A Omiexperience, dona de um software de gestão na nuvem para pequenas e médias empresas, acaba de receber R$ 25 milhões liderado pelo fundo brasileiro Astella.
O modelo de negócio da companhia é atingir os clientes finais por meio de parcerias com escritórios de contabilidade.
Vem dando certo. A empresa está no 3º lugar do ranking da Pesquisa Deloitte Exame 2018 que cita as 100 PMEs que mais crescem no Brasil, tendo saltado de um faturamento de R$ 1,5 milhão em 2015 para R$ 16,4 milhões no ano passado.
"Fomos procurados por fundos estrangeiros com apetite para um aporte maior, mas as propostas não estavam em linha com a nossa estratégia. A parceria com a Astella foi a que melhor se encaixou em nosso perfil, já que a empresa não tinha necessidades de caixa e, paralelamente, não queríamos ter uma grande diluição”, afirma Marcelo Lombardo, fundador e CEO da Omiexperience.
Lombardo parece estar fazendo uma menção indireta ao seu principal concorrente, a ContaAzul, que em abril captou cerca de R$ 100 milhões em uma nova rodada de investimentos liderada pela Tiger Global Management, companhia sediada em Nova Iorque.
Na época, a ContaAzul falou que se tratava de uma rodada de "série D", o que significa que a empresa já fez outras três rodadas (A, B e C), e provavelmente já vendeu uma parte importante das suas ações no processo.
”Ainda estamos muito do início do jogo. Menos de 10% das PMEs já possuem um sistema de gestão no Brasil. Não estamos em uma corrida de curta distância e, sim, em uma maratona", completa Lombardo.
Lombardo, no entanto, não é um marinheiro de primeira viagem no assunto sistemas de gestão: nos anos 90, criou a NewAge Software, vendida para a Toutatis Global em 2013.
A ContaAzul, comandada por empreendedores mais jovens, não abre dados de faturamento, mas, de acordo com informações levantadas pelo Valor Econômico, a companhia faturou R$ 40 milhões em 2017, tem 350 funcionários e 25 mil clientes.
A Omiexperience tem 110 funcionários, 17 mil clientes em parceria e um negócio mais redondo, pelo menos na opinião dos investidores.
"Observamos que startups e fintechs semelhantes à Omie geram um resultado menor que 1 milhão de receita bruta anual para cada 1 milhão investido. A Omie, por outro lado, gera 7,35 milhões para cada 1 milhão investido, um dos índices mais altos do mundo, e isso fez com que essa rodada fosse bastante disputada", relata Edson Rigonatti, sócio da Astella Investimentos. Leia mais em baguete 21/09/2018
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