“Tomar conta de cada planta individualmente desbloqueia um alto valor econômico para os agricultores", diz John Stone, executivo que trabalha com soluções inteligentes do grupo JD. Para ele, a tecnologia de visão computacional da Blue River deve dar uma encorpada no portfólio de produtos inteligentes que da JD – que inclui um sistema que utiliza GPS para automatizar movimentos de máquinas dentro da fazenda. Dessa forma, os equipamentos da John Deere poderão entender melhor o tipo de culturas com as quais estão trabalhando.
Cuidado, plantas!
De forma geral, pesticidas e outros químicos voltados para o campo são aplicados nas plantações de forma aleatória. Ou seja, mesmo que eles sejam realmente efetivos na hora de lidar com pestes e outros males que podem prejudicar a lavoura, organismos que ajudam o crescimento das plantas também estão à sua mercê.
Para evitar esse cenário, os sistemas da Blue River aplicam os produtos apenas onde eles são necessários. Os robôs da startup funcionam como um equipamento tradicional e ficam acoplados em um trator, esperando para serem acionados para a pulverização. Para garantir o bom desempenho na tarefa, todos eles são equipados com câmeras e software de machine learning. Isso faz com que eles aprendam a distinguir cada vez mais quem deve ser atacado e quem deve ser deixado em paz.
Alfaces e algodões
Como se trata de um mercado com necessidades bem específicas para cada tipo de plantação, a primeira solução da Blue River tem foco em produtores de alface. O LettuceBot, como é chamado, já atua em 10% da produção do alimento dos EUA e é usado para combater ervas daninhas e retirar plantas muito pequenas ou que estão nascendo em cima de outras.
Para 2018, a empresa está preparando um produto feito sob medida para quem cultiva algodão. A vantagem aqui, é que o novo dispositivo tem praticamente as mesmas características do robô para alface. A startup afirma que já consegue atuar de forma a reduzir 90% do uso de herbicidas – o que (felizmente) também pode significar plantações mais saudáveis para os humanos.
Mesmo com a aquisição, a ideia é que a companhia continue a trabalhar de forma independente, com planos de, muito em breve, abranger outros tipos de plantações, como milho e soja.
Na terra e no ar
O acordo entre John Deere e Blue River reflete o crescente apetite do ramo de agricultura por tecnologia – o que hoje é comumente conhecido como “agricultura de precisão”. Com isso, as fazendas passam a se beneficiar da TI não apenas para trazer colheitas de melhor qualidade, mas também para melhorar a produtividade de suas plantações.
Esse namoro entre os setores (e as vantagens trazidas por ele) são essenciais para muita gente. Pudera, já que, em diversos países, a agricultura apresenta grande contribuição para o mercado interno e externo. No Brasil, por exemplo, agricultura respondia, até o ano passado, por 1,8% do PIB, sendo que a grande maioria da produção nacional (80%) é consumida pela própria população brasileira.
Outra tecnologia que está sendo bastante aproveitada no campo é a de drones. Um exemplo disso por aqui é que, em 2016, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) fechou uma parceria com a Qualcomm para o uso desses veículos aéreos por pequenos produtores. O objetivo? Ajudar a identificar mais facilmente partes das plantações que precisariam de um cuidado maior. Fonte Wired Leia mais em thebrief 08/09/2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário