O custo de lançar ações no Brasil e um mercado com receio de empresas sem histórico fazem com que companhias médias deixem de abrir capital no Bovespa Mais, segmento de iniciantes, e procurem a Bolsa de Nova York.
A Decolar.com anunciou que protocolou o pedido no órgão americano equivalente à CVM para ter ações negociadas nos Estados Unidos.Em abril, a Netshoes abriu capital também em Nova York.
Essa iniciativa se explica por haver mais investidores que se interessam por empresas de tecnologia no exterior que aqui, afirma Cristiana Pereira, diretora da B3.
A presença desses negócios na Bolsa é baixa e não há parâmetro de comparação para o desempenho dos papéis.
"Aqui, investe-se em companhias que já dão resultado positivo e que têm estrutura."
Exigências e custo para entrar no segmento do Bovespa Mais são iguais ao de outros mercados, diz ela. Essa ideia não é unanimidade.
"Valores aqui são mais elevados —não o que se paga à B3, mas aos advogados, auditores, implementação da área de relações com investidores", diz Andrew Storfer, diretor-executivo da Anefac (associação de executivos).
Nos EUA, o mercado tem mais escala, e esses serviços custam menos, segundo ele.
As exigências são parecidas, afirma Vinicius Correa, vice-presidente da Apimec.
"Para valer a pena abrir capital, tem de ser oferta grande, de R$ 1 bilhão, e ainda que se façam esforços no Bovespa Mais, não é vantajoso."
HISTÓRICO DA ENTRADA – Listagem de empresas que ainda estão no Bovespa Mais. Fonte Mercado Aberto Colunistas Leia mais em mtmais 22/08/2017
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