A compra do Terra pela Telefônica Data, uma subsidiária da Telefônica Brasil, pode gerar um benefício fiscal de R$ 194 milhões para a operadora (dona da marca Vivo), segundo estimativa do banco Credit Suisse. O Terra já fazia parte do grupo Telefónica.
Em relatório enviado a clientes, os analistas Daniel Federle e Juan Pablo Alba calculam que a Terra Networks tinha um prejuízo acumulado de R$ 807 milhões em 2016, uma redução em relação aos R$ 899 milhões de 2015 por conta do lucro líquido de R$ 91,5 milhões registrado no ano passado. Respeitando a trava dos 30%, a companhia só conseguiria abater R$ 238 milhões em um ano.
Considerando a diferença de R$ 569 milhões para os R$ 807 milhões e assumindo que a Telefônica Data tem créditos fiscais para amortizar o valor no primeiro ano, os analistas chegaram à conta de R$ 194 milhões.
Nas contas do Credit, a compra do Terra por R$ 250 milhões avaliou a companhia em 1,43 vez o seu "enterprise value" em 2016, de R$ 149,3 milhões, menos da metade do múltiplo registrado em 2015. A estimativa é que a companhia tenha fechado 2016 com um caixa líquido de R$ 100,7 milhões.
A receita do Terra em 2016 foi de R$ 327,1 milhões, uma queda de 13% sobre 2015. Como consequência do enxugamento das operações a partir de 2014, a empresa teve redução de 33% nos custos e de 23% nas despesas gerais e administrativas. Com isso, o lucro líquido saltou 320%, para R$ 91,5 milhões.
De forma geral, os analistas do Credit avaliaram a operação como levemente positiva. "Sob a nova estrutura de holding, esperamos uma maior troca de conhecimento, assim como sinergias de custos por conta das estruturas unificadas. Acima de tudo, acreditamos que o portal Terra permitirá à Vivo incluir serviços de conteúdo adicionais a seus pacotes móveis e se beneficiar de uma melhor eficiência tributária (ICMS mais baixo)", escreveram Federle e Alba. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 06/07/2017
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