A Vale celebrou um acordo para a venda à norueguesa Yara de sua subsidiária integral Vale Cubatão Fertilizantes, que opera os ativos de nitrogenados e fosfatados em Cubatão (SP), por 255 milhões de dólares, informaram ambas as empresas nesta sexta-feira.
O montante acordado será pago em dinheiro com recursos próprios da Yara mediante a conclusão da transação, prevista para o segundo semestre de 2018.
A Vale afirmou em nota que "esse é mais um passo na direção da redução da alavancagem" da companhia e destacou que os recursos a serem recebidos irão reduzir o endividamento, seguindo a estratégia de desinvestimento de ativos não-estratégicos.
Já a Yara declarou que a aquisição faz parte do plano de crescimento de longo prazo da empresa no país.
"A Yara está investindo forte no Brasil", disse em nota o presidente da companhia no país, Lair Hanzen.
"Com mais esse aporte, que inclui também a produção de nitrogenados, a Yara aumenta sua presença na produção nacional... Além disso, também faz parte da nossa estratégia, o crescimento, no Brasil, em soluções industriais, as quais possuem um amplo portfólio, tendo a Europa como o principal consumidor", adicionou o executivo.
A Yara destacou que a negociação inclui um complexo de nitrogênio e fosfatos com uma capacidade de produção anual de aproximadamente 200 mil toneladas de amônia, 600 mil toneladas de nitratos (divididos entre o segmento de fertilizantes e industrial) e 980 mil toneladas de fertilizantes fosfatados.
Em 2016, segundo a Yara, o complexo de Cubatão comercializou aproximadamente 1,3 milhão de toneladas de nitrogênio e produtos fosfatados, gerando uma receita líquida de 413 milhões de dólares e uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 30 milhões e dólares.
Já a receita líquida de 2015 somou 532 milhões de dólares, enquanto o Ebitda foi de 89 milhões de dólares, ainda segundo informações da companhia norueguesa.
"A Yara planeja fazer investimentos de aproximadamente 80 milhões de dólares até 2020, a fim de materializar sinergias anuais de 25 milhões de dólares através de uma combinação de otimização de custo, ativos e portfólio de produtos", disse a empresa em nota sobre a aquisição.
A operação ainda está sujeita à aprovação das autoridades concorrenciais, a outras aprovações regulatórias e também ao não exercício do direito de preferência de terceiro até fim de 2017, explicaram as companhias. (Por Marta Nogueira) Reuters Leia mais em dci 17/11/2017
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