A Minerva Foods, empresa de carne bovina controlada em sociedade pela família Vilela de Queiroz (28,2%) e a árabe Salic (21,4%), estuda um aumento privado de capital de pelo menos US$ 3 bilhões, apurou o Valor.
O objetivo é a companhia ganhar liquidez e porte para buscar uma combinação de negócios com a BRF, que possui uma base de acionistas pulverizada na B3. A informação sobre a possível combinação da Minerva com a BRF foi antecipada pelo BrazilJournal.
As companhias já possuem um cruzamento de bases acionárias. A BRF é dona de 11,6% da Minerva. A BRF é acionista da Minerva Foods desde outubro de 2014, quando vendeu as operações de carne bovina que possuia em Mato Grosso para a empresa do interior paulista. Somadas, as duas empresas teriam um faturamento superior a R$ 40 bilhões.
A despeito dos planos, a Minerva ainda não finalizou a estruturação do negócio, segundo fontes envolvidas na operação. Até o momento, nenhuma proposta foi formalizada à BRF. De acordo com essas fontes, já houve conversas preliminares para sondagem da receptividade à transação com os dois maiores acionistas da dona das marcas Sadia e Perdigão, as fundações Previ e Petros. Juntos, os fundos de pensão têm pouco mais de 22% do capital.
Se prosperar, a capitalização da Minerva seria feita com aporte de capital, em partes aproximadas, da holding VDQ, da família Vilela de Queiroz, da Salic, e com a entrada da empresa de participações em agronegócios Continental Grain, por meio da gestora Arlon. O controle da Minerva continuaria nas mãos de VDQ e Salic, fundo que pertence ao Reino da Arábia Saudita.
O objetivo é que a Minerva se torne a acionista de referência da BRF, com uma participação estimada de 30%, muito superior à qualquer atual sócio da empresa de alimentos processados. Para sauditas, o investimento na BRF é estratégico. A companhia é a maior exportadora de carne de frango para a Arábia Saudita e é dona da OneFoods, uma das maiores empresas de alimentos halal (que segue os preceitos islâmicos) do mundo.
A combinação de companhias é uma operação que não dispara a pílula de veneno da BRF, cujo gatilho é uma participação de 33%.Fonte: Valor Econômico. Leia mais em beefpoint 05/05/2018
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