A necessidade de escala e elevados investimentos levou a Porto Seguro a desativar no seu negócio de telefonia móvel cinco anos após criar a primeira operadora virtual do Brasil, afirmou o diretor geral de Relações com Investidores da companhia, Marcelo Picanço.
A seguradora optou por escolher a TIM, que já prestava serviços de infraestrutura de rede, para um acordo de transferência dos clientes, anunciado ontem pela manhã.
Sem revelar os valores envolvidos, Picanço disse que a Porto Seguro receberá um valor da TIM pelo acordo, mas não se trata de uma cifra relevante frente ao prejuízo que a operação gerava. A companhia chegou a atingir equilíbrio financeiro em apenas um mês, em 2016. Nos meses seguintes, a concorrência no setor de telefonia móvel ficou mais dura, com pressão por preço, o que acabou impactando as margens do negócio, explicou o executivo.
A operadora detinha 735 mil linhas. Este número é pequeno se considerado o tamanho do mercado, com mais de 100 milhões de linhas ativas, segundo a consultoria Teleco. Apesar do anúncio do fim das operações da Porto Conecta, todos os serviços serão mantidos até a aprovação pelos reguladores.
Segundo ele, para evitar ruídos com a base de clientes e permitir que a migração fosse feita sem ruídos, a Porto Seguro negociou com a TIM a manutenção de benefícios, como o desconto no seguro de automóvel atrelado à conta de telefonia móvel, pelo período de um ano. Além disso, nesse mesmo prazo a seguradora ficará responsável pelo atendimento dos usuários da sua operadora.
Como não adquiriu a Porto Conecta, a TIM não levará o quadro de funcionários de cem pessoas. A ideia, conforme Picanço, é alocar esses profissionais na operação da Porto Seguro. Autor: Aline Brontazi Referência: Estado de São Paulo Leia mais em capitólio 05/10/2018
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