Acionistas da Azul pretendem vender parte de sua participação na companhia aérea em uma oferta subsequente (“follow-on", em inglês), que envolverá 40.630.186 ações preferenciais. A operação, que será realizada com esforços restritos de colocação, deve movimentar pelo menos R$ 1,074 bilhão, com base na cotação de fechamento dos papéis ontem (R$ 24,44, queda de 5,2%). Incluindo o lote adicional que poderá ser distribuído no exterior, na forma de ADS (recibos de ações), a oferta pode chegar a RS 1,182 bilhão.
O grupo vendedor das ações, de acordo com fato relevante divulgado ontem à noite, é formado por Saleb II Founder 1, Star Sabia, WP-New Air, ZDBR, Maraca- tu LLC, Trip Investimentos, Trip Participações e Rio Novo Locações Ltda. A Azul informa que os investidores HNA Group e a United Airlines, considerados estratégicos, não estão entre os acionistas vendedores da operação. No caso da Saleb, empresa controlada por David Neeleman, fundador e principal acionista da Azul, a companhia afirma que o executivo não está vendendo ações no nome dele.
A operação faz parte do acordo de divórcio de Neeleman, no qual ele se comprometeu a transferir para a ex-mulher, Vicki Labrum, os recursos com a venda das ações da Saleb na oferta, ainda de acordo com o comunicado da Azul. Para vender os papéis, Neeleman obteve a dispensa da vedação à negociação (“lock-up”) pela B3.
A Azul concluiu seu IPO na B3 e na Nyse em abril deste ano, ao preço de R$ 21,00. Ao todo, a companhia captou R$ 2,02 bilhões, sendo R$ 1,323 bilhão em recursos novos, que foram para o caixa da companhia. Outros RS 698 milhões foram para acionistas da empresa que decidiram vender suas posições.
A nova operação será coordenada pelo mesmo sindicato de bancos que liderou a abertura de capital da Azul: Itaú BBA, Citi, Deutsche, B Investimentos, Bradesco BBI, Santander, J.P. Morgan e J. Safra. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 13/09/2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário