Os investidores estrangeiros dominam os negócios na bolsa brasileira há tempos. Para o bem e para o mal. Quem está na ponta oposta desses atores com reconhecido poder de fogo para abrir posições em vários mercados, mas dela sair quando bem entender, deve dobrar sua atenção.
Os estrangeiros já testaram o acelerador e usaram. Agora, eles testam os freios. Especialistas em ações CM Capital Markets informam que os estrangeiros colocaram R$ 8,12 bilhões em ações brasileiras nos últimos 21 pregões. Isso quer dizer que esses recursos animaram a bolsa brasileira (B3) e o Ibovespa na passagem de 2017 para 2018.
Ocorre que nas últimas cinco sessões na B3 - de 9 a 15 de janeiro -, foram injetados em ações R$ 1,29 bilhão. Esse volume equivale a menos de 16% do total contabilizado em três semanas contínuas de negócios. A conversão dos valores em médias diárias mostra enfraquecimento no ritmo de atuação desses aplicadores.
As médias citadas abaixo são simples e não representam dados ponderados por volume: R$ 8,12 bilhões (negociados em 21 sessões) representam ingresso de R$ 386 milhões em média ao dia; R$ 6,83 bilhões (em 16 sessões) representam ingresso de R$ 426 milhões em média ao dia; R$ 1,29 bilhão (negociado em cinco sessões) representa ingresso de R$ 258 milhões em média ao dia. O volume médio diário dos investidores estrangeiros nos últimos cinco pregões tem queda de 33% se comparado ao volume observado nas 21 sessões, aquele que totalizou R$ 8,12 bilhões.
O volume médio diário dos estrangeiros nos últimos cinco pregões tem queda de 39,4% em relação ao registrado nas 16 sessões, que retiram das 21 o período mais recente e mais curto avaliado pela Capital Markets.
O monitoramento realizado pelos analistas da CM mostra também que os investidores que atuaram como contraparte dos estrangeiros foram os institucionais. Na medição que contempla 21 pregões seguidos, as fundações venderam R$ 6,86 bilhões de ações.
Foi neste mesmo período que os estrangeiros compraram R$ 8,12 bilhões. Nos últimos cinco pregões, as vendas dos estrangeiros em ações somaram R$ 740 milhões.
Os investidores estrangeiros ainda vão ter que pedalar para elevar sua participação no volume negociado na bolsa brasileira a níveis próximos a 50%, registrado em 2015.
No ano passado, esses investidores responderam por 48,4% do total - posição muito à frente dos investidores institucionais, que ocupam a segunda posição, com 27,2%. Publicado por Valor Online Leia mais em gsnoticias 17/01/2017
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