O fundo de investimento Vit já é dono de outras empresas na área financeira. Clientes reclamam de atraso no repasse de pagamentos e cobrança indevida
Smartphone usa serviços da Beblue: sócios fecharam, na semana passada, a venda do controle da empresa para o fundo de investimento Vector Inovação e Tecnologia (Beblue/Divulgação)
A fintech Beblue, de Ribeirão Preto (SP), que gerencia pagamentos e programas de fidelidade de pequenos e médios comerciantes, continua dando dor de cabeça para alguns clientes.
Comerciantes de vários estados continuam reclamando de atrasos nos repasses de pagamentos, cobranças de taxas indevidas e de receberem valores menores do que o que teriam direito. Há quem afirme que não recebe desde maio o dinheiro das vendas a prazo e dos programas de recompensas que a startup gerencia.
Além de fazer a gestão do sistema de pagamento de estabelecimentos comerciais, a Beblue também gerencia campanhas de atração e retenção de clientes para os parceiros.
Para resolver de vez os problemas, os sócios da Beblue fecharam, na semana passada, a venda do controle da empresa para o fundo de investimento Vector Inovação e Tecnologia (Vit), que tem como principal investidor o empresário Érico Ferreira, dono também da financeira Omni (o valor da transação não foi revelado).
A Omni já havia disponibilizado uma linha de crédito de 1,5 bilhão de reais à Beblue no início de setembro para tentar solucionar o rombo no fluxo de caixa, fruto da queda de 70% no volume de transações financeiras de seus parceiros comerciais durante a greve dos caminhoneiros, em maio.
Segundo o fundador da empresa, Daniel Abbud, como boa parte dos parceiros comerciais são postos de combustíveis, as duas semanas de greve dos caminhoneiros foram suficientes para bagunçar o fluxo de caixa. Com milhões de reais a menos no caixa, a Beblue começou a atrasar os repasses aos clientes e a cobrar, da noite para o dia, por serviços que antes eram isentos de taxas.
No caso dos pagamentos, o serviço de antecipação de recebíveis, o adiantamento do dinheiro das compras a prazo, foi suspenso temporariamente e só voltou a funcionar normalmente esta semana, segundo o empresário. Apesar de ser um serviço adicional, muitos comerciantes contam com o dinheiro já nos primeiros dias após as vendas e qualquer atraso pode fazer diferença na hora de pagar fornecedores e funcionários. Por Naiara Bertão Leia mais em exame 05/10/2018
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