24 agosto 2018

Cade avalia “remédios” à fusão de Suzano e Fibria

De acordo com a Agência Estado, a área técnica do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vê necessidade de impor restrições à fusão entre a Suzano (SUZB3) e a Fibria (FIBR3). A avaliação, ainda inicial, é que a operação não é das mais complexas, diferentemente de outras transações reprovadas pelo conselho no ano passado, como Alesat/Ipiranga e Ultragaz/Liquigás.

A expectativa dos técnicos é que a fusão Suzano/Fibria poderá ser aprovada, mas com imposição de “remédios”.

Em um relatório publicado nesta sexta-feira (24), a equipe de análise da Guide Investimentos diz que a fusão é um “negócio de gigantes”. A Suzano anunciou em março a aquisição de sua maior rival, a Fibria, líder global em celulose, criando uma empresa com capacidade de produção de 11 milhões de toneladas. A operação prevê troca de ações e o pagamento de R$ 29 bilhões da Suzano aos acionistas da Fibria. Com isso, a Suzano assume o controle acionário da nova companhia, com 46,4%. A Suzano — em sua notificação informando a compra da Fibria — pediu que o negócio seja aprovado sem restrições.

Segundo a Guide, o impacto é marginalmente negativo. “Entre os segmentos que estão sendo acompanhados pelo órgão antitruste na fusão entre Suzano e Fibria estão atividade florestal, comercialização de madeira e geração e de energia elétrica”, diz o relatório. “As restrições que podem ser impostas vão desde impedir o acesso de concorrentes a produtos e clientes até a venda de plantas e outros ativos. A compra da Fibria foi informada pela Suzano ao Cade no início de julho. Na notificação, a empresa pede que o negócio seja aprovado sem restrições.”

O Cade tem até fevereiro do ano que vem, prazo prorrogável por mais 90 dias, para analisar a fusão. “É natural que os ruídos em torno dos termos de acordo de fusão entre Suzano e Fibria tragam volatilidade aos papéis de ambas as companhias”, afirma o relatório. Victor Fermino - Leia mais em monetyimes  24/08/2018 

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