Um dos maiores laboratórios farmacêuticos do País, a Eurofarma fechou uma importante aquisição no fim do ano para expandir na América Latina. A empresa comprou um pacote de 90 medicamentos da farmacêutica Stein, da Guatemala, e avançou posição na América Central.
O valor do negócio não foi divulgado. Maria del Pilar Muñoz, vice-presidente de sustentabilidade e novos negócios da companhia, traçou planos mais ambiciosos para Eurofarma este ano. “Vamos buscar negócios na América Latina.”
Por que a aquisição da Stein é estratégica para a Eurofarma?
A aquisição desses 90 produtos da Stein é estratégica para a empresa entrar na Costa Rica e Honduras e reforçar nossa posição na América Central. O laboratório Stein tem um portfólio importante de medicamentos analgésicos, para dor e gastro. Essa aquisição na América Central também servirá de base para nossa operação no Equador, que soma receita de US$ 35 milhões. Saímos de 33.ª posição para 16.ª na região.
Nos últimos anos, a Eurofarma tem focado na internacionalização. Qual será o próximo passo?
Temos quatro mercados-alvo na América Latina. Este ano vamos dar início a uma operação “greenfield” (do zero) no México. Além disso, estamos olhando oportunidades de aquisições em outros países da região.
A Eurofarma quer aumentar a receita no exterior?
Nosso faturamento em 2018 foi de R$ 4,2 bilhões, dos quais quase 90% do Brasil. Em 2022, a nossa meta é que as vendas de outros países representem cerca de 30% do total da receita do grupo.
Então, aquisições no Brasil estão descartadas por ora?
Não estamos fechando os olhos para oportunidades aqui. A Eurofarma tem crescido organicamente no País a uma média de 17% nos últimos 15 anos – bem acima do mercado, que avançou de 10% a 11% no mesmo período. Somos líderes de mercado no Brasil em lançamentos de novos produtos nos últimos 24 meses. Temos forte presença nas áreas de Sistema Nervoso Central, antibióticos, pediatria e saúde da mulher.
Quais são os investimentos previstos para este ano?
Estamos investindo em um centro de desenvolvimento na nossa planta de Itapevi (Grande São Paulo) e teremos uma nova fábrica de antibióticos. A Eurofarma tem mais de 200 projetos em desenvolvimento. Além disso, incentivamos projetos de startups. Fonte: O Estado de S. Paulo Leia mais em terciotti 06/02/2019
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