O Pátria Investimentos mantém negociações para adquirir o controle do Grupo Pitangueiras, do Paraná. Se confirmado, será a primeiro negócio da gestora no segmento de comercialização e distribuição de insumos agrícolas no país. Segundo o Valor apurou, as tratativas estão na reta final e a conclusão da transação deverá ser anunciada logo.
Com faturamento anual de aproximadamente R$ 250 milhões, o Pitangueiras foi criado em 1990 e atua exclusivamente no Paraná. Além de ter sede na capital do Estado, tem oito escritórios regionais e 11 unidades de distribuição e vendas nas regiões de Curitiba e Campos Gerais. É também um dos principais revendedores de produtos da Bayer no mercado paranaense.
Procurado, o Pátria afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentaria a informação. O Grupo Pitangueiras, por sua vez, não respondeu ao pedido de entrevista do jornal.
Associado ou não ao recebimento de grãos, o segmento de distribuição de insumos tem sido um dos mais cobiçados do agronegócio brasileiro por investidores. Fragmentado e dominado por grupos locais e regionais - e ainda familiares, na sua maioria -, os canais de distribuição tornaram-se alvo de fundos dispostos a apostar no setor nos últimos anos. Um deles, o Aqua Capital, já realizou aportes na Agro100, de Londrina, e na Rural Brasil, com lojas espalhadas por Goiás, Mato Grosso e sul do Pará.
No agronegócio, o Pátria já detém o controle acionário da Agrichem (de fertilizantes de alta concentração), da Frooty (de açaí) e da AC Café (da marca Café do Centro). Mais recentemente, lançou um fundo com a pretensão de captar US$ 300 milhões para a compra de terras destinadas ao plantio de grãos na "fronteira" formada por Tocantins, Maranhão, oeste da Bahia e noroeste do Estado de Mato Grosso.
O Pitangueiras faz parte de uma seleta lista de cerca de 80 revendas que estão no radar das gestoras. São empresas consideradas "redondas" do ponto de vista gerencial e financeiro e com faturamento entre R$ 200 milhões e R$ 400 milhões. No total, há no país mais de 2 mil revendas. A maioria, no entanto, são pequenas e "incompráveis" [sic], na opinião de um gestor de fundos. "É um setor sempre complexo, mas há boas oportunidades sobre a mesa", disse.
De acordo com uma fonte familiarizada com o grupo, o Pitangueiras também pode ter atraído a atenção da gestora por fazer "barter" - a troca de insumos por grãos entre o produtor e agroindústrias, onde estão boas margens da originação. Fonte:Valor Econômico Leia mais em portal.newsnte 28/03/2018
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