30 setembro 2018

Brasil tem 195 mil empresas ativas no setor de tecnologia

Mercado brasileiro de tecnologia cresce 17%, segundo estudo da Neoway

A Neoway, empresa brasileira especialista em big data analytics e tecnologia aplicada a negócios, aplicou sua ferramenta de inteligência artificial e modelagem de dados para levantar a atual situação do mercado de tecnologia no Brasil.

A conclusão do estudo é de que o País tem atualmente aproximadamente 195 mil empresas ativas no setor de tecnologia. Desse montante, 30% das empresas apresentam alto nível de atividade, 56% contam com um grau médio e o restante está entre baixo e inoperante.

O indicador de atividade é uma variável elaborada pela Neoway que sinaliza qual a probabilidade de uma organização estar aberta, ou fechada, de acordo com seu o nível de atividade. Para isso, leva-se em consideração informações da empresa como localização, CNAE, contratações, composição societária e pagamento de impostos federais.

Jaime de Paula CEO da Neoway, explica que a análise contempla os três últimos anos do setor. "Além dos dados públicos, oferecemos aos nossos clientes índices próprios, que são atualizados constantemente. Isso para que, no final, as informações sejam as mais precisas possível", comenta.

O estudo aponta que em 2017 foram abertas 13,9 mil empresas de tecnologia no Brasil, o que representa um crescimento de 17% do mercado.

Já o número de companhias que encerraram suas atividades no ano passado foi 43% menor, se levado em consideração o mesmo período analisado.

Segundo o levantamento, 69,3% das empresas de tecnologia estão no sudeste do País. O sul conta com 15,5%, o nordeste detém 7,7%, o centro-oeste possui 5,8% e o norte fica com 1,8% das companhias.

A representatividade do sudeste é ainda maior quando o quesito é valor de faturamento estimado (outro índice próprio da Neoway). A região sozinha representa 75% do setor.

Oracle, Totvs, Indra, TecBan, Ericsson, Tivit, Quality Software, Stefanini Consultoria, Capgemini e Dell estão entre as empresas que mais faturam. Leia mais em computerworld 18/09/2018

Arco Educação abre IPO e alcança valuation maior que US$1 bilhão

A Arco Educação, companhia cearense que oferece serviços de ensino, abriu seu IPO em Nova York esta semana, na bolsa norte-americana Nasdaq. O objetivo da ação é ampliar os negócios do grupo, investindo em tecnologia e produtos oferecidos.

O preço das ações foram definidos a US$ 17,50 no início das negociações, levando a empresa a um valor de US$ 850 milhões. Nesta quarta-feira, as ações da empresa subiram para US$23,50, em um aumento de 34%, o que fez com que o valuation chegasse a US$1,2 bilhão, chegando a quase R$5 bilhões.

De acordo com O Estado de S. Paulo, a empresa faturou R$ 195,1 milhões no primeiro semestre deste ano, um valor 43% maior do que o mesmo período do ano anterior. Em entrevista ao veículo, Ari de Sá Neto, presidente da Arco Educação, disse haver bastante espaço para expansão no setor de educação básica privada no País. “Temos um oceano azul de oportunidades”, afirmou em entrevista ao Estadão/Broadcast.

No início do ano, o PagSeguro levantou US$2,3 bilhões na bolsa de Nova York, se tornando o maior IPO recente das empresas de tecnologia brasileiras nos Estados Unidos.. Leia mais em starse 28/09/2018

Empresas em recuperação judicial devem R$ 455 bilhões em impostos

Dívida fiscal com União, Estados e municípios cresceu 20% entre dezembro de 2017 e setembro deste ano

As empresas em recuperação judicial no País devem, só de impostos, R$ 455 bilhões. O passivo dessas companhias com o Fisco, nas esferas municipais, Estaduais e federal, cresceu 20% entre dezembro do ano passado e setembro deste ano, atingindo um valor equivalente a dois anos de orçamento do Estado de São Paulo. Com esse dinheiro, a União conseguiria eliminar o rombo fiscal de R$ 161 bilhões previsto para este ano e ainda teria recursos para investir.

Os números, levantados pelo Instituto Nacional de Recuperação Judicial (INRE), refletem a dificuldade do País de retomar um crescimento mais vigoroso. O ano começou com previsões otimistas de recuperação judicial, mas foi atropelado pela greve dos caminhoneiros, que abalou a confiança dos empresários. A frustração com o crescimento fez os pedidos de recuperação voltarem a crescer. De janeiro a setembro, o número subiu quase 10% comparado ao ano passado, de 898 para 985.

Isso ajuda a explicar o crescimento da inadimplência com o Fisco. Ao primeiro sinal de dificuldade, as empresas deixam de pagar os impostos para depois buscarem programas de refinanciamento, como o Refis. "Em muitos casos, o passivo fiscal é igual ou maior do que os débitos com bancos e fornecedores", diz Renato Carvalho Franco, sócio da Íntegra Associados, consultoria de recuperação empresarial.

Pela legislação, os débitos fiscais não são incluídos na recuperação judicial e são tratados diretamente com o Fisco. No âmbito judicial, são renegociadas dívidas financeiras, comerciais e trabalhistas com base numa previsão de fluxo de caixa futura. Mas, quando começam a cumprir o plano, as empresas se deparam com uma dívida total maior do que a renegociada.

O passivo das empresas em recuperação é de R$ 325 bilhões, enquanto a dívida fiscal soma R$ 455 bilhões. O que significa que, no total, elas devem R$ 780 bilhões. "Sem incluir os débitos fiscais, a conta não fecha. Não é uma renegociação real e não resolve o problema", afirma a sócia do escritório Felsberg Advogados, Fabiana Solano. Isso explica parte da dificuldade que as empresas têm para sair de uma recuperação e para pagar os impostos em dia.

"O problema é que os grupos aderem ao programa, pagam as primeiras parcelas e voltam a atrasar os pagamentos", diz o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo e conselheiro fundador do INRE, Carlos Henrique Abrão. Em julho deste ano, a Receita Federal cancelou as adesões de mais de 700 contribuintes a programas de regularização tributária por não pagarem as parcelas em dia. No caso da recuperação judicial, há um programa da Receita de parcelamento em 84 vezes. "Mas, as empresas pouco usam, pois é mais vantajoso aderir aos parcelamentos especiais", diz a Receita, em nota. Renée Pereira Estadao Leia mais em terra 30/09/2018

FSB se associa à agência Loures e diz ter apetite para aquisições

Líder no mercado de comunicação corporativa, empresa desenvolve estratégia multimarca e segue tendência de consolidação do setor

A FSB, agência líder no mercado de relações públicas, fechou acordo para se associar à Loures Consultoria, de Alexandre Loures. Trata-se do primeiro negócio do gênero da companhia em 38 anos. O contrato não envolverá troca de recursos - Loures passará a fazer parte do quadro de sócios da FSB, que controlará ambas as agências. O projeto faz parte de uma estratégia da líder de formar um grupo de agências sob seu comando. Como o objetivo é formar um "pool" de marcas, a Loures vai continuar a operar de forma independente. A FSB diz ter apetite para mais associações e aquisições.

Com faturamento de R$ 240 milhões, a FSB vai passar a uma receita total de R$ 261 milhões ao se associar à Loures. Juntos, os dois negócios terão cerca de 800 profissionais. A Loures foi fundada há três anos e hoje é responsável pelo atendimento de companhias como Cosan, Votorantim, Ambev, Burger King e Lactalis. "Acho que batemos no teto do crescimento orgânico", diz Marcos Trindade, sócio da FSB. "Estamos olhando mais oportunidades de aquisição, incluindo no mercado de digital. Temos caixa e liquidez para isso."

Outra estratégia da FSB com essa estratégia é reduzir a dependência de contas de órgãos do setor público. Segundo uma fonte próxima à operação, a empresa tem larga vantagem nos mercados de Brasília (onde a disputa se dá pelas contas de governo) e do Rio de Janeiro (onde estatais também têm um peso considerável), mas não está tão à frente das concorrentes em São Paulo. A aquisição da Loures, focada no mercado paulista, vem para ajudar a equilibrar essas diferenças.

Consolidação. Até agora, a FSB havia ficado de fora do movimento de consolidação deste mercado, que envolveu grandes grupos internacionais de comunicação e também parcerias "made in Brazil". O Grupo Ideal - que reúne três agências, Ideal H+K Strategies, Ogilvy PR e Young PR - hoje tem a gigante britânica WPP como sócia (o grupo também tem participação da Máquina Cohn & Wolfe). Já a CDN, após ser comprada pelo Grupo ABC, de Nizan Guanaes, acabou nas mãos da americana Omnicom.

O acordo com a Loures também foi oportunizado pela recente chegada de um novo sócio à FSB - Diego Ruiz, executivo que já teve passagens pelos grupos EBX (de Eike Batista) e J&F (dona da JBS e controlada pela família Batista). Segundo Trindade, Ruiz ajudou a organizar a companhia para o crescimento também por meio de aquisições. Tanto foi assim, diz o executivo, que a elaboração da proposta foi relativamente rápida - após a definição dos números, o "casamento" foi selado em uma única reunião.

Loures disse que, em vez de "realizar o lucro" da operação que começou a construir há três anos, a opção de se tornar sócio da FSB - sem não receber valores neste momento ­- representa uma aposta no potencial de crescimento do negócio. O executivo, que antes de abrir a Loures foi chefe de comunicação da gigante das bebidas Ambev, diz que o mercado aceitou bem a proposta da agência, que prega o conhecimento dos setores nos quais seus clientes atuam. "Com a FSB, estamos bem posicionados para sermos protagonistas no mercado", disse. estadão leia mais em terra 30/09/2018

Novo presidente herdará ao menos R$ 87 bi de investimentos pendentes

O próximo presidente do Brasil herdará projetos que somam ao menos R$ 87,46 bilhões de investimentos —que dependerão do seu aval e de sua vontade política para se concretizarem.

São empreendimentos em diferentes setores que já estão encaminhados, com estudos técnicos prontos, projetos de lei enviados ao Congresso ou obras interrompidas.

No entanto, muitos deles são alvo de questionamentos e poderão passar por revisões ou mesmo ser abandonados pelo próximo governo.

Alguns exemplos: a renovação antecipada de concessões ferroviárias, que poderiam render R$ 25 bilhões de investimentos; o leilão de aeroportos regionais, em análise pelo TCU, e que pode gerar R$ 3,52 bilhões; a usina de Angra 3, cujas obras bilionárias estão paradas e que demandariam cerca de R$ 14 bilhões para serem concluídas.

Essa herança que será passada ao próximo governo pode ser ainda maior se for incluído na conta o megaleilão de petróleo da área conhecida como cessão onerosa.

O certame poderá render a espantosa cifra de R$ 420 bilhões em investimentos para viabilizar a produção, segundo cálculo da ANP (Agência Nacional de Petróleo).

O leilão, porém, ainda depende da aprovação de um projeto de lei no Senado e de acordos com a Petrobras.

O novo governo poderá mudar totalmente o rumo desse projeto, avalia Giovani Loss, sócio da área de óleo e gás do Mattos Filho.

“Há fortes incentivos para que o leilão ocorra, como a crise fiscal, que torna difícil para o governo negar uma receita desse nível. Mas a verdade é que ele pode ser cancelado a qualquer momento”, diz.

Esse não é o único projeto que pode ser abortado na próxima gestão.

As privatizações, principalmente a da Eletrobras, dificilmente passarão incólumes pela transição presidencial, afirma Fernando Vernalha, sócio especialista em infraestrutura do VGP Advogados.

Além delas, estão sujeitos a mudanças de curso os empreendimentos de setores cuja regulação é menos madura no país —caso de portos, ferrovias e saneamento básico, de acordo com Marcos Ganut, sócio da consultoria Alvarez & Marsal.

Há também grandes obras de infraestrutura, hoje paralisadas, que deverão ter seu destino definido pelo próximo presidente.

Um estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontou três casos emblemáticos: a transposição do rio São Francisco, a Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) e a Ferrovia Nova Transnordestina.

Essas obras, bilionárias, foram interrompidas devido a problemas técnicos e de falta de governança. Portanto, precisarão passar por uma reanálise, segundo Ilana Ferreira, especialista em políticas e indústria da entidade.

“Houve casos de obras iniciadas sem que o projeto todo estivesse concluído, o que não faz o menor sentido. Houve falta de planejamento de prazos, de financiamento e de demandas realistas”, diz.

Para ela, seria viável que ao menos a transposição do rio São Francisco e a Fiol fossem concluídos pelo próximo governo, com os devidos ajustes.

Outro exemplo é a usina nuclear de Angra 3, cujas obras foram paradas em 2015, com cerca de 60% de sua execução. Estima-se que o valor necessário para sua conclusão seria de cerca de R$ 14 bilhões.

Analistas do setor preveem que as obras poderão ser retomadas com a possível entrada de um novo parceiro privado, mas ainda não há uma saída clara para a questão.

Para concluir o grupo de pendências que serão repassadas ao novo presidente, há também as propostas de renovação antecipada de concessões ferroviárias e a relicitação de concessões (principalmente rodoviárias e de aeroportos) que tiverem problemas financeiros —ambas extremamente polêmicas.

Para as operadoras de ferrovias do país, a renovação antecipada das concessões vigentes é um dos principais pleitos. Em troca dessa prorrogação dos contratos, as concessionárias seriam obrigadas a fazer investimentos adicionais de cerca de R$ 25 bilhões.

“Essa medida teria um impacto maior do que os próprios projetos de ferrovias novas”, diz Fernando Paes, diretor-executivo da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários).

A proposta, porém, é alvo de críticas de procuradores, políticos e mesmo analistas do setor, que questionam o custo-benefício de fazer uma prorrogação em vez de uma nova licitação.

Para Fernando Marcondes, sócio da L.O. Baptista Advogados, a renovação antecipada não é positiva. “Ela perpetua o controle das ferrovias nas mãos de poucas empresas”, diz ele.

Já o caso da relicitação é um pleito principalmente das concessionárias de rodovias que estão em dificuldade financeira. Essas empresas querem devolver suas concessões, para que estas possam ser novamente levadas a leilão.

Há uma lei, em vigor desde o ano passado, que autoriza o processo, mas a regulamentação nunca saiu, o que impede que a devolução ocorra na prática.

O presidente Michel Temer  chegou a anunciar que publicaria um decreto com as regras, mas até agora elas não saíram, e a expectativa é que não sejam publicadas.

“É um ponto polêmico que tende a ser objeto de reanálise pelo próximo governo”, avalia Vernalha, do VGP Advogados.

Apesar de todas essas dúvidas em torno da transição presidencial, não há, entre os analistas, um temor de ruptura total no setor de infraestrutura —independentemente de quem assumir o Palácio do Planalto em 2019.

“No plano federal, a alternância não tem um impacto tão forte. Há uma expertise técnica consolidada, que já debateu grandes projetos com vários governos”, afirma Letícia Queiroz, advogada especializada em concessões.

“Claro que há um temor por questões de governabilidade do país, de financiamento dos projetos, de câmbio. Mas o setor de infraestrutura não é tão sensível”, diz ela.

Há também alguns setores considerados mais resistentes a interferências políticas, seja porque os projetos em curso estão mais maduros ou por serem áreas mais consolidadas no país.

É o caso dos leilões de rodovias federais (cujo primeiro certame ocorrerá ainda neste ano e que tende a abrir caminho para os demais), de aeroportos (que alguns analistas ainda veem chances de sair em 2018) e de energia elétrica.

No caso de ferrovias, há também uma expectativa de que novos projetos, estruturados durante o governo Temer, saiam do papel.

“No passado, houve muitos problemas de superdimensionamento da demanda nas concessões de rodovias e de aeroportos. Hoje, isso está mais bem quantificado e há uma demanda clara para essas ferrovias”, afirma Ganut, da Alvarez & Marsal. Fonte: Folha SP Leia mais em portosenavios 30/09/2018

Tarpon vende ações e reduz sua fatia na BRF para 4,95%

A gestora de recursos Tarpon, que liderou a ampla reforma na gestão da BRF iniciada em 2013, com o empresário Abilio Diniz à frente do conselho de administração, reduziu sua participação na companhia de alimentos para 4,95%, forçada pelos contínuos resgates de investidores.

A informação foi divulgada ao mercado no início da noite de sexta-feira. Leia mais  em valoreconomico 30/09/2018

Saraiva contrata BR Partners para melhorar estrutura de capital

A livraria Saraiva contratou a BR Partners para melhorar sua estrutura de capital, o que pode envolver um aporte de capital.

A companhia teria ainda a pretensão de buscar entrada no novo Mercado da B3, segmento de mais elevada governança.

Para isso, a empresa precisa converter suas ações preferenciais em ordinárias, que são aquelas com direito a voto (...) Leia mais ColunadoBroadcast.estadao 30/09/2018

'Fila' de ofertas de ações aguarda definição de eleições e soma R$ 20 bi

Mais de R$ 20 bilhões em ofertas de ações estão na fila para tentar um espaço no mercado financeiro após definição do cenário eleitoral

Mais de R$ 20 bilhões em ofertas de ações estão na fila para tentar um espaço no mercado financeiro após definição do cenário eleitoral. As conversas das companhias com os bancos de investimento voltaram a se aquecer nas últimas duas semanas.

Por enquanto, o movimento é para deixar a casa em ordem e a documentação preparada para a abertura da próxima janela de oportunidade, que pode ocorrer logo após a escolha do novo presidente.

Quando se considera o médio prazo, as contas do mercado mostram a chance de novas ofertas de papéis na Bolsa superarem R$ 70 bilhões em um intervalo de dois anos.

Muitas das empresas que aguardam as eleições para ofertarem suas ações são as mesmas que já tentaram fazer operações no último ano, mas esbarraram na elevada seletividade dos investidores em um período de maior aversão a risco.

No grupo de candidatas estão empresas como a Neoenergia, Agibank, Banrisul Cartões, Quero-Quero, Austral e Tivit.

A Rede D'Or poderia engrossar a lista. Outras, como a Multilaser, dependem da proporção do otimismo do mercado para voltar a testar as águas da Bolsa. Entre as ofertas subsequentes aguardadas estão a da Light e da Vale - nos dois casos, as operações servirão para fundos de pensão venderem parte de suas fatias nas empresas.

O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, disse ao Estadão/Broadcast que há hoje entre 20 a 30 empresas que estão com operações no mercado de capitais no "forno". Segundo o executivo, o ambiente de incerteza põe em xeque o ritmo de crescimento da economia brasileira.

No entanto, ele percebe que existe um "diagnóstico muito claro sobre as questões fiscais" - e sobre o consenso de que elas terão que ser endereçadas pelo próximo governo. Isso tem direcionado as companhias a seguirem seus planejamentos.  "Há também certo consenso de que o País vai crescer."

Segundo uma fonte do mercado de capitais, entre mandatos fechados e em negociação para ofertas de ações, cerca de 90 empresas podem potencialmente ir à B3. A fonte destaca que o ritmo dessas operações é incerto, mas lembra que pesa a favor da opção pela Bolsa o ambiente de juros baixos. A aposta é que o fluxo de investimentos seguirá para a renda variável, em busca de maior rentabilidade.

Retorno

As conversas entre os bancos e as companhias se intensificaram ao longo das últimas semanas, após um hiato no mercado entre junho e agosto, diz o responsável pelo banco de investimento do Morgan Stanley no Brasil, Alessandro Zema. "As empresas retomaram as conversas para abertura de capital para o pós-eleição e acredito que temos boa chance de vermos um bom volume", afirma. Zema lembra que o processo para abertura de capital dura, ao menos, quatro meses. Assim, as empresas precisam acelerar o passo para estarem aptas a irem a mercado tão logo a janela se reabra.

O diretor da área de mercado de capitais do Credit Suisse, Eduardo de la Peña, vê atualmente um potencial de cerca de 15 ofertas nos 12 meses após as eleições. Ele destaca que, delas, um número relevante é de empresas que já tentaram a abertura de capital. Das empresas candidatas ao IPO, muitas já passaram por reuniões para apresentar seus negócios a investidores. "Os investidores já foram apresentados à tese de crescimento dessas empresas e isso ajuda. Agora, em uma nova tentativa, elas poderão apresentar ao mercado o plano já executado", explica o executivo do Credit Suisse.

Fluxo externo

A entrada de recursos externos no Brasil tende a crescer. O diretor de renda variável do Bradesco BBI, Glenn Mallett, nota que existe uma distorção na alocação dos investidores em Brasil, que está abaixo do que a média histórica. A percepção dele é de que haverá, em algum momento, uma recomposição de portfólios, o que pode beneficiar o fluxo de capital ao Brasil. "Enxergamos que, para 2019, haverá uma aceleração da atividade.

O ritmo desse movimento é que pode variar. Pode haver elementos mais ou menos favoráveis que podem chamar mais ou menos emissões", avalia Mallett. Segundo o executivo, o entendimento, no geral, é de que as principais pautas de mercado serão encaminhadas pelo novo governo.

Dessa forma, a fila de potenciais emissões poderá ser bastante extensa.Para as empresas que querem aproveitar uma eventual janela para captação em dezembro, logo após o fim do desfecho das urnas, o prazo para o protocolo da documentação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) será em outubro, exatamente no intervalo entre primeiro e segundo turnos das eleições.

Cumprida essa etapa, as empresas garantem a opção de poderem abrir capital em dezembro.Zema, do Morgan Stanley, destaca também que, hoje, as empresas demonstram maior nível de maturidade e existe um entendimento de que os mercados emergentes, como o Brasil, vivem de ciclos.

Além disso, o executivo lembra que, depois de um período de recessão profunda, as empresas fizeram a lição de casa, melhoraram o perfil financeiro e possuem, atualmente, um balanço muito mais confortável, o que favorece a iniciativa de abertura de capital. Segundo ele, as ofertas esperadas para o período pós-eleitoral devem ganhar ritmo a partir 2019.

No entanto, algumas podem se antecipar e ir para a rua ainda no fim deste ano, aproveitando-se da estreita janela de dezembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Leia mais em epocanegocios 30/09/2018



29 setembro 2018

KPMG prevê intensificação de fusões e aquisições em 2018

O Relatório Anual Perspectivas em F&A, (M&A Predictor Annual Report, em inglês), estudo da KPMG Internacional sobre Fusões e Aquisições, prevê 2018 com intensa atividade global no fechamento de negócios e aumento no apetite e na capacidade de realização de fusões e aquisições de 5 e 17%, respectivamente. Tal desempenho é bom se comparado com 2017, quando o apetite por fusões e aquisições permaneceu relativamente estável em 1%.

"A demanda por ativos e empresas permanece bastante elevada em um cenário de mercado de capitais favoráveis e juros baixos. Os participantes do setor de fusões e aquisições estão ativos e fazendo ofertas cada vez mais altas. Identificamos essa movimentação de grandes empresas e fundos de participações em busca de novas oportunidades de investimentos", afirma oSócio de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil, Luis Motta.

O relatório da KPMG também destaca que 2018 começou promissor, com fusões e aquisições no primeiro trimestre do ano disparando e superando a marca de US$ 1 trilhão – um aumento expressivo em relação aos US$ 749 bilhões verificados no primeiro trimestre de 2017. O valor médio dos negócios no primeiro trimestre deste ano aumentou cerca de 30%, uma ampliação significativa, atingindo o valor de US$ 124 milhões, o maior em 10 anos, e superior aos US$ 100 milhões verificado em 2015-2016.

Observa-se também que mais setores participam da corrida por negócios na área de tecnologia. Além disso, o relatório revela que, em 2017, as preocupações geopolíticas tiveram um impacto reduzido sobre os negócios transnacionais e os negócios intersetoriais atingiram o número recorde de 53% em volume e respondendo por mais de um terço do valor dos negócios. Operações entre os setores industrial e de consumo excederam os US$ 85 bilhões em 2017, aproximando-se de US$ 100 bilhões no ano.

O Relatório Anual Perspectivas em F&A cobre o mundo por setor e região, sendo elaborado com base em dados sobre 2.000 das maiores empresas do mundo em termos de capitalização em bolsa. Ele é uma ferramenta de vanguarda que ajuda os clientes KPMG a prever as tendências mundiais em fusões e aquisições, revelando dados com foco nos fluxos de operações inter-regionais, internacionais e entre diferentes setores.

O estudo examina o apetite por fusões e aquisições e a capacidade de realizá-las rastreando e projetando indicadores importantes, incluindo a relação (preço/lucro), um bom guia a respeito da confiança geral do mercado, e a dívida líquida em relação ao Ebitda (lucro antes dos juros, impostos e contribuições sobre o lucro, depreciações e amortizações) para avaliar a capacidade das empresas de financiar suas futuras aquisições. Combinados com o conhecimento setorial especializado da KPMG, eles oferecem uma análise mais profunda de tendências para os próximos 12 meses. | kpmg.com.br Leia mais em revistafatorbrasil 29/09/2018

Após aval do Cade em fusão Bm&f-Cetip;, ATS reafirma que ingressará no mercado

Depois do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a fusão da BM&FBovespa e Cetip, a ATS, que participou do caso como terceira interessada, reafirmou seu compromisso de ingressar no mercado de capitais brasileiro.

"As entrantes pretendem dar pronto andamento às providências contratuais e regulatórias cabíveis, bem como seguirão firmes em sua atuação junto às autoridades competentes de modo a dotar da máxima eficácia e aplicabilidade prática todas as determinações do Cade desta data", segundo comunicado.

No julgamento que aconteceu nesta quarta, o Tribunal do Cade aprovou a operação, com restrições. Ao todo, o Acordo de Controle de Concentração (ACC) possui quatro itens, como regras de acesso, tratamento econômico a uma infraestrutura de mercado financeiro (IMF) que queira operar no Brasil, mecanismos de governança dos preços de produtos e serviços e, ainda condições de acesso à prestação de serviços da Central Depositária de Ativos (CSD, na sigla em inglês).

"O Cade agiu de forma adequada e contundente, determinando a obrigação da Cetip e BMF&Bovespa de celebrarem - em condições razoáveis e isonômicas - contratos com entrantes para prestação de serviços essenciais e, com isso, admitirem concorrência", segundo o mesmo comunicado enviado. por IstoÉ Leia mais em gsnoticias 29/09/2018


Prestadoras de Pequeno Porte detém 20% do mercado de banda larga, diz Anatel

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou nesta sexta-feira,  28, o evento "Conecta Brasil", na sede da agência em Brasília. O seminário teve como foco as Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs), que são as empresas que possuem até 5% do total de usuários do serviço de banda larga fixa.

Segundo dados da Agência, esse segmento já detém 20% do market share do serviço de banda larga fixa. A Agência elaborou recentemente o regimento interno do Comitê das Prestadoras de Pequeno Porte, que já foi publicado no Diário Oficial da União.

O conselheiro da Agência, Leonardo de Morais, destacou o grande crescimento das PPPs, "que em março de 2017, já detinham market share de 9%, já em junho de 2018 foi de 20%. Houve um crescimento de 907%, três vezes mais que a média de crescimento do setor como um todo".

O conselheiro da Anatel, Emmanoel Campelo, disse que a Agência tem buscado uma aproximação com as PPPs e para ele, elas merecem ter voz dentro da Anatel. Emanoel defendeu maior segurança jurídica às PPPs, além da redução das obrigações, que não podem ser as mesmas das grandes prestadoras, e que para isso é sendo necessária a revisão da regulamentação.

O presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Basílio Peres, destacou a divergência de dados sobre quantidade de PPPs no Brasil e a necessidade de obter números mais exatos, reais. Dentre alguns motivos para a falta de informações ele citou o receio de fiscalização e o desconhecimento das obrigações regulatórias.

O diretor geral a Associação NeoTV, Alex Juscius , destacou que em 2.603 municípios as PPPs têm mais de 50% do mercado do setor, principalmente em municípios pequenos, lugares com menor viabilidade econômica pelas grandes empresas. A associação reúne operadoras de TV por assinatura, provedores de internet, além de fabricantes e distribuidores de equipamentos.

O tema do painel "Contribuição do satélite para atendimento a provedores e consumidores" foi o crescimento do setor de satélites, ao todo são 17 satélites brasileiros em operação, 37 satélites estrangeiros autorizados e 4 satélites não geoestacionários também autorizados. A meta é que em 2021 sejam 20 satélites brasileiros em órbita. A expectativa de crescimento da capacidade ofertada é de 110%, isso devido a entrada da banda Ka.

As vantagens do satélite são a vasta cobertura, rápida implantação, facilidade de remanejamento, contratação por banda e parcerias comerciais. Por outro lado, o custo é um problema devido a ausência de fabricante nacional, o que torna o satélite caro. Caso houvesse produção nacional, o satélite ficaria mais barato... Leia mais em tiinside 29/09/2018


28 setembro 2018

Cade autoriza acordo da Cosan com uruguaia

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica deu aval para uma associação da Cosan com uma empresa uruguaia visando o lançamento de uma carteira digital (e-wallet) por meio de um aplicativo de celular sob a marca Payly.

A Superintendência-Geral da autoridade antitruste recomendou a aprovação sem restrições da operação de venda pela Cosan de 25% da empresa ainda em fase de testes Payly para a Manzat, uma holding não operacional uruguaia detida pelo grupo Buizau, que atua nos setores de tecnologia, hotelaria, gestão empresarial e imobiliário.

“Para a Cosan, a operação representa uma boa oportunidade de negócio, pois lhe permitirá ofertar soluções de pagamento diferenciadas e mais modernas a seus clientes e parceiros de negócio”, disse o Cade no despacho publicado nesta quinta-feira (27), citando as requerentes.

A carteira digital usa o mesmo conceito de uma carteira tradicional, já que guarda cartões de débito, crédito e dinheiro em espécie, porém de forma totalmente digital.

O Cade também aprovou sem restrições a aquisição, pelo grupo Energisa, da distribuidora da Eletrobras no Acre, a Eletroacre, conforme despacho no Diário Oficial da União desta quinta.

A venda havia sido definida em leilão no final de agosto. No certame, a Energia também arrematou a distribuidora da estatal que atua em Rondônia, a Ceron, cuja transação já foi aprovada pelo órgão regulador mais cedo nesta semana.

Em seu parecer, o Cade divulgou entendimento de que a compra da Eletroacre é “incapaz de alterar a estrutura dos mercados de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica no País”. Leia mais em dci 28/09/2018

Volume global de fusões e aquisições cai 35% no 3º tri conforme tensões comerciais crescem

Número atingiu o piso desde 2013, com 9.135 operações

Possibilidade de negociar e compartilhar riscos é um dos pontos que atrai investidores para licitações

As atividades de fusões e aquisições globais caíram para 783 bilhões de dólares no terceiro trimestre, queda de 35 por cento em relação ao trimestre anterior, à medida que a crescente disputa comercial entre Estados Unidos e China lançou dúvidas sobre as perspectivas reguladoras de alguns negócios.

Em julho, a fabricante norte-americana de chips Qualcomm retirou sua planejada aquisição da NXP Semiconductors por 44 bilhões de dólares, após o governo chinês demorar em oferecer autorização antitruste, um movimento visto como retaliação às tarifas comerciais anunciadas pelos EUA.

Isso gerou incertezas sobre as perspectivas de outros negócios envolvendo empresas globais que exigem aprovação regulatória chinesa, incluindo a aquisição da Rockwell Collins pela fornecedora aeroespacial United Technologies por 23 bilhões de dólares.

"Temos algumas nuvens no horizonte, vis a vis um conflito comercial, ou potencialmente uma guerra comercial com a China. Há o potencial para um Brexit difícil e o aumento dos juros", disse Mark Shafir, co-diretor global de fusões e aquisições do Citigroup.

O número de negócios globais anunciados atingiu o piso desde 2013, em cerca de 9.135, e o volume global de negócios caiu 6 por cento em comparação com um ano antes.

Com certeza, a atividade de negociação se manteve mais forte do que a média e os primeiros nove meses de 2018 fizeram com que as fusões globais atingissem um novo recorde de 3,2 trilhões de dólares.

A atividade de fusões na Europa tem sido particularmente forte, com negócios no valor de 962,5 bilhões de dólares no ano até setembro, alta de 72 por cento sobre um ano antes e o período mais forte para negociações na Europa desde 2007.

Nos EUA, a atividade cresceu 14 por cento ano a ano, para 368,1 bilhões de dólares no trimestre, foram melhores do que as outras regiões.

As transações anunciadas na Europa caíram 14 por cento, para 151,4 bilhões de dólares, enquanto na Ásia-Pacífico caíram 38 por cento, para 185,1 bilhões de dólares, mostraram dados da Thomson Reuters.

Entre os maiores negócios anunciados do terceiro trimestre estão a aquisição da fabricante de software CA pela Broadcom, por 18 bilhões de dólares, e a oferta da Dell de pagar 21,7 bilhões de dólares em dinheiro e ações para recomprar títulos relacionados à sua participação na empresa de software VMware.

Hernan Cristerna, co-diretor de fusões e aquisições globais do JPMorgan, disse acreditar que as empresas irão gradualmente se esquivar de grandes negócios, mas permanecerão ativas nos de médio porte, apesar do ambiente incerto.

"Mais à frente, será difícil sustentar o número de ofertas de mais de 10 bilhões de dólares, ... mas no próximo ano haverá uma grande quantidade de atividade na faixa de 3 bilhões a 5 bilhões de dólares porque as empresas veem a lógica de fazer fusões e aquisições e estão conscientes das dificuldades e riscos de passar por uma grande transação"... Leia mais em dci 28/09/2018

Ageo leva terminal em Santos por R$ 210 mi em leilão de área de portos na B3

A Ageo venceu nesta sexta-feira, 28, a disputa pelo arrendamento de uma área no porto de Santos (SP) voltada à movimentação e armazenagem de granéis líquidos combustíveis. Em leilão na B3, em São Paulo, a empresa propôs uma outorga de R$ 210 milhões pela área, denominada "STS 13".

O valor mínimo a ser oferecido era de R$ 1,00.A disputa pela área foi para viva-voz, já que três empresas apresentaram lances pelo ativo na última quarta-feira, quando a B3 recebeu os envelopes.

A Granel Química, que atualmente ocupa a área, havia oferecido R$ 142 milhões pela área e a outra proponente, a Cattalini Terminais Marítimos, ofertou R$ 20 milhões.

No leilão viva-voz, a Granel subiu o lance para R$ 202 milhões, mas ainda ficou abaixo dos R$ 210 milhões ofertados pela Ageo.

A área leiloada está localizada na Ilha Barnabé, na margem esquerda do Porto de Santos. Conectado a rodovia e cais, o terminal serve como instalação de armazenagem de uso misto, com 99 tanques pressurizados para produtos químicos, etanol e derivados de petróleo.

Com prazo de 25 anos (prorrogável por até 70 anos), o contrato alcança um valor global de R$ 1,3 bilhão. O futuro arrendatário deverá investir R$ 198,2 milhões na área.

Mais cedo, a comissão da B3 avisou que outro terminal que seria leiloado pela Agência Nacional de Transportes Aquáticos (Antaq) pela manhã não recebeu propostas.

A área que não atraiu interessados fica no porto de Santana (AP) e é dedicada à movimentação e armazenagem de cavaco de madeira.

Ainda pela manhã, a Companhia Docas do Pará (CDP) ofereceu a cessão de uso onerosa de uma área dentro do Terminal Petroquímico de Miramar, no porto de Belém (PA), voltada à movimentação e armazenagem de gás liquefeito de petróleo (GLP). Levou a área, com uma outorga de R$ 1,01, a Nacional Gás Butano Distribuidora Ltda, que já explora o local atualmente e foi a única a oferecer proposta. .. Leia mais em dci 28/09/2018

Consórcio Exxon/QPI leva bloco de Titã em 5ª Rodada do pré-sal

 O consórcio formado por Exxon Mobil e QPI arrematou nesta sexta-feira o bloco de Titã no pré-sal da Bacia de Santos, o segundo a ser leiloado na 5ª Rodada de licitação de áreas de petróleo e gás, realizada pela reguladora ANP no Rio de Janeiro.

O lance de consórcio somou 23,49 por cento de excedente em óleo à União, versus percentual mínimo de 9,53 por cento. A Exxon é a operadora do consórcio, com 64 por cento de participação, ao passo que a QPI responde pelos outros 36 por cento.  (Por Marta Nogueira, Rodrigo Viga Gaier e Alexandra Alper) Reuters Leia mais em dci 28/09/2018

Consórcio BP/Ecopetrol/CNOOC arremata bloco Pau Brasil no pré-sal

O consórcio formado pelas companhias BP Energy, Ecopetrol e CNOOC arrematou o bloco de Pau Brasil no pré-sal da Bacia de Santos, informou nesta sexta-feira a reguladora ANP, que realiza no Rio de Janeiro a 5ª Rodada de licitação de áreas de petróleo e gás.

O lance de consórcio somou 63,79 por cento de excedente em óleo à União, versus percentual mínimo de 24,82 por cento. Leia mais em dci 28/09/2018

Petrobras faz único lance e leva bloco Sudoeste de Tartaruga Verde em 5ª Rodada

A Petrobras arrematou nesta sexta-feira o bloco Sudoeste de Tartaruga Verde, no pré-sal da Bacia de Campos, durante a 5ª Rodada de licitação de áreas de petróleo e gás, promovida pela reguladora ANP no Rio de Janeiro.

A petroleira estatal foi a única a dar lance pelo bloco, oferecendo o percentual mínimo de 10,01 por cento de excedente em óleo à União, disse a ANP.  (Por Marta Nogueira, Rodrigo Viga Gaier e Alexandra Alper) Reuters Leia mais em dci 28/09/2018

Consórcio Shell/Chevron arremata bloco Saturno na 5ª Rodada do pré-sal

Lance somou 70,2% de excedente em óleo à União; percentual mínimo era de 17,54%

 O consórcio formado pelas petroleiras Shell e Chevron arrematou o bloco Saturno no pré-sal da Bacia de Santos, o primeiro a ser leiloado na 5ª Rodada de licitação realizada nesta sexta-feira pela reguladora ANP no Rio de Janeiro.

O lance somou 70,2 por cento de excedente em óleo à União, versus percentual mínimo de 17,54 por cento.A Shell é operadora de consórcio com a Chevron, com cada empresa tendo 50 por cento de participação. Reuters Leia mais em dci 28/09/2018


Governo arrecada R$ 6,8 bi com venda de 4 blocos do pré-sal

Com esse montante, o governo contabiliza arrecadação de R$ 28 bilhões com bônus de leilões de áreas de petróleo, desde setembro do ano passado

O governo federal garantiu nesta sexta-feira a arrecadação de mais 6,8 bilhões de reais em bônus de assinatura com o leilão de quatro blocos no pré-sal, que preveem ainda investimentos mínimos de 1 bilhão de reais, de acordo com dados da reguladora ANP, que realizou o certame nesta sexta-feira.

Com esse montante, o governo contabiliza arrecadação de 28 bilhões de reais com bônus de leilões de áreas de petróleo, desde setembro do ano passado, com base em informação do secretário-executivo de Minas e Energia, Márcio Félix.Além do bônus, no caso dos leilões do pré-sal, a União garante no futuro os recursos do chamado óleo lucro ofertado pelas petroleiras nas licitações. Reuters Leia mais em dci 28/09/2018
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5ª Rodada de Partilha tem todos os blocos arrematados

A 5ª Rodada de Partilha da Produção, realizada hoje (28/9) pela ANP, teve os quatro blocos oferecidos arrematados: Saturno, Titã, Pau-Brasil e Sudoeste de Tartaruga Verde. A rodada arrecadou R$ 6,82 bilhões em bônus de assinatura e tem previsto R$ 1 bilhão em investimentos na fase de exploração. O ágio do excedente em óleo ofertado foi de 170,58%.

Estiveram presentes no evento autoridades como o ministro de Minas e Energia, Wellington Moreira Franco, o secretário executivo do MME, Márcio Félix, e os diretores da ANP, Décio Oddone, Aurélio Amaral, Dirceu Amorelli, Felipe Kury e José Cesário Cecchi.

“Foi a primeira rodada de partilha com mais de um bloco em oferta a ter 100% das áreas arrematadas”, lembrou o diretor-geral da ANP, Décio Oddone. “Com os ágios de hoje, cuja média foi de 170%, nossa expectativa de arrecadação em royalties e tributos ao longo dos 35 anos dos contratos subiu de R$ 180 bilhões para R$ 240 bilhões. Mas o mais importante é olharmos para o total das rodadas de partilha desde o ano passado. Os resultados da 2ª à 5ª Rodadas, com o petróleo a 70 dólares o barril, irão gerar R$ 1,2 trilhão em arrecadação para União, estados e municípios, ou seja, cerca de R$ 40 bilhões por ano”.

Nas licitações sob o regime de partilha da produção, as empresas vencedoras são as que oferecem ao Estado brasileiro, a partir de um percentual mínimo fixado no edital, a maior parcela de petróleo e gás natural produzido (ou seja, a maior parcela de excedente em óleo). Os bônus de assinatura, também determinados no edital, são fixos.

De acordo com a legislação atual, a Petrobras tem o direito de preferência para atuar como operadora nos blocos do pré-sal e nos considerados estratégicos. A empresa optou por ser operadora, com participação de 30%, na área de Sudoeste de Tartaruga Verde

Veja abaixo o resultado da rodada:


A 5ª Rodada de Partilha dá continuidade do calendário plurianual de rodadas, instituído pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que prevê leilões até 2021. Desde 2017, já foram realizados seis certames. Além disso, este ano teve início a Oferta Permanente, que consiste na oferta contínua de campos e blocos devolvidos (ou em processo de devolução) à ANP e de blocos exploratórios ofertados em licitações anteriores e não arrematados. Leia mais em ano 28/09/2018

A hora das fintechs, agrotechs e healthtechs

Para quem deseja investir em um novo negócio, os setores de saúde, educação e alimentação estarão em alta nos próximos anos, segundo especialistas em empreendedorismo.

"Empresas do ramo de tecnologia, voltadas para a transformação digital, também deverão apresentar retornos financeiros mais rápidos", afirma Leonardo Donato, líder de mercados emergentes da EY.

Um levantamento da consultoria, feito com pequenos e médios empresários, indica que 94% dos entrevistados pretendem investir em novos nichos, como inteligência artificial, nos próximos cinco anos. ... Leia mais em valoreconomico 28/09/2018

Investimento-anjo se aproxima de R$ 1 bi

O investimento de pessoas físicas em startups manteve crescimento nos últimos anos.

Em 2017, os investidores-anjo aportaram um total de R$ 984 milhões em novatas, montante que representa um crescimento de 16% em relação ao ano anterior, segundo a associação de fomento Anjos do Brasil.

No período, também houve aumento no número de investidores-anjo no país - ao todo, 7.615 pessoas físicas investem em startups. .. Leia mais em valoreconomico 28/09/2018

Empresa brasileira de educação faz IPO "em silêncio" na Nasdaq e é o novo Unicórnio

A empresa Arco Educação anunciou nesta terça-feira (25) a abertura de capital (IPO) na bolsa de valores americana Nasdaq. Sem grandes alardes, a companhia arrecadou US$ 194,5 milhões, cerca de R$ 783 milhões, com a venda de uma fatia de 22,8% do negócio. O preço da ação ficou definido em US$ 17,50 para o início das negociações, chegando a um valor de mercado de US$ 850 milhões (R$ 3,4 bilhões).

No entanto, nesta quarta-feira (26), o papel da empresa subiu 34% para US$ 23,50 e o negócio ficou avaliado em US$ 1,2 bilhão, cerca de R$ 4,8 bilhões. Com esse resultado, a empresa se tornou uma Unicórnio - nome dado a empresas que atingem US$ 1 bilhão em valor de mercado.

Segundo o Valor, o preço de emissão indicou um múltiplo de 10 vezes o Ebitda projetado, acima dos pares de educação de porte semelhante, fato que é atribuído ao caráter tecnológico da Arco Educação. A leitura dos investidores americanos é que o segmento de educação é bastante resiliente e suporta melhor a instabilidade da economia brasileira.

A empresa cearense é uma holding que nasceu em 2004 e dona da plataforma de ensino SAS Sistema de Ensino, criada no colégio Ari de Sá, que oferece às escolas parceiras soluções educacionais, como livros didáticos, consultoria pedagógica e produtos que integram tecnologia e conteúdo pedagógico. O foco do negócio é da educação infantil ao ensino médio.

A oferta inicial foi 100% primária, ou seja, todo o dinheiro advindo do IPO vai para a companhia. Além disso, a Arco Educação manteve a família Sá Cavalcante e o fundo de private equity General Atlantic como acionistas.

Os bancos coordenadores da oferta foram Goldman Sachs, Morgan Stanley, Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch, BTG Pactual, UBS e Allen & Co. A partir do IPO, a empresa pretende aumentar seu ritmo de crescimento com investimentos em tecnologia e novos produtos - estratégia que pode incluir aquisições. Hoje a empresa atende mais de 405 mil alunos e 1.140 escolas privadas no Brasil.

A Arco Educação, que terá o ticker ARCE, é a segunda empresa brasileira a abrir capital fora do país neste ano. Em janeiro, a PagSeguro fez seu IPO na Bolsa de Nova York, captando cerca de US$ 2,3 bilhões. infomoney - Leia mais em CMConsultoria 28/09/2018

Herdeiro do Itaú investe em startup de saúde de atendimento personalizado

A Amparo oferece médicos de família e, em 2019, lançará um sistema com inteligência artificial para o paciente para riscos à saúde

“Eu não costumo investir em startups de saúde”, afirmou José Luiz Setúbal, médico pediatra do hospital Sabará, criador da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, um dos braços assistenciais do hospital — além de um dos acionistas do banco Itaú. Para ele, regulamentação existente no Brasil torna o setor pouco atraente a investidores. Mas, a pedido de um amigo, há dois ou três meses foi conhecer a startup Amparo Saúde.

“A minha ideia inicial era ouvi-los e não investir, mas eles me convenceram”, diz. O motivo dessa mudança foi a proposta da Amparo em oferecer um centro de saúde por assinatura, no qual o paciente teria um atendimento individualizado, a preços extremamente baixos.

O objetivo é melhorar o atendimento clínico e reduzir os custos em toda a cadeia de saúde, além de desafogar as operadoras e seguradoras. “Eles propõem um tratamento individualizado, com um acompanhamento mais de perto e trabalhando em conjunto com as operadoras (planos de saúde). Me parece uma solução interessante tanto para a operadora quanto para o paciente”, afirma. Com objetivos semelhantes, o megainvestidor Warren Buffett e Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo, se associaram para criar um plano de saúde inovador nos Estados Unidos.

Números do Ministério da Saúde no Brasil corroboram a tese de que os atendimentos por médicos de família reduzem os gastos com consultas desnecessárias. Os dados do governo, divulgados ano passado pela revista ÉPOCA, apontam que 80% dos casos atendidos em consultório por médicos de família são resolvidos sem a necessidade de encaminhamento para outros especialistas.

A Amparo não é a única a investir nesse modelo de saúde. O próprio SUS possui um sistema parecido. A Estratégia Saúde da Família (ESF) tem o objetivo de reorganizar a saúde básica no país. Para isso, uma equipe multifuncional fica responsável por uma quantidade de pacientes, que podem totalizar no máximo 4mil pessoas por equipe. Integram esse time: um médico generalista, um enfermeiro generalista, um auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde.

A diferença é que a Amparo se autodeclara como um centro de saúde por assinatura. Ou seja, não oferece um hospital, muito menos um pronto-socorro. Lá, a pessoa terá direito a consulta marcada com especialistas por um preço reduzido. Então, o indivíduo que quiser tornar-se um membro, pode escolher um dos pacotes de assinatura no site.

No Prime, por exemplo, a pessoa para R$ 99 mensais e tem direito a fazer consultas por um valor reduzido a R$ 10. Para especialidades que envolvem terapia, como a psicologia e acupuntura, o preço aumenta para R$ 60 reais. Ao se tornar um membro da Amparo, o indivíduo também consegue realizar exames por valores baixos e pagos a parte, uma boa parte deles realizados na própria clínica e exames de imagem que são efetuados com parceiros da instituição.

“Nós garantimos que fazemos zero lucro com exames. Cobramos para um exame de colesterol, por exemplo, R$1,50”, conta Emílio Puschmann, alemão radicalizado no Brasil, cofundador e CEO da Amparo Saúde. Ele afirma que laboratórios e clínicas populares acabam cobrando excessivamente caro, por exames, a fim de gerar receita. “Na nossa opinião, essa é uma indústria com pouca transparência”. A Amparo se compromete em educar o paciente-membro e “mostrar para ele que o exame feito aqui ou em um grande laboratório é, na verdade, a mesma coisa. Conseguimos oferecer isso sem nenhum conflito de interesse”, afirma Puschmann.

A startup oferece esse modelo de negócios principalmente para pessoas que não têm planos de saúde ou que perderam benefícios, empresas que não conseguem aportar o valor de um plano convencional e para as próprias seguradoras de saúde. No caso das empresas, por exemplo, é oferecido o sistema de assinaturas de consultas assim como no individual, mas a empresa pode optar ou não por adicionar um plano de saúde hospitalar para seus funcionários. Isso quer dizer que eles terão direito a internações hospitalares e atendimento no pronto-socorro em uma das redes conveniadas da Amparo.

Além disso, os prontuários eletrônicos consolidam as informações do paciente, não somente dentro da Amparo, mas também nas redes conveniadas. Dessa forma, se o paciente fica internado por meio de uma das seguradoras parceiras, a equipe que cuida dele recebe uma notificação e entra em contato com o hospital para poder ajudar nos cuidados dele. “Assim, podemos ajudar com que o hospital ou pronto-socorro não faça exames desnecessários, porque vamos conseguir cruzar os dados do paciente e avisar o que já foi realizado. Então, todo mundo vai ficar mais inteligente”, afirma Puschmann.

Outra diferença oferecida a qualquer paciente-membro da startup é assistência via Whatsapp. A pessoa não terá uma consulta pelo aplicativo, um médico de família, uma enfermeira da unidade e um técnico de enfermagem poderão sanar dúvidas no horário comercial. “Isso evita que o paciente se desloque até o pronto-socorro, porque ele consegue resolver uma boa parte de suas questões nesse grupo”, diz Puschmann.

Como um dos planos para 2019, a Amparo pretende lançar um sistema de gestão de saúde populacional, no qual o médico consegue colocar no sistema todo o histórico do paciente, incluindo exames, comentários das consultas, internações e histórico familiar. A máquina estima as chances de o paciente desenvolver uma determinada doença. “É um sistema inteligente que aprende com os dados e ajuda o médico a tomar decisões”, afirma Puschmann.

Em três meses de existência, a Amparo conta com quatro investidores, além de José Luiz Setúbal. Os planos são ambiciosos: “Pretendemos captar R$ 20 milhões nos próximos 12 meses”, afirma o CEO da startup. Leia maias em epocanegocios 28/09/2018

Novi vê crédito imobiliário subir 30% após fusão com Barigui

A Novi Soluções Financeiras, especializada em crédito com garantia de imóvel, registrou um aumento de 30% no volume de crédito originado entre junho e setembro, após a fusão com a Barigui Promotora de Crédito (...) Leia mais estadão 28/09/2018

O plano B da Bupa

Companhia britânica saúde, dona da Care Plus, avalia fazer aquisições e entrar no segmento de planos individuais para avançar no País

Moses Dodo: “Estamos estudando todas as possibilidades para crescer”  Hugo Cilo

Maior seguradora de saúde do Reino Unido, a Bupa parece ter chegado à conclusão que demorou demais para entrar no Brasil. A companhia, com receita global de US$ 12 bilhões e mais de 7 milhões de clientes, estreou por aqui em dezembro de 2016, ao adquirir uma das maiores no segmento premium, a Care Plus. Em seu primeiro ano de operação, faturou R$ 800 milhões e registrou crescimento de 17% sobre o período anterior, o melhor desempenho entre todas as operações da companhia no mundo.

“Achamos que a crise poderia nos afetar nos primeiros anos, mas percebemos que foi totalmente o oposto”, disse à DINHEIRO o diretor-geral da Bupa na América Latina, o marroquino Moses Dodo, durante uma visita a São Paulo. Na ocasião, anunciou o novo CEO Luiz Camargo no lugar de Roberto Laganá, fundador da Care Plus, em 1971. “O segmento ‘premium’ de saúde está descolado do restante da economia e se expandindo como nunca.” Para 2018, o crescimento deve repetir o resultado do ano passado.

O modelo de operação da Care Plus, voltado exclusivamente a planos corporativos, não foi alterado pela Bupa. Com 100 mil pessoas seguradas e uma carteira de 500 empresas no Brasil, a empresa conseguiu garantir um valor médio de R$ 8 mil por mês por pessoa, em sua grande maioria executivos de companhias dispostas a desembolsar esse valor para reter seus talentos. “Um plano de saúde com qualidade de excelência e plena cobertura internacional se tornou ferramenta de retenção em empresas do mercado financeiros, de tecnologia e grandes escritórios de advocacia”, afirma Dodo.

Os planos de expansão da empresa, no entanto, podem incluir aquisições e a abertura para venda de planos individuais, o carro-chefe da Bupa em todo o mundo. “Como o Brasil e o México são pontos-chave para nosso desenvolvimento na América Latina, estamos estudando todas as possibilidades para crescer, inclusive aquisições e ampliação do nosso portfólio de produtos com planos individuais, que fazem parte do nosso DNA.” A decisão colocaria a companhia em um mercado que, atualmente, é evitado por suas principais concorrentes, como a Omint e a One Health, da Amil.

O mercado de planos de saúde de primeira linha sofreu menos do que o restante do setor de saúde porque não passou pelo processo de downgrade nem pela fuga de clientes que buscaram economizar na crise. “O setor se retraiu porque está mais conectado à situação econômica do País e ao mercado de trabalho”, disse Sandro Leal, superintendente de Regulação da Federação Nacional de Saúde (FenaSaúde).

As estatísticas endossam essa afirmação. O número de brasileiros com planos de saúde registrou queda por três anos consecutivos. No ano passado, 281,6 mil pessoas deixaram de ter acesso à saúde privada, de acordo com dados Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em três anos, houve redução de 3,1 milhões de usuários. A velocidade dessa retração, no entanto, caiu significativamente. Em 2016, o setor havia registrado perda de 1,6 milhão de consumidores. Leia mais em istoedinheiro 28/09/2018

Fome de aquisições

Depois de investir R$ 3 bilhões na compra de 12 empresas, a NotreDame Intermédica já tem dez novos alvos na mira. E, com o caixa abastecido após um IPO que captou R$ 2,7 bilhões, o grupo busca operações que combinam planos de saúde e hospitais

Uma das primeiras medidas do fundo de investimentos americano Bain Capital depois de comprar o grupo de saúde NotreDame Intermédica, por R$ 2 bilhões, em 2014, foi selecionar Irlau Machado Filho para comandar a operação. Tarimbado executivo, formado em administração de empresas, economia e ciências políticas pela faculdade americana Augustana College, em Dakota do Sul, ele conhecia como poucos o mercado finaceiro e o setor de saúde. Machado havia ocupado o cargo de vice-presidente de marketing do Santander no Brasil e também tinha comandado a Medial Saúde e o Hospital A.C. Camargo, no qual foi responsável por rebatizar o antigo Hospital do Câncer e torná-lo uma referência nacional no tratamento de oncologia. Portanto, unia as características que os acionistas da NotreDame buscavam. E, ao assumir a operadora de saúde, o executivo atendeu às expectativas: promoveu um plano de expansão com foco na abertura de capital e em aquisições.

Nesse curto período, ampliou o faturamento do grupo em cinco vezes, para os R$ 5,3 bilhões registrados no ano passado. Como ele conseguiu essa façanha em apenas três anos e meio? Simples. No período, investiu R$ 3 bilhões na compra de 12 companhias. E não vai parar por aí. Outros dez novos ativos estão no alvo. “Se somarmos as últimas aquisições, atingimos 3,6 milhões de clientes e assumimos a primeira posição em São Paulo”, disse Machado, durante evento realizado na segunda-feira 24 para uma plateia composta pelos maiores grupos de corretores e clientes corporativos, como o Grupo Pão de Açúcar (GPA). “Agora, temos a grande oportunidade de nos tornarmos a maior empresa do setor nos próximos três anos.”

Com a última aquisição anunciada, no início deste mês, do grupo paulistano Greenline, por R$ 1,2 bilhão, a companhia chegará a 4 milhões de vidas. A Amil, empresa do grupo americano UnitedHealth e a atual líder do segmento, possui 5,5 milhões de beneficiários. No mesmo evento, o executivo anunciou ainda a criação de uma marca própria de laboratórios de exames, a NotreLabs, que vai aproveitar muitos dos recursos incorporados por meio de aquisições recentes. Outra novidade foi o lançamento de um aplicativo que permite aos usuários de seus planos de saúde marcarem exames e consultas.

O apetite para a consolidação, no entanto, segue sendo o principal eixo da estratégia de crescimento da NotreDame. Para acelerar a expansão da operadora, Machado montou um time de fusões e aquisições, com o objetivo de selecionar, comprar e integrar empresas. Formada por nove executivos, que respondem diretamente ao presidente, essa equipe foi responsável pelo mapeamento de 240 companhias que poderiam se tornar alvos de uma investida do grupo.

Antes da chegada de Machado e da Bain Capital, o grupo, fundado pelo empresário Paulo Barbanti e negociado por R$ 2 bilhões, em 2014, nunca havia adotado a estratégia de fusões em cinco décadas de existência. As últimas três aquisições, da Samed, da Medplan e do grupo Greenline, aconteceram depois da abertura de capital, em abril deste ano, que levantou R$ 2,7 bilhões. No entanto, a maior parte desse valor não foi direcionada à operação, mas sim para remunerar o fundo controlador. “As nossas aquisições estão sendo financiadas com a geração própria de caixa”, afirma Machado. “Apenas no caso do Greenline, que foi um negócio de maior porte, utilizamos financiamento bancário.”

A NotreDame fechou o segundo trimestre com caixa e aplicações financeiras totalizando R$ 1,2 bilhão. “A estratégia por trás das aquisições é a expansão geográfica de nossa rede própria. Logo, nosso histórico tem sido direcionado a hospitais e planos de saúde verticalizados”, diz. À medida que se expande, o grupo também aumenta a sua zona de atuação ao redor da cidade de São Paulo, chegando ao grande ABC e em Mogi das Cruzes, onde atua a Samed, e no Rio de Janeiro, onde comprou o Hospital Samci (ver gráfico). Mas a empresa não pretende estender o foco muito além das duas maiores cidades do País e dos seus arredores. “Apenas o território de São Paulo e Rio de Janeiro abarca um mercado do tamanho da França”, diz Machado, acrescentando que 48% dos planos de saúde do País estão concentrados nessa região.

No plano traçado pela NotreDame, o objetivo é integrar rapidamente cada ativo adquirido à rede, para ganhar benefícios de escala e de uniformização de operações. Para isso, a área de fusões e aquisições mapeia os processos e inicia o trabalho de integração, com o objetivo de finalizar o projeto em até 100 dias. No caso do grupo Greenline, esse método deve levar um pouco mais de tempo, em virtude da complexidade da operação. Afinal, o acordo envolve um plano de saúde, o Laboratório Bio Master, o Pronto Socorro Itamaraty e a Maternidade Brás. Ao todo, são dois hospitais, 10 prontos-socorros e nove centros clínicos.

A companhia traz 464 mil beneficiários concentrados na região metropolitana de São Paulo, sendo que 60% dos planos são corporativos. “A negociação foi muito tranquila. Eles são muito profissionais”, diz José Rafic, fundador da Greenline. “Fomos cotejados por muitos grupos, mas eles prometeram manter a marca e o quadro de funcionários.” A fusão ainda tem o potencial para impulsionar novos segmentos de negócios. Um projeto-piloto na Greenline busca a criação de um produto diferente, um plano voltado ao público idoso, capaz de fazer frente à Prevent Senior. Segundo Machado, a estratégia está num estágio ainda preliminar.

Com tantas frentes de atuação, a NotreDame surpreendeu o mercado de ações. O grupo chegou à B3 em abril, exatamente na mesma semana em que a sua concorrente Hapvida, que fatura R$ 3,8 bilhões e captou R$ 3,4 bilhões com a abertura de capital. Focada no Norte e no Nordeste, a rival, fundada pelo médico Cândido Pinheiro, era vista como a mais atrativa das duas pelos investidores. Apesar de um faturamento menor, mesmo atingindo mais clientes, a Hapvida apresentava maior lucro e rentabilidade. Em 2017, a empresa lucrou R$ 651 milhões e reportou uma margem de 21,4%.

Na NotreDame, o resultado do período ficou em R$ 240 milhões e 13,4%, respectivamente. Mas a desconfiança acabou rapidamente. Desde o IPO, as ações da companhia subiram mais de 30%. “Eles estão cumprindo todas as promessas feitas na abertura de capital. Havia certa ansiedade em relação ao crescimento e à rentabilidade, mas estão entregando o que o mercado desejava”, diz Thiago Macruz, analista de investimentos do Itaú BBA. Ele observa que as ações subiram muito depois da compra da Greenline, o que foi visto como um movimento estratégico para evitar a competição. “Se a Hapvida quiser entrar no mercado de São Paulo, será muito complicado e precisará acontecer por crescimento orgânico.”

O investidor ficou satisfeito com o posicionamento que evita a pressão da chegada de um competidor direto. Mas também percebe outros pontos positivos na estratégia geral. “A NotreDame está sabendo contornar a crise econômica, que fez as pessoas perderem os seus planos de saúde, e mostrou um bom posicionamento nos mercados paulista e carioca, onde está a maior atividade corporativa”, afirma Bruno Madruga, sócio da Monte Bravo Investimentos. Os planos de saúde do grupo estão focados no mercado corporativo (apenas 3% deles são individuais), que são os preferidos das operadoras. Além de evitar o reajuste controlado de preços por parte da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), garantem uma média etária menor. A taxa média de clientes do setor com idade acima de 60 anos, que costuma utilizar mais consultas, exames e cirurgias, fica em 13%. Já na NotreDame, está abaixo de 5%. Isso significa um nível menor de uso dos serviços e custos inferiores de operação. “As empresas que trabalham com tíquete médio menor não sentiram a queda do número de beneficiários”, diz Marcos Novais, economista-chefe da Abramge, associação dos planos de saúde.

Desde o início da crise econômica, uma das grandes preocupações do setor de saúde são os antigos clientes que perderam empregos formais e, com isso, também os seus planos. O segmento superou 50 milhões de beneficiários por apenas um ano, em 2015. Desde então, 3 milhões de pessoas deixaram o sistema. Em receita, o segmento seguiu crescendo, atingindo R$ 196 bilhões de faturamento em 2017, o que coloca o Brasil atrás apenas dos EUA. Mas a maior parte desse valor serviu apenas para repassar a inflação médica, que avança acima de 10% ao ano. “O ganho de escala é salutar”, afirma Novais. “Por isso, é importante a consolidação do mercado.” Segundo a associação, existem 730 operadoras de planos médicos que possuem clientes (algumas detêm o registro na ANS mas não estão operando), e outras 300 voltadas apenas a planos odontológicos. De todas essas, as mais propensas a sobreviverem ou serem adquiridas são aquelas que buscam estratégias de ampliação de margem de rentabilidade, que, na média do setor, costuma ser baixa, em torno de 2%.

A mais testada e aprovada dessas estratégias é a verticalização. Ela consiste em ter uma rede própria de hospitais e clínicas, para realizar consultas e internações dentro de casa, impondo maior controle de custos e evitando tratamentos e cirurgias desnecessários. O setor estima haver uma perda de R$ 25 bilhões em fraudes na saúde, diz Machado. A Amil foi uma das pioneiras em buscar uma atuação verticalizada. A Hapvida e a NotreDame também seguiram a cartilha com afinco. Muitas das aquisições recentes do grupo comandado por Machado foram de hospitais, como o Cruzeiro do Sul, o São Bernardo e o Samcil. “A verticalização parece ser, de fato, uma forma eficiente de controle de sinistros”, afirma Macruz, do Itaú BBA. “O maior custo dos planos de saúde está nas internações, por isso faz sentido começar esse esforço pelos hospitais próprios. Depois, numa segunda posição, mais remota, estão os gastos com exames.” Nesse segundo ponto, fica fácil explicar a criação da marca NotreLabs, anunciada na semana passada.

O objetivo é utilizar melhor um recurso que foi adquirido em meio à compra de tantas empresas. Quando a NotreDame adquiriu o Santamália Saúde, em 2015, e o Cruzeiro do Sul, em 2018, trouxe no pacote laboratórios de diagnósticos. O mesmo acontece com a aquisição recente do Greenline. A rede NotreLabs nasce com 20 pontos. Mas, considerando a existência de 18 hospitais e outros 90 centros clínicos e prontos-socorros na empresa, o crescimento deve acontecer de forma rápida. “A ideia agora é utilizar a capacidade de 500 mil análises por mês desses laboratórios para atender nossos beneficiários de planos de saúde”, diz Machado. “Para a abertura dos pontos de coleta dentro da rede própria, o investimento é marginal.” Dessa forma, o caixa de R$ 1,2 bilhão do grupo poderá ser utilizado para aquilo a que parece destinado: comprar mais empresas. Leia mais em istoedinheiro 28/09/2018





Eletrobras vende 11 de 18 participações em SPEs e arrecada R$ 1,3 bi em leilão

O leilão de participações da Eletrobras em Sociedades de Propósito Específico (SPEs) de geração eólica e de transmissão foi realizado na manhã desta quinta-feira, 27, resultando na venda de 11 dos 18 lotes ofertados. A companhia conseguiu arrecadar cerca de R$ 1,296 bilhão, dos R$ 3,1 bilhões que pretendia obter com venda de todos os ativos.

O presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, destacou, porém, que considerando apenas os lotes vendidos, o ágio foi de cerca de 2%. Dos oito lotes de geração eólica, a companhia conseguiu comercializar no certame apenas três, todos arrematados pelo valor mínimo estabelecido, de R$ 470,6 milhões.

Já no caso dos empreendimentos de transmissão, foram vendidos 8 lotes, dos 10 ofertados, alguns com disputa de investidores, gerando uma arrecadação de R$ 826,3 milhões, o que corresponde a um ágio de 3,3% ante o valor mínimo

Ferreira Junior salientou que o valor arrecadado permite à Eletrobras amortizar “quase 10%” da dívida líquida, que soma perto de R$ 17 bilhões. Pelos seus cálculos, nesse processo, a alavancagem da companhia deve recuar a perto de 3,1 vezes dívida líquida/Ebitda, ante as 3,4 vezes anotadas ao final do segundo trimestre. A meta da companhia é encerrar o ano abaixo de 3 vezes.

Questionado se a frustração com a venda de todos os lotes atrapalharia a meta, ele afirmou que a companhia também conseguiu realizar outras iniciativas que permitirão a redução do endividamento e citou a venda de ações da Eletropaulo, dentro do processo de mudança do controle da distribuidora, além do acordo para encerrar uma disputa judicial.

O executivo admitiu, porém, que apenas parte dos recursos provenientes da venda dos lotes nesta quinta leiloados entrarão no caixa da empresa ainda em 2018. Isso porque em diversos lotes será necessário ser respeitado o prazo para o exercício do direito de preferência, que pode chegar a 60 meses.

A maior parte dos lotes vendidos foi arrematada por atuais sócios da estatal nos empreendimentos em questão. É o caso dos lotes de geração F, conquistado pela J. Malucelli, que já detinha 51% restantes da SPE em questão, e Brennand Energia, que obteve o lote H. Na transmissão, Equatorial arrematou a participação restante em sua Intesa (lote I), enquanto Taesa arrematou os lotes L e N, nos quais também é sócia, além do P, que tem participação majoritária de sua controladora, Cemig (51%). Alupar venceu os lotes K e M, nos quais é controladora.

Destaque, ainda, para a Copel, que arrematou o lote J, o mais disputado do certame, e também o com maior valor individual de ágio, de 20,35%. Esse foi o único lote comercializado que oferecia participação de controle, de 75% do empreendimento. Já o lote O ficou com o Consórcio Olympus VI, que ofertou lance com ágio de 10%.

A Eletrobras explicou que quando os sócios apresentam lances no leilão, obviamente declinam do direito de preferência. Em alguns lotes, porém, há outros sócios minoritários que não participaram do certame e portanto podem exercer seu direito de preferência. Segundo a companhia, os lotes C, J, L, M, N, O e P precisarão aguardar esse prazo. Estadão Conteúdo Leia mais em istoedinheiro 27/09/18 

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   FATO RELEVANTE  Centrais Elétricas Brasileiras S/A

A Eletrobras informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que ocorreu, na data de hoje, na B3 - Brasil, Bolsa, Balcão S.A, a sessão pública do leilão de alienação das participações societárias da Eletrobras e de controladas em Sociedades de Propósito Especifico (SPEs). No total, foram leiloadas 71 participações em 18 lotes, com os seguintes resultados:

Lote C – O proponente Eólica Serra das Vacas Participações S.A., ofertou proposta de R$ 66.719.887,07 pela geração eólica no estado de Pernambuco, representando ágio de 0% sobre o preço mínimo do lote indicado no Edital.

Lote F – O proponente J Malucelli Gerenciadora de Projetos e Análise de Risco LTDA., ofertou proposta de R$ 171.301.564,75 pela geração eólica no estado do Rio Grande do Norte, representando ágio de 0% sobre o preço mínimo do lote indicado no Edital.

Lote H – O proponente Brenannd Energia S.A., ofertou proposta de R$ 232.592.591,87 pela geração eólica no estado da Bahia, representando ágio de 0% sobre o preço mínimo do lote indicado no Edital.

Lote I – O proponente Equatorial Energia S.A., ofertou proposta de R$ 277.484.856,19 pela Transmissão nos estados do Tocantins e de Goiás, representando ágio de 0% sobre o preço mínimo do lote indicado no Edital.

Lote J – O proponente Copel Geração e Transmissão S.A., ofertou proposta de R$ 105.000.000,00 pela Transmissão no estado do Paraná, representando ágio de 20,35% sobre o preço mínimo do lote indicado no Edital.

Lote K – O proponente Alupar Investimento S.A., ofertou proposta de R$ 109.529.752,92 pela Transmissão no estado do Mato Grosso, representando ágio de 0% sobre o preço mínimo do lote indicado no Edital.

Lote L – O proponente Taesa – Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A., ofertou proposta de R$ 77.995.228,57 pela Transmissão no estado do Mato Grosso, representando ágio de 0% sobre o preço mínimo do lote indicado no Edital.

Lote M – O proponente Alupar Investimento S.A., ofertou proposta de R$ 78.375.909,74 pela Transmissão no estado de Minas Gerais, representando ágio de 0% sobre o preço mínimo do lote indicado no Edital.

Lote N – O proponente Taesa – Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A., ofertou proposta de R$ 39.888.097,51 pela Transmissão nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, representando ágio de 0% sobre o preço mínimo do lote indicado no Edital.

Lote O – O proponente Consórcio Olympus VI, ofertou proposta de R$ 94.874.000,00 pela Transmissão no estado de Mato Grosso, representando ágio de 10% sobre o preço mínimo do lote indicado no Edital.

Lote P – O proponente Taesa – Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A., ofertou proposta de R$ 43.169.452,69 pela Transmissão no estado de Minas Gerais, representando ágio de 0% sobre o preço mínimo do lote indicado no Edital. Leia mais em eletrobras 28/09/2018

27 setembro 2018

Após IPO nos EUA, empresa de educação Arco vai buscar aquisições

A empresa brasileira de software educacional Arco, que viu seu valor de mercado subir 34 por cento para 1,18 bilhão de dólares em sua estreia na Nasdaq nesta quarta-feira, agora planeja buscar aquisições na área de serviços ligados a educação, disse o presidente da companhia.

A empresa captou cerca de 220 milhões de dólares em uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). As ações saíram a 17,50 dólares na terça-feira, no topo da faixa indicada, com os investidores parecendo não dar atenção às incertezas políticas sobre a eleição presidencial do país.

O presidente-executivo da Arco, Ari de Sá Cavalcante Neto, disse que, além de mirar sistemas de aprendizagem rivais, a empresa deve buscar provedores de serviços complementares às escolas de ensino fundamental e médio.

Em reuniões com investidores, a Arco se apresenta mais como uma empresa de tecnologia do que de educação, pois entrega parte de seu sistema de aprendizado para as escolas por meio de plataformas digitais.


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Também foi fundamental para um IPO bem-sucedido o fato de a Arco ter continuado crescendo em termos do número de escolas e estudantes que usam seus serviços durante a recessão do país.

A empresa foi fundada em 2004 pela família Sá Cavalcante. Dez anos depois, a empresa norte-americana de private equity General Atlantic comprou uma participação minoritária.

A Arco teve lucro líquido de 54,3 milhões de reais no primeiro semestre de 2018 e receita líquida de 195,1 milhões de reais.    A empresa contratou Goldman Sachs, Morgan Stanley, Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch, Allen, BTG Pactual e UBS para coordenar a oferta.Por Carolina Mandl  (Reuters) - Leia mais em noticia.r7 27/09/2018

Investidor estrangeiro aproveita preço baixo para adquirir ações no Brasil

O preço baixo das ações, devido à alta do dólar, o otimismo maior com as economias emergentes e a avaliação de parte do mercado de que o resultado das eleições não alteraria bruscamente a política econômica reanimaram os investidores estrangeiros. Após venda de R$ 9,9 bilhões em papéis de empresas brasileiras no primeiro semestre, as aquisições somam R$ 8,2 bilhões desde julho. Os investidores estrangeiros voltaram a comprar ações no mercado brasileiro. A alta do dólar, um maior otimismo com o desempenho das economias emergentes e a interpretação de parte dos agentes do mercado de que as eleições não devem provocar uma mudança radical na condução da política econômica brasileira contribuíram para que a entrada de recursos estrangeiros na Bolsa voltasse ao azul.

De julho até agora, esses investidores compraram R$ 8,2 bilhões em papéis de empresas nacionais. Na primeira metade do ano, foi retirado o equivalente aR $9,9 bilhões. No mercado futuro, eles apostam na valorização do principal índice do mercado acionário do país. Esse movimento tem sido determinante para a alta do Ibovespa em setembro, que já chega a 2,6%.

Na avaliação de Ricardo Peretti, estrategista da Santander Corretora, esse fluxo de recursos para o Brasil ocorre dentro de um contexto de melhora dos emergentes, em especial nas últimas semanas. Outro fator é a desvalorização do real. Como dólar aR $4, fi camais barato para quem é de fora comprar ações brasileiras.

— Vários emergentes apresentaram melhora, e com o Brasil não foi diferente. Vejo como uma entrada pontual, com os fundos globais ou dedicados aos emergentes fazendo ajustes —explica Peretti.

De fato, os principais mercados emergentes operam com ganhos. Em dólar, o Ibovespa registra uma alta de 3,14% no mês até ontem, acima dos ganhos das Bolsas do México (1,36%) e da China (1,78%). O desempenho brasileiro, no entanto, é inferior ao registrado pelo índice acionário russo, que teve ganhos de 6,27%. Já o índice brasileiro, em dólar, está em torno de 19,5 mil pontos, abaixo dos cerca de 24 mil pontos nessa mesma época nas últimas eleições, em 2014.

CURTÍSSIMO PRAZO

A última rodada de sobretaxas dos Estados Unidos sobre produtos da China e a confirmação de que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, deve manter o gradualismo na alta dos juros são fatores que beneficiaram os emergentes nas últimas semanas.

Na avaliação de Peretti, os estrangeiros, por enquanto, estão olhando os ganhos de curtíssimo prazo. Embora avaliem como está o andamento das eleições, querem tirar proveito dessa oportunidade de ganhos.

— O estrangeiro, neste momento, está olhando que o dólar se valorizou muito e deixou a Bolsa atraente. É mais especulativo do que uma melhora dos fundamentos. Não é um sinal de que estão engolindo qualquer resultado nas eleições.

James Gulbrandsen, sócio da gestora de recursos americana NCH Capital, confirma que tem crescido a exposição de estrangeiros em ações no Brasil:

—O estrangeiro, americano pelo menos, faz uma analogia com o que aconteceu nos Estados Unidos. O Dow Jones bateu recordes consecutivos após a eleição de Donald Trump.

Um outro fator justifica a “aposta” mesmo em meio a um cenário eleitoral indefinido. Se, por um lado, há uma preferência por um candidato que seja considerado mais comprometido com as reformas econômicas, parte do mercado tem a expectativa de adoção de um discurso mais moderado do candidato do PT num eventual segundo turno.

ACENDENDO VELAS

Mesmo que isso não ocorra, a tendência é de uma alta do dólar, o que protege o investidor estrangeiro de uma queda na Bolsa no cenário considerado mais adverso.

— Esses números estão refletindo que cada lado tem 50% de chance. É mais ponderado acender uma vela para cada santo. Fica “comprado” em Bolsa, não perde tanto devido à variação do dólar — avalia Fernando Araújo, diretor de Investimentos da gestora FCL Capital.

A visão mais otimista dos estrangeiros em relação ao Brasil se reflete ainda na negociação de contratos futuros do Ibovespa. Esse grupo de investidores está com um saldo líquido de 187 mil contratos na posição comprada, o que significa que esperam que a Bolsa suba. No fim do primeiro semestre, essa posição era de 110 mil contratos.

Raphael Figueredo, analista da Eleven Financial, também vê um movimento direcional (ou seja, apostando na alta) por parte dos estrangeiros, mas reforça que esse é um dinheiro altamente especulativo:

—É um fluxo que entra e sai muito rápido. Só será possível ter uma leitura de definição de tendência após as eleições.

A queda do volume financeiro da Bolsa também é, segundo Figueredo, um dos indicativos de que esse é um fluxo mais especulativo. Ele lembra que, até junho, a média diária de negociação na B3 (antiga Bovespa) estava em torno de R$ 12 bilhões. Atualmente, está perto de R$ 9 bilhões.

— Com menor volume, fica mais fácil especular. Os investidores de longo prazo ficam acuados com a indefinição eleitoral. Mais observam do que atuam. O grande fluxo acaba sendo o de curto prazo —diz Figueredo.


O que irá determinar se esse fluxo considerado especulativo vai se tornar uma entrada mais consistente de recursos na Bolsa é a sinalização do futuro presidente sobre as reformas econômicas, dizem analistas. Em nota a clientes, o Rabobank ressalta que, devido ao desafio de fazer uma reforma bem-sucedida, os riscos para os ativos locais continuam elevados. - O Globo Leia mais em portal.newsnet 27/09/2018

Smurfit Kappa se prepara para expandir operação no Brasil

Dois anos depois de desembarcar no Brasil com a compra de duas fabricantes de papelão ondulado locais por mais de R$ 800 milhões, a irlandesa Smurfit Kappa está trabalhando em uma nova fase de expansão no país. A aquisição de ativos, que se somariam à capacidade instalada atual de 210 mil toneladas por ano, pode fazer parte da estratégia.

Ainda não existe um sinal verde da matriz para um movimento dessa natureza, mas, no que depender das impressões do presidente do conselho de administração da companhia, Liam O'Mahony, os planos devem se converter em realidade.

"Ficarei decepcionado se novos investimentos não forem aprovados", afirmou O'Mahony ao Valor, sem entrar em detalhes de prazo ou dos planos que estão em discussão. Nos dois últimos anos, os aportes na operação local somaram US$ 40 milhões, dos quais US$ 15 milhões em 2018. A Smurfit Kappa opera duas unidades fabris em Bento Gonçalves (RS), uma fábrica em Maranguape (CE), outras duas em Pirapetinga (MG) e duas em Uberada (MG).

A primeira etapa de investimentos se consolidou com a integração das fábricas da antiga Inpa Embalagens e da Paema Embalagens e foi coroada, nesta quarta-feira, com a inauguração de seu primeiro centro de experiência no Brasil, na capital paulista. Em visita ao país para participar do evento, O'Mahony disse estar impressionado com o desempenho da operação local e acreditar no aval da matriz para uma nova rodada de crescimento, dado o potencial de crescimento dos negócios. "Nossa presença no Brasil ainda é muito pequena relativamente ao tamanho da Smurfit Kappa", explicou.

Com vendas anuais da ordem de US$ 10 bilhões - a receita local não é divulgada -, a Smurfit Kappa tem operações em 22 países da Europa e 13 das Américas e aparece entre as 100 companhias mais negociadas na Bolsa de Valores de Londres (FTSE 100). No Brasil, está no grupo das cinco maiores fabricantes de embalagens de papelão ondulado, que é liderado pela Klabin, cuja participação de mercado é de 18%. Outras duas multinacionais aparecem nesse grupo, International Paper e WestRock, que é integrado ainda pela Celulose Irani.

A fragmentação da indústria abre possibilidades de compra e há ativos disponíveis no mercado brasileiro - o controlador da Irani, por exemplo, contratou o BTG Pactual para prospectar interessados em se associar ou comprar a empresa. Questionado sobre possível interesse na Irani, o executivo preferiu não falar sobre empresas específicas e disse a Smurfit Kappa tem contato com várias participantes desse mercado.

A própria companhia irlandesa atraiu recentemente o interesse de concorrentes. No primeiro semestre, foi alvo de uma oferta de compra feita pela concorrente americana International Paper (IP), mas seu conselho decidiu, com apoio dos acionistas, permanecer como companhia independente.

Conforme o executivo, a proposta da IP subavaliou a Smurfit Kappa - na segunda oferta, melhorada, a americana avaliou a empresa em € 8,9 bilhões. "A oferta da IP não foi solicitada. A companhia não está à venda, quer continuar crescendo e, por isso, está realizando investimentos no Brasil", afirmou.

As vendas locais, disse o principal-executivo da Smurfit Kappa Brasil, Manuel Alcalá, tem crescido acima da média do mercado, medida pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). Segundo dados preliminares da entidade, as expedições de caixas, acessórios e chapas de papelão crescem 2,29% no acumulado do ano até agosto, para 2,36 milhões de toneladas. Há recuperação dos volumes da indústria em relação ao período de crise econômica, mas esse movimento foi prejudicado pela greve dos caminhoneiros em maio.

O centro de experiência recém-inaugurado no país é o 24º da companhia no mundo e tende a acelerar o crescimento das vendas locais, conforme Alcalá. "O centro de experiência representa um ponto de inflexão para a operação brasileira. Estamos prontos para crescer rápido, mas não vamos olhar apenas volume por volume. Queremos crescer com qualidade", afirmou. Sobre as condições de negócios atualmente, o executivo comentou que o mercado está saudável e a instabilidade política não altera os planos para o país.

Nesses centros, que no conjunto receberam investimentos de US$ 650 mil até agora, os clientes da Smurfit Kappa entram em contato com seu portfólio global de soluções e com sua rede de profissionais. No total, são mais de 700 designers ao redor do mundo e mais de 7 mil conceitos de embalagens, cujas tendências atuais estão relacionadas a sustentabilidade - com substituição de materiais não renováveis como o plástico - e à adição de valor ao cliente.

A expectativa para os negócios com embalagem em todo o mundo, disse o principal executivo da Smurfit Kappa nas Américas, Juan Guillermo Castañeda, é positiva. O uso de materiais sustentáveis e o avanço do comércio eletrônico devem dar suporte importante ao crescimento da demanda global nos próximos anos. "Temos boas expectativas", comentou. Há poucos dias, a companhia se viu obrigada a fazer uma baixa contábil de € 60 milhões relativa a ativos na Venezuela, após o governo de Hugo Chávez ter se apropriado da unidade. A operação representava menos de 1% da receita global. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 26/09/2018

26 setembro 2018

Em primeiro dia na Nasdaq, ações da Arco têm valorização de 34,2%

Negociações dessa quarta-feira (26) conferiram ao grupo cearense valor de mercado de US$1,2 bilhão

As ações foram cotadas inicialmente a US$17,50 e o valor de mercado estava em US$800 milhões ( Foto: Divulgação/Grupo Arco )

Holding que controla o Sistema Ari de Sá (SAS), a Arco Educação, estreou hoje na bolsa americana Nasdaq, onde são negociados papéis de empresas de tecnologia. Em seu primeiro dia, as ações do Grupo tiveram valorização de 34,29%, com o papel a US$23,50.

De acordo com o CEO da Arco, Ari de Sá Neto, as negociações conferiram a empresa um valor de mercado de US$1,2 bilhão (R$ 4,8 bilhões).

Ele detalha que as negociações de hoje representam cerca de 23% do capital do Grupo. As ações foram cotadas inicialmente a US$17,50 e o valor de mercado estava em US$800 milhões. "Os recursos que conseguimos levantar serão usados em novas tecnologias, evolução das existentes e aquisição de novas empresas", disse Ari de Sá Neto.

Questionado se havia alguma empresa já na mira do grupo, Neto respondeu que as aquisições "estão em fase de estudos". Leia mais em diariodonordeste 26/09/2018
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