O primeiro mês de 2019 terminou com 63 anúncios de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras, uma queda de 22,2% em comparação ao reportado no mesmo período de 2018.
Os dados foram divulgados ontem pelo Relatório Mensal da Transactional Track Record, realizado em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados. Destas, 21 operações tiveram seus valores revelados, totalizando aportes financeiros que chegaram a R$ 7,9 bilhões, baixa de 17,9% ante o mesmo intervalo do exercício anterior.
Os resultados marcam o pior início de ano desde 2015, quando o mercado de fusões e aquisições (M&A) brasileiro movimentou cerca de R$ 4,3 bilhões.
O segmento tecnologia inaugura o ano como o mais alvejado pelos investidores no mercado nacional, contabilizando 16 transações no período, um salto de 23% nos movimentos em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.
O crescimento dos investimentos no setor acompanha a alta de 14,3% das aquisições estrangeiras no segmento de tecnologia e internet. Financeiro e seguros aparece na segunda colocação, com oito operações, em queda de 20%, enquanto o segmento distribuição e varejo cresceu 17% e fechou o mês com sete operações.
O subsetor de internet foi outro que fechou em queda de 14%, para seis transações no período.No âmbito inbound, em que empresas estrangeiras investiram em companhias baseadas no Brasil, os norte-americanos seguem como os principais investidores estrangeiros no mercado nacional.
Nesse início de ano, as empresas norte-americanas realizaram seis aquisições no país, metade das operações de janeiro de 2018, em um total de R$ 150 milhões em investimentos. Destas, duas foram no setor de tecnologia e duas no segmento de telecomunicações.
Em termos de valores aportados, destaque para a venda pela Enel Green Power Brasil Participações, braço de energia renovável do grupo italiano Enel no Brasil, de três usinas renováveis para a chinesa CGN Energy International Holdings, por cerca de R$ 2,9 bilhões.
Vale citar que foi a única operação da China no país no mês.No caminho inverso, as empresas brasileiras realizaram três aquisições no mercado externo, tendo como alvos duas companhias nos Estados Unidos e uma na Costa Rica.
Private e venture capital Se 2018 fechou com os fundos de private equity e venture capital investindo alto no mercado nacional, o mesmo entusiasmo não se traduziu em investimentos em janeiro, especialmente por parte dos fundos estrangeiros, que realizaram apenas duas operações no País no mês.
As operações de private equity sofreram queda de 67%, enquanto os investimentos de capital de risco ficaram 72% abaixo do mesmo período do ano passado. Leia mais em dci 06/01/2019
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