07 dezembro 2017

Em onze meses, empresas captam R$ 242 bilhões em mercados de capital

O volume levantado por empresas nos mercados de capitais local e externo soma R$ 242,2 bilhões de janeiro a novembro de 2017, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima),  uma alta de 44% na comparação com o mesmo período de 2016. Desse total, R$ 86,7 bilhões vêm da emissão de renda fixa no mercado externo, R$ 123,8 bilhões da renda fixa local e instrumentos híbridos e R$ 31,7 bilhões de renda variável.

O volume de emissões de ações é o maior desde 2011, com destaque para ofertas iniciais de ações (IPOs), e a maior ... leia mais em valoreconomico 07/12/2017
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Empresas levantam RS$ 242 bi no mercado de capitais no ano

Em um momento no qual a taxa básica atingiu a mínima histórica, a atividade ensaia uma retomada, o BNDES busca mudar a forma de atuação e o cenário econômico e político mantém a oferta de crédito restrita, o mercado de capitais ocupa, cada vez mais, posição de destaque no financiamento das companhias no Brasil.

O volume levantado por empresas nos mercados de capitais local e externo alcançou os R$ 242,2 bilhões de janeiro a novembro de 2017, segundo dados da Anbima, o que representa alta de 44% na comparação com o mesmo período de 2016.

Desse total, R$ 86,7 bilhões vêm da emissão de renda fixa no mercado externo, R$ 123,8 bilhões da renda fixa local e instrumentos híbridos e R$ 31,7 bilhões de renda variável. O volume de emissões de ações é o maior desde 2011, com destaque para ofertas iniciais de ações (IPOs), e a maior parte das operações foi para reforço de caixa das empresas.

Em renda fixa local, o destaque foi a maior distribuição a mercado das debêntures, fatia que ficou em torno de 70% de janeiro a novembro. É a maior fatia distribuída a mercado da série histórica. A participação menor do balanço dos bancos é consequência da maior demanda dos investidores institucionais e pessoas físicas. As notas promissórias cresceram 217% no ano, passando a R$ 21,8 bilhões. Aumentou também a fatia de notas mais longas, acima de 366 dias, com 55% do total.

Em meio a esse ambiente fértil para o crescimento de captações via dívida e ações, um grupo de personalidades e representantes do mercado, entre os quais os ex-presidentes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Thomás Tosta de Sá e Roberto Teixeira da Costa, lançou ontem o Comitê pra Desenvolvimento do Mercado de Capitais (Codemec), que pretende ser um fórum permanente de discussão sobre o tema. Tosta de Sá assume como presidente da recém-lançada entidade.

"Vamos encerrar o ano com uma taxa de juros que tínhamos esquecido que existia e inflação mais baixa em décadas, assim abre-se amplo espaço para o mercado de capitais ser o grande financiador da economia e do desenvolvimento social do país", afirmou Tosta de Sá.

Para Gustavo Tavares Borba, diretor da CVM, o grande desafio da autarquia é conseguir um equilíbrio entre a proteção ao investidor e o peso da regulação.

"O excesso de normas aumenta o custo, mas, ao mesmo tempo, temos de garantir que o investidor tenha proteção", disse o executivo, que participou do evento de lançamento do Codemec, que contou também com a presença de representantes de BNDES, B3, Abrapp e empresas do mercado.

De acordo com Borba, apesar das normas aumentarem o custo regulatório, "mercado pouco regulado não significa custo baixo, pois aumentando o risco o investidor vai exigir retorno maior". O diretor da CVM afirmou que o órgão tem um projeto para analisar as regulações existentes e enxugar o "excesso de gordura e reduzir o custo regulatório" sem prejudicar a proteção ao investidor.

Borba citou ainda a simplificação de regras para ofertas públicas restritas no âmbito da instrução CVM 476, que envolva até 75 investidores profissionais.

Ele também explicou que a recente regulação do "equity crowdfunding" se insere nesse trabalho, que também tem como objetivo ampliar o acesso ao mercado e, ao mesmo tempo, reduzir o custo regulatório.

Outra inovação tecnológica foi mencionada pelo diretor da CVM como um exemplo da tentativa do órgão de manter o equilíbrio normativo sem criar um ambiente de excesso de normas. "No caso do 'blockchain', percebemos que estamos no meio de uma inovação, então o momento não recomenda uma regulação." Data:08/12/2017 Fonte:Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 08/12/2017

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