O Brasil tem 404 fintechs, o número mais elevado na América Latina, afirma relatório da Moody’s Investors Service. Em 2015, existiam apenas 54 startups de tecnologia no País.
Porém, de acordo com o levantamento, estas companhias enfrentam desafios relacionados à captação de recursos que limitarão seu ritmo de crescimento, enquanto, em resposta, os grandes bancos aceleram suas estratégias digitais próprias.
“As transações bancárias online cresceram rapidamente nos últimos anos e agora totalizam 57% de todas as transações dos bancos no Brasil”, afirma Ceres Lisboa, vice-presidente sênior da Moody’s. “Esta tendência, junto com a inovação em outros serviços, reflete o aumento da demanda do consumidor por transações eletrônicas em um ecossistema em expansão de produtos e serviços online”, complementa.
Para agência, as fintechs brasileiras estão focando em produtos, serviços e nichos de mercado nos quais os grandes bancos comerciais não conseguem ou não têm disposição para fazer negócios.
“Embora ágeis, estas companhias são majoritariamente pequenas e ainda não lucrativas e a volatilidade política e econômica, combinada com modelos de negócios ainda não testados, tem dificultado investimentos de terceiros nestas fintechs nos últimos anos.”Ainda segundo a Moody’s, apesar da transformação digital estimular a concorrência, a escala e a natureza de longo prazo do relacionamento de grandes bancos com seus clientes permitirão que as instituições tradicionais persigam inovações próprias e mantenham fortes vantagens competitivas.
“No entanto, as coisas não serão fáceis para bancos menores e com orçamentos reduzidos. Por conta da limitação de recursos disponíveis, será mais difícil para estes bancos inovar e permanecer competitivos no curto prazo”, avalia a agência, em nota.
Para a Moody’s, por outro lado, o Banco Central (BC) está promovendo um ambiente competitivo por meio de uma regulação mais leve para as fintechs entrantes nos mercados de crédito. Leia mais em dci 08/10/2018
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