Empresa quer se desfazer de 49% da ações ON e 100% das PN
A Gasmig possui um valor de mercado de R$ 1,2 bilhão
A Cemig segue firme na intenção de vender pelo menos parte de sua participação na distribuidora mineira de gás natural, a Gasmig. Segundo o diretor de Finanças e Relações com Investidores da companhia, Adézio de Almeida Lima, esse ativo é “o terceiro ou quarto mais importante” do plano de desinvestimentos da elétrica, “talvez o terceiro”, acrescentou o executivo, que busca compradores para as participações da estatal na Light, nas hidrelétricas Santo Antônio e Belo Monte e na Taesa, entre outras.
A Cemig colocou à venda 49% da ações ON e 100% das PN da Gasmig, que, segundo a estatal, possui um valor de mercado de R$ 1,2 bilhão. Ao comentar o assunto, durante teleconferência, Lima indicou, inicialmente, que dificilmente a empresa conseguiria vender 100% da distribuidora, porque isso exigiria, pelas leis de Minas, a realização de um plebiscito, e não haveria clima político para isso no Estado.
Ele considerou, porém, a possibilidade de alteração na Constituição estadual, na Assembleia. “Não existe ambiente para um referendo, mas mudança na Constituição de repente tem ambiente", disse.
No momento, o status da venda da Gasmig é de “elaboração de editais”. Lima indicou que espera divulgar, até o fim deste ano, um “fato importante” sobre a Gasmig. E afirmou que “muitos compradores” têm visitado a companhia buscando informações sobre este e outros ativos.
Usinas. A também Cemig reiterou nessa segunda-feira (10) que segue buscando negociar com o governo federal uma solução que permita à estatal manter a operação de suas usinas Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande, que tiveram suas concessões vencidas e que a União pretende relicitar em setembro.”Mantemos negociações permanentemente com governo central - Ministério de Minas e Energia, Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e Casa Civil -, para buscarmos soluções”, disse Lima. Para ele, a proposta apresentada semana passada pelo Ministério de Minas e Energia para aprimoramento do setor elétrico, colocada em consulta pública, “dá luz na questão”.
Ele citou o item 3.144 do texto, que cita “a possibilidade dos proprietários dos ativos de concessões vencidas trocarem o direito à indenização pela venda direta desses ativos (ou seja, do direito de terem esses ativos remunerados via tarifa ou indenizados) ao vencedor da licitação da nova concessão, com possibilidade de abatimento de créditos entre as partes”.
Segundo Lima, este texto seria justamente para atender a Cemig, “única geradora com concessão vencida”, e abriria uma “perspectiva maior de negociação” com o governo. Leia mais em tempo 11/07/2017
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