A Raízen — joint venture da Cosan com a Shell — acaba de anunciar a compra da rede de postos de gasolina da Shell na Argentina, achando crescimento no exterior num momento em que o CADE vetou a compra da AleSat pela Ipiranga.
O valor da aquisição — US$ 950 milhões — será pago à vista e equivale a menos de 4 vezes o EBITDA da Shell Argentina. Para efeito de comparação, a BR Distribuidora negocia a cerca de 9,4 vezes seu EBITDA de 2017.
Dona de uma rede de 645 postos, uma refinaria, uma planta de lubrificantes, três terminais terrestres, duas bases de abastecimento em aeroportos e ativos de GLP (gás liquefeito de petróleo), a Shell Argentina vende aproximadamente 6 bilhões de litros/ano e é o segundo player do mercado, com um share de cerca de 20%.
Segundo a Cosan, a operação teve um faturamento líquido (proforma) de US$ 3,3 bilhões no ano fiscal terminado em dezembro de 2017.
A operação argentina é administrada por Teófilo “Teo” Lacroze, um veterano da Shell que trabalhou na Raizen entre 2011 e 2015 e em seguida retornou à companhia anglo-holandesa, onde melhorou substancialmente o resultado da operação argentina. Na Cosan, Teo é tido como um dos grandes talentos aportados pela Shell na Raízen.
O preço da aquisição assume que a companhias adquirida não possui endividamento e, segundo a Cosan, "está sujeito a ajustes de variações de capital de giro e pelo montante de dívida líquida no fechamento."
A Raízen fará um 'carve out’ (separação e venda) dos ativos relacionados à operação de exploração e produção de petróleo que fazem parte da operação.
O Morgan Stanley assessorou a Cosan. Geraldo Samor Leia mais em braziljournal 24/04/2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário