02 dezembro 2017

"A Tigre vai investir R$ 300 milhões em 2018", garante presidente da empresa

A Tigre vai investir R$ 300 milhões em 2018. O valor é o dobro do que foi aplicado neste ano. OS recursos se destinam a aumento de capacidade de produção no exterior; em novos produtos, segurança e saúde do trabalhador, e capacitação técnica,  por exemplo. A líder do setor de tubos e conexões vai anunciar nova aquisição ainda em 2017. E adota uma postura mais agressiva no mercado, ampliando suas atividades.  "Há três anos, nós éramos, basicamente, fabricantes de tubos e conexões de PVC. Hoje somos mais do que isso: somos uma empresa que atua em diferentes áreas de condução de água", diz o presidente Otto Von Soethe.

Como a Tigre enxerga o ambiente de negócios?
O mercado nacional parou de cair e nós estamos crescendo 5% faturamento no acumulado do ano, embora a Associação Brasileira de Fabricantes de Materiais de Construção (Abramat) contabilize recuo de  4,6% no mercado nacional todo, entre janeiro e outubro, na comparação com o desempenho do setor verificado no ano passado.

A crise acabou?
A crise começou no início de 2014 e os segmentos mais dependentes de crédito - linha branca, automobilística e a da construção civil - foram os que mais sofreram. A linha branca foi a primeira a melhorar, no começo de 2017. A construção civil começa a reagir agora.

A confiança voltou?
Uma reflexão importante: durante estes três anos e meio, a queda do consumo interno foi maior do que a queda de renda da população. As pessoas estavam com medo de perder o emprego. Agora, os indicadores apontam constante aumento de confiança do consumidor.

Que setor está mais forte?
Para nós, a área de tintas e ferramentas  está muito bem. Nosso negócio neste segmento cresce 15% em 2017. Isso ocorre porque as reformas e a autoconstrução nunca pararam. O que há, isto sim, é maior demora na recuperação de vendas de produtos básicos, como aço, cimento. É efeito, ainda da grande quantidade de imóveis novos em estoque no Brasil: 120 mil. Este número tem baixado lentamente: 10 mil ao semestre.

Qual é o plano de expansão da Tigre?
A Tigre vai investir R$ 300 milhões no próximo ano nas suas unidades e também na expansão internacional. Será o dobro do valor aplicado em 2017. O destino principal dos recursos será para as áreas de inovação, segurança e saúde do trabalhador, e também no aumento de capacidade produtiva - neste caso, fora do Brasil, inclusive nos Estados Unidos. Nosso foco é sermos líderes nas Américas, como já somos no Brasil.

Aquisições à vista?
Devemos anunciar uma aquisição ainda até o fim deste ano, sim. Atualmente, temos 11 fábricas no Brasil e 12 no exterior. O processo de internacionalização vai se ampliar. A Argentina é nosso melhor resultado. O governo Macri está colocando muito dinheiro em infraestrutura. Lá, a Tigre cresce 20% em volume e 45% em receita. No Paraguai temos perto de 80% de participação de mercado.

Inovar é decisivo...
Claro! Inovação é o foco. Há três anos, falávamos de tubos e conexões. Hoje falamos de que o nosso negócio é condução de água e conservação de água. Daí, nossa entrada no negócio de estações de água e esgoto. Entramos, então, no mundo dos serviços- não apenas no de produtos. Vivenciamos mudança de mentalidade. Antes, as ideias surgiam internamente, com um grupo de profissionais nossos. Atualmente, temos parceria com startup e, pontualmente, contratamos olheiros para nos dar ideias.

Então, como prevê 2018?
Estamos otimistas. Os fundamentos econômicos da economia brasileira são bons, a inflação e os juros em queda de forma importante. A queda da inflação é mais significativa porque aumenta o poder de compra da população.  (Por Claudio Loetz) Leia mais em anoticia 02/12/2017

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