Quanto ao montante dos investimentos, no mês foi apurado o valor de R$ 1,3 bilhão, um crescimento de 64,9% em relação ao mês anterior e de R$ 9,9 bilhões no trimestre, um aumento de 945% no acumulado do ano.
Os segmentos de maior volume de operações no mês e também no acumulado do ano foram os de SOFTWARE e SERVIÇOS DE TI.
Em março os Investidores Financeiros foram mais ativos em volume - 15 negócios, e os Investidores Estratégicos realizaram somente 9. No ano, os Investidores Financeiros realizaram 34 operações, enquanto os Investidores Estratégicos somaram 27 negócios.
Os Investidores Nacionais foram responsáveis neste mês por 25,0% dos investimentos enquanto os Estrangeiros ficaram com 75,0%.
Somente quatro países investiram neste mês, com destaque para os EUA. No acumulado do ano, foram 17 operações com investidores estrangeiros, sendo os EUA responsáveis por 47% dos negócios.
O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês sinaliza crescimento.
A maior transação no mês de fevereiro/18, foi o aporte de US$ 185 milhões na Rappi, por parte dos Fundos Delivery Hero, Andreessen Horowitz e Sequoia Capital. A Rappi, um aplicativo de serviço de compras e entregas de produtos, recebeu investimento de 185 milhões de dólares, valor que será usado para expandir a operação da empresa no país. 25/03/2018
Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês corrente As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês, etc.
ANÁLISE DO MÊS
Principais constatações.
No acumulado do 1º trim/2018, com 61 transações, manteve o mesmo volume comparativamente ao primeiro trimestre de 2017. No mês de março/18, foram realizadas 24 transações, representando uma queda de 20,0% em relação a março do ano passado (30 operações) e um aumento de 14,3% em relação ao mês imediatamente anterior (21 transações).
No fluxo de transações realizadas trimestralmente, verificou-se uma queda em relação ao último trimestre/17.
O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em março/18, sinaliza uma continuidade do crescimento.
Os segmentos de maior volume de operações em mar/18, foram os de SOFTWARE e SERVIÇOS DE TI, representando uma concentração de 92% das transações.
Na classificação entre os Segmentos de TI no mês de março, os subsegmentos de BI, CRM, ERP, HR, SCM,CM,.. (Horizontais App) de SOFTWARE; e Finanças, Comunicações, Educação, Saúde, Energia e Meio ambiente, Setor público.. (Verticais App) foram os mais ativo. No acumulado do primeiro trimestre do ano, SOFTWARE vem liderando o número de transações, seguido por SERVIÇOS DE TI.
O montante de transações no acumulado de 2018, alcançou R$ 9,9 bilhões, representando um crescimento expressivo de 945% sobre igual período do ano anterior - fortemente influenciado pelo IPO da PagSeguro, em janeiro, levantando US$2,7 bi.
No mês de março, o total das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores (96,0%) e as não divulgadas (estimados) 4,0%, alcançaram cerca de R$ 1,3 bilhão, representando um crescimento de 492% em relação ao mês de março/17.
Comparando-se o número de transações do acumulado do primeiro trimestre do ano, por segmentos, compiladas nos últimos três anos, verifica-se crescimento somente nos segmentos de SOFTWARE e de COMÉRCIO ELETRÔNICO.
Quanto à representatividade das transações por segmentos, nos últimos 5 anos - considerando em 2018, somente o 1º trimestre -, constata-se um aumento expressivo de 3 segmentos: Software, Serviços de TI e Mídia. Em 2014, estes e segmentos representavam 60% do total das operações, atualmente concentram 82,0%.
RACIONAL DO INVESTIMENTO
A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
No acumulado do ano, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram - voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias.
(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos
(2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências
(3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares
(4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala;
PORTE DAS EMPRESAS
O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno e médios portes no presente mês.
• Microempresa <= R$ 2,4 milhões
• Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
• Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
• Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
• Grande empresa > R$ 300 milhões
Quanto à representatividade das transações sob a ótica do Porte, nos últimos 5 anos - considerando somente o 1º trimestre em 2018 -, observa-se uma queda da participação das micros e pequenas operações. Em 2014, estes e segmentos representavam 57,3% do total das operações, atualmente concentram 47,5%.
PERFIL DO INVESTIDOR
Em relação ao perfil do investidor das 24 operações destacadas, os Investidores Estratégicos foram responsáveis por 9 negócios em mar/18. Desse volume, 6 foram de capital nacional e 3 de estrangeiro. Os investidores Financeiros realizaram 15 negócios, sendo 11 de capital nacional.
No acumulado do primeiro trimestre de 2018, o Investidor Financeiro se destaca com maior número de operações - 34 (55,7%).
Por sua vez, o Investidor de Capital Nacional foi mais ativo com 44 operações (72,1%), enquanto o Investidor Estrangeiro foi responsável por 17 negócios (27,9%).
Já no que tange ao montante das transações no mês, de R$ 1,3 bilhão, os Investidores Nacionais foram responsáveis por 25,0% dos investimentos enquanto os Estrangeiros ficaram com 75,0%.
No acumulado do ano, R$ 9,9 bilhões, verificou-se um crescimento de 945% comparado ao mesmo período do ano passado, os Investidores estrangeiros responderam por 92,4%, com montante estimado em R$ 9,1 bilhões, (fortemente influenciado pelo IPO da PagSeguro ) enquanto os Nacionais foram responsáveis por 7,6%, com um valor de R$ 0,8 bilhão.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).
VALOR MÉDIO
O valor médio das transações no primeiro trimestre/18, por Segmento de TI, foi de R$ 162 milhões.
NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES
Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de março/18, foram registrados 7 operações. No acumulado do ano, foram 17 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por 47% dos negócios.
MAIOR TRANSAÇÃO DIVULGADA NO MÊS
A maior transação no mês de março, foi o aporte de US$ 185 milhões na Rappi, por parte dos Fundos Delivery Hero, Andreessen Horowitz e Sequoia Capital. Apenas sete meses depois de chegar ao Brasil, a Rappi, um aplicativo de serviço de compras e entregas de produtos, recebeu investimento de 185 milhões de dólares, valor que será usado para expandir a operação da empresa no país. 25/03/2018
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.
- RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em fevereiro/2018
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
O RADAR de M&A em TI tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Operações divulgadas em relatórios anteriores podem sofrer alterações, por conta de cancelamentos, renegociações, atualizações, etc. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.
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