A elétrica paranaense Copel pretende definir dentro de três meses o seu plano de desinvestimentos. A companhia está avaliando um conjunto de 20 projetos que podem ser colocados à venda. A empresa, no entanto, não detalhou quais empreendimentos estão sob estudo.
"Hoje temos em andamento a avaliação de 20 projetos. Desse total, nós já temos um cenário. Temos de ser cirúrgicos no processo, em que nós vamos desalavancar alguma coisa, para que possamos competir e termos recursos no futuro para termos projetos equivalentes ou melhores que esses", disse o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel, José Marques Filho, em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados do segundo trimestre de 2018.
"Acredito que em mais três meses nós já tenhamos um planejamento bem fino do que pretendemos fazer de desinvestimentos", completou o diretor.
A companhia paranaense estava planejando lançar o plano de venda de ativos desde o início deste ano, porém até o momento a iniciativa não foi divulgada.
O foco da empresa é reduzir o nível de endividamento para menos de 3 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda. A companhia encerrou o primeiro semestre deste ano com indicador de 3,1 vezes.
Segundo o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Copel, Adriano Rudek de Moura, a expectativa é que os investimentos da empresa em 2019 tenham uma "redução significativa" em relação a este ano. Isso porque, dos R$ 3 bilhões de investimentos previstos para 2018, cerca de R$ 1 bilhão foi destinado ao complexo eólico de Cutia, no Rio Grande do Norte, que será concluído este ano.
Em outra frente, a Copel prevê alcançar uma economia de R$ 200 milhões por ano, a partir de 2019, com o programa de demissões incentivadas.
Apesar da estratégia de reduzir custos e vender ativos, a companhia está atenta a novas oportunidades nos leilões de energia e de transmissão. Nessa linha, a empresa estuda participar do próximo leilão de energia nova, do tipo "A-6", marcado para 31 de agosto e que negociará contrato de energia de novos empreendimentos para início de fornecimento em 2024.
"A Copel tem que pensar em sua perenidade, apesar de termos feito, felizmente, grandes investimentos nos últimos anos. De fato, estamos analisando os leilões deste ano. Temos bastante interesse em energia renovável", disse Marques Filho. "Continuamos analisando. Temos interesse em eólicas e estamos vendo alguma coisa em hidráulica", completou o diretor. Valor Econômico - Leia mais em abinee 17/08/2018
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