02 julho 2018

EUA têm US$ 35,2 bilhões em IPOs no primeiro semestre

As ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) nos EUA, que ficaram abaixo do esperado nos últimos dois anos, se recuperaram no primeiro semestre de 2018.

No acumulado do ano, foram 120 operações desse tipo, somando US$ 35,2 bilhões, o maior nível desde 2012 e o quarto maior na série histórica, que começa em 1995. .. Leia mais em valoreconomico 02/07/2018
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IPOs se recuperam nos EUA e já superam os US$ 35 bi

As ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) nos Estados Unidos, que ficaram abaixo do esperado nos últimos dois anos, se recuperaram no primeiro semestre de 2018. No acumulado deste ano, foram 120 operações desse tipo, somando US$ 35,2 bilhões, o maior nível desde 2012 e o quarto mais elevado na série histórica iniciada em 1995.

Banqueiros afirmam que não há um fator único que tenha levado as companhias a abrirem seu capital. Em vez disso, o movimento é estimulado por uma convergência de condições econômicas favoráveis, bom desempenho dos mercados acionários e o apetite dos investidores por companhias com ritmo elevado de crescimento.

Isso levou a uma oferta ampla e diversificada, com empresas de diversos setores e tamanhos, desde empresas de internet, como a Dropbox, até a fabricante de sistemas de alarmes residenciais ADT, além de grandes varejistas como a BJ's Wholesale Club.

O volume de IPOs só não foi ainda maior porque uma das principais empresas a abrir capital nas bolsas americanas este ano, a dona do aplicativo de música Spotify, se tornou pública sem levantar nenhum capital, por meio de um procedimento conhecido como listagem direta.

O movimento de IPOs começou a esquentar no ano passado, após um desempenho bastante fraco em 2016. Banqueiros e advogados que atuam nessa área dizem que o ritmo deve continuar forte no restante deste ano. "Nossa carteira de IPOs está no maior nível desde a crise financeira global", diz Evan Damast, diretor global de ações e renda fixa do Morgan Stanley.

As empresas que abriram capital neste ano estão sendo negociadas atualmente, em média, 22% acima do preço do IPO, segundo dados da Dealogic. No setor de tecnologia, esse ganho é ainda maior, de 53%. Enquanto isso, o índice S&P 500 acumula alta de menos de 2% e o Nasdaq sobe cerca de 8,5%.

"Neste ano estamos percebendo que a demanda dos investidores por IPOs no segmento de tecnologia é a maior que já vimos tanto em termos de quantidade como de qualidade", diz Madhu Namburi, diretor de tecnologia no banco de investimento do J.P. Morgan.

O forte movimento no mercado de IPOs, no entanto, não significa que a atividade no mercado privado tenha diminuído. "Os mercados privados facilitam que as empresas, primeiramente, levantem capital. Já um IPO é um marco que vai muito além do dinheiro", comenta Namburi, lembrando que as companhias de capital aberto têm exigências maiores de transparência e governança.

Muitas empresas que levantaram recursos recentemente, como Airbnb, Uber e WeWork, devem adiar um eventual IPO para pelo menos 2019, segundo fontes com conhecimento do assunto. Outra potencial candidata a abrir capital no médio prazo, a Lyft, levantou US$ 600 milhões na semana passada de fundos hedge e mútuos, incluindo a Fidelity Investments.

No pipeline de potenciais IPOs de tecnologia para este ano aparecem empresas como Sonos, Upwork, SurveyMonkey e Eventbrite. Além disso, a chinesa Tencent Music deve escolher o mercado americano para listar suas ações, num dos maiores IPOs do ano. No primeiro semestre, foram 28 aberturas de capital nesse segmento, com um total de US$ 12,2 bilhões levantados.

As expectativas para o próximo anos também são bastante positivas. "Há uma chance real de que 2019 seja ainda mais forte do que 2018", diz Namburi. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 02/07/2018

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