A Stone está testando as águas para um private placement de cerca de US$ 250 milhões junto a investidores internacionais, no que deve ser sua última rodada de capital antes do IPO, disseram duas fontes próximas à empresa.
Goldman Sachs e JP Morgan estão assessorando a companhia.
O mercado estima que a Stone — que gera caixa e cujo negócio cresce a taxas próximas de 100% ao ano — já tenha cerca de 5% do mercado de cartões brasileiro.
De acordo com uma fonte próxima à companhia, a Stone planeja fazer seu IPO este ano, logo após o resultado da eleição presidencial. Assim como a PagSeguro, a Stone deve se listar apenas no mercado americano.
A captação que está sendo estudada agora financiaria aquisições de empresas de tecnologia ainda este ano.
A Stone, que tem brigado pela abertura do mercado de cartões, sempre carregou uma posição de caixa líquido ‘substancial’ para fazer frente à concorrência com os grandes bancos, que operam no mercado via Cielo e Rede.
A Stone foi criada em 2012, mas os fundadores André Street e Eduardo Pontes passaram cerca de um ano e meio apenas desenvolvendo o código. O esforço comercial começou de verdade em 2013, segundo pessoas que acompanham a trajetória da empresa.
De lá pra cá, a Stone atraiu investidores como a T. Rowe Price e a Tiger Global Management, ambas com vasto histórico de investimentos em internet e tecnologia; sócios da Advent International baseados em Londres; a Gávea Investimentos; o Madrone, veículo da família Walton, controladores do Wal-Mart; entre outros investidores institucionais.
Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Armínio Fraga também foram investidores de ‘early stage' da companhia.
A Stone usou parte dos recursos levantados até hoje para recomprar a participação de dois investidores — o BTG Pactual e o Banco Pan — e investiu cerca de US$ 100 milhões em 2016 na compra da Elavon, que deu à empresa contas importantes e uma carteira de clientes que, quando migrada para a plataforma da Stone, tornou-se mais lucrativa. (A Stone tinha um custo de processamento mais baixo e menos ‘churn’ que a Elavon.)
A Stone está vindo a mercado num momento em que o Banco Central aumenta a pressão por mais concorrência no mercado de cartões e tenta reduzir os custos para lojistas e o uso de papel-moeda na economia como um todo.
O sucesso arrebatador do IPO da PagSeguro demonstrou à Stone o tamanho da demanda internacional por fintechs que geram caixa. Segundo uma fonte, a Stone deverá ter este ano um lucro líquido semelhante ao que a PagSeguro teve em 2017 — os números que embasaram o IPO da empresa dos Frias. Geraldo Samor Leia mais em braziljournal 22/03/2018
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