02 julho 2018

Empresas de saúde se associam a startups

Iniciativas apoiadas variam de realidade virtual a tecnologia para checar diagnóstico

Nomes tradicionais do setor de saúde como o hospital Albert Einstein e o grupo diagnóstico Dasa se aliaram a startups para rastrear inovações e fomentar iniciativas que variam de óculos de realidade virtual para estudantes de medicina a tecnologias que checam laudos médicos.

A chegada das empresas tradicionais oferece às novatas ajuda especializada na criação de seus produtos e permite que sejam testados com médicos e pacientes, etapa fundamental para atuar no setor.

O Einstein já investiu entre R$ 200 mil e R$ 500 mil em 12 novatas. Ao todo, o grupo tem algum tipo de parceria com 25 startups, 18 delas participantes do programa de apoio de sua incubadora, a Eretz.bio, mantida desde o final de 2017.

“Há uma confluência de novas tecnologias baseadas na digitalização que permite que surjam novas empresas de base tecnológica com capacidade de crescer rapidamente”, diz Claudio Terra, diretor de inovação do Albert Einstein.

Entre as investidas pelo hospital estão a MedRoom, que desenvolveu sistema com óculos de realidade virtual para treinar alunos de medicina.

Vinícius Gusmão, presidente da companhia, diz que a Lucy, personagem virtual que pode ter os órgãos internos examinados pelos alunos, foi aprimorada junto à faculdade.

Fundada em 2015, a startup tem 28 funcionários e faturou R$ 760 mil em 2017. Além de atender faculdades, faz projetos sob medida para hospitais e a indústria da saúde.

Já o grupo Dasa, dono de laboratórios como Delboni Auriemo e Lavoisier, assumiu um andar dedicado a startups de saúde no Cubo, do Itaú e do fundo Redpoint eVentures.

A empresa já investiu na Beep Saúde, que permite chamar médicos em casa a partir de aplicativo.

A Unimed de Porto Alegre fez parceria com a aceleradora Grow+, que apoia a criação de negócios para encontrar fornecedores inovadores.

“Em uma operadora de saúde tradicional, é difícil trabalhar inovação. A operação é intensa, você acaba se envolvendo nas coisas do dia a dia” diz Salvador Gullo Neto, diretor da Unimed.

Em 2017, após receber 128 inscrições de interessadas em ganhar R$ 100 mil para investir (dividido entre aceleradora e operadora de saúde), a companhia fez parceria com a Predict Vision, que usa inteligência artificial para analisar exames de retina.

O serviço será usado para auditar laudos dados por médicos (para checar se o diagnóstico é coerente com a imagem) e fazer acompanhamento de pacientes a longo prazo. Autor: Filipe Oliveira Referência: Folha de São Paulo Leia mais em capitólio 02/07/2018

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