

Presidentes de bancos brasileiros tiveram a agenda mais concorrida neste ano e notaram interesse pelo Brasil.

“As perspectivas foram de investir logo no Brasil, mais que no ano passado”, disse Octavio de Lazari Júnior, presidente do Bradesco.

Em comparação aos países que podem competir por recursos do exterior, o Brasil está muito bem posicionado pelo momento que vive, em comparação a México, Índia, Argentina e Chile, afirmou.

“Com a aprovação das reformas, ao menos a da Previdência, esses investimentos virão quase que naturalmente.”

Para Lazari, os recursos de fora irão principalmente para infraestrutura.

Questionado se Bolsonaro saiu de Davos convicto de que é essencial aprovar a reforma, Lazari respondeu: “Ele tem certeza disso já faz tempo porque essa pauta não é dele, é do Brasil, é do povo”.

Para Maurício Minas, membro do conselho de administração do banco, há uma demanda reprimida por investimentos em infraestrutura, depois que o país saiu da crise.

“Os preços dos ativos brasileiros estão baixos. Com a aprovação da nova Previdência, primeiro virão recursos voláteis, para ativos em Bolsa e renda fixa. Depois, investidores mais institucionais”, disse.

“A agenda econômica é perfeita, mas a dúvida é quanto à capacidade de execução. Hoje, há um otimismo no exterior maior do que antes de Davos, pelo que se ouviu aqui.”  Mercado aberto
Jornalista: Maria Cristina Frias Fonte:Folha de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 04/02/2019

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