15 novembro 2017

TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em outubro/2017

  O volume de fusões e aquisições de empresas de Tecnologia da Informação – TI e Telecom no Brasil,  nos primeiros dez meses do ano de  2017,  alcançou o total de 209 transações, com um crescimento de 8,3% sobre igual período do ano anterior.  Em relação  ao valor dos negócios, verificou-se uma queda de 32,2%, com o montante de  R$ 7,5 bilhões.
   No mês de outubro/17 foram realizadas 13 transações,  igual número em relação a outubro/16. Os segmentos de maior volume de operações foram os de SOFTWARE  e  SERVIÇOS DE INTERNET.  No acumulado do ano os maiores apetites são de SOFTWARE e MÍDIA.
   Em outubro, os investidores financeiros foram  mais ativos em volume, como também os de capital nacional.
    No acumulado do ano,  os Investidores Financeiros realizaram 109 operações, enquanto os Investidores Estratégicos alcançaram 100 negócios.
    Os Investidores estrangeiros responderam, nesse mesmo período,  por 61,3%, com montante estimado em R$ 4,6 bilhões, enquanto os Nacionais foram responsáveis por 38,7%, com um valor de R$ 2,9 bilhões.
    Em  outubro/17, três países de origem distinta foram responsáveis por 4 operações. No acumulado do ano, foram 65 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por cerca de 41,5 % desses negócios.
    O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês sinaliza ciclo de queda contínua.
    A maior transação no mês de outubro/17, com valores divulgados, foi o aporte recebido por GuiaBolso, de R$ 125 milhões - aplicativo de controle financeiro.

Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês corrente As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês, etc.

ANÁLISE DO MÊS

Principais constatações.

No acumulado dos primeiros dez meses de 2017, com 209 transações, verificou-se um crescimento de 8,3% comparativamente ao mesmo período de 2016. No mês de outubro/17, foram realizadas 13 transações,  igual número em relação ao mesmo mês do ano passado.



No fluxo de transações realizadas mês a mês, verificou-se uma queda significativa de 38,1% em relação ao mês anterior.


O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em
outubro/17, sinaliza uma queda continuada .



Os segmentos de maior volume de operações em out/17, foram os de SOFTWARE  e SERVIÇOS DE INTERNET.


Na classificação entre os Segmentos de TI no mês de outubro, os subsegmentos de Finanças, Comunicações, Educação, Saúde, Energia e Meio ambiente, Setor público.. Recursos Humanos.. (Verticais App) de SOFTWARE  e os subsegmento BPO: serviços financeiros; contabilidade, recursos humanos...; Serviços de valor agregado SERVIÇOS DE INTERNET foram os mais ativo. No acumulado dos primeiros dez meses do ano, SOFTWARE  vem liderando o número de transações, seguido por MÍDIA.

O montante de transações no acumulado de 2017, alcançou   R$ 7,46 bilhões, representando uma queda de  32,2% sobre igual período do ano anterior. No mês de outubro, o total das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores (84,1%) e as não divulgadas (estimados) 15,9%, alcançaram cerca de R$  R$ 236 milhões, representando um  crescimento de 260%  em relação ao mês de outubro/16.


Comparando-se o número de transações do acumulado dos primeiros dez meses do ano, por segmentos, compiladas nos últimos três anos,  verifica-se  o significativo crescimento dos segmentos de SOFTWARE e de MÍDIA. De outro lado, queda do segmento de  SERVIÇOS DE TI.


Quanto à representatividade das transações por segmentos,  nos últimos 5 anos - considerando somente dez meses em 2017 -, constata-se um aumento expressivo de 3 segmentos: Software, Serviços de TI e Mídia. Em 2013, estes e segmentos representavam 56,4% do total das operações, atualmente concentram 76,6%, ou seja, aumentando a concentração em 35,8%


RACIONAL DO INVESTIMENTO
A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
No acumulado do ano, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram - voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias.

(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos
(2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências
(3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares
(4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala;

PORTE DAS EMPRESAS
O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno e médios portes no presente mês.


 • Microempresa <= R$ 2,4 milhões
 • Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
 • Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
 • Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
 • Grande empresa > R$ 300 milhões

Quanto à representatividade das transações sob a ótica do Porte,  nos últimos 5 anos - considerando somente dez meses em 2017 -, observa-se um aumento expressivo da participação das micros  e pequenas operações.  Em 2013, estes e segmentos representavam 51,8% do total das operações, atualmente concentram 63,6%.


PERFIL DO INVESTIDOR
Em relação ao perfil do investidor das 13 operações destacadas, os Investidores Financeiros foram responsáveis por 8 negócios em out/17. Desse volume, 5 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 3 de capital estrangeiro. Os investidores Estratégicos realizaram  5 negócios, sendo 4 de capital nacional.
No acumulado dos dez primeiros meses de 2017, o Investidor Financeiro se destaca com maior número de operações - 109.
Por sua vez,  o Investidor de Capital Nacional foi mais ativo com 144 operações (68,9), enquanto o Investidor Estrangeiro foi responsável por 65 negócios (31,1%).

Já no que tange ao montante das transações no mês, de R$ 236 milhões, os Investidores Nacionais foram responsáveis por 36,8% dos investimentos enquanto os Estrangeiros ficaram com 63,2%.
No acumulado do ano, R$ 7,5 bilhões, queda de 32,2% comparado ao mesmo período do ano passado,  os Investidores estrangeiros responderam por 61,3%, com montante estimado em R$4,6 bilhões, enquanto os Nacionais foram responsáveis por 38,7%, com um valor de R$ 2,9 bilhões.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).

VALOR MÉDIO
O valor médio das transações nos dez meses de 2017, por Segmento de TI,  foi de R$ 36,9 milhões, representando uma queda de  41,3%  em relação ao valor médio do mesmo período do ano passado.

NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES
Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de outubro/17, foram registrados 4 operações de 3 países de origem. No acumulado do ano, foram 65 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por cerca de 41,5 % dos negócios.


MAIOR TRANSAÇÃO DIVULGADA NO MÊS
A maior transação no mês de outubro/17, com valores divulgados, foi o aporte recebido por GuiaBolso, de R$ 125 milhões. O aplicativo de controle financeiro, deu mais um passo em seu objetivo de se tornar uma plataforma integrada para oferecer serviços financeiros. A fintech recebeu um aporte de R$ 125 milhões, em sua quinta rodada de investimentos, que envolveu seis fundos (Vostok Emerging Finance, Ribbit Capital, IFC, QED Investors, Endeavor Catalyst e Omidyar Network). 18/10/2017

RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.

RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em setembro/2017

M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 O RADAR de M&A em TI tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Operações divulgadas em relatórios anteriores podem sofrer alterações, por conta de cancelamentos, renegociações, atualizações,  etc. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.

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