A empresa de investimento Warren aposta no formato eletrônico para saltar dos atuais 5 mil clientes para 50 mil até o fim do ano, ganhando escala sem a necessidade de novos investimentos.
A fintech, criada há menos de um ano por ex-sócios da XP Investimentos e voltada para pessoa física, oferece cinco fundos administrados e distribuídos pela própria empresa, com a carteira do mais conservador 100 por cento em renda fixa, enquanto o mais arrojado tem 34 por cento em renda variável.
Para aumentar o cardápio, sem ter que montar uma equipe de análise e gestão, a empresa está fechando a compra de uma corretora até o fim do ano, o que permitirá oferecer fundos administrados por outros gestores.
Segundo o sócio do Warren Eduardo Glitz, a compra da corretora, que não tem carteira própria de clientes é pré-condição para poder oferecer outro produtos, segundo as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
"O objetivo da compra é pelo veículo, não pela carteira de clientes", disse Glitz, acrescentando que o custo de captação de clientes da fintech atualmente é de 20 reais cada, o que não justificaria comprar carteiras de outras empresas.
Segundo o executivo, cerca de 80 por cento da equipe de apenas 30 pessoas estão voltadas para áreas de tecnologia e marketing e um investimento em aumento de pessoal não é necessário para atingir a meta de crescimento.
O publico-alvo da fintech são pessoas interesse em investir, e que não têm conhecimento de produtos financeiros. Para Glitz, cerca de 80 por cento dos investidores no país têm esse perfil.
Por isso, os fundos são mais alocados em renda fixa. Para atrair o público não familiarizado com economia, a linguagem do site é simples, e com foco no público jovem, entre 25 e 35 anos.
"Não adianta falar em percentual de CDI. Isso assusta essas pessoas", disse Glitz, acrescentando que a empresa não pretende ter o melhor desempenho entre os gestores, mas levar novos investidores a poupar de formas diferentes.
O perfil dos clientes é avaliado de forma eletrônica. A plataforma tem contato virtual para identificar o perfil dos clientes e sugerir fundos mais indicados segundo os objetivos e para lembrá-los quanto falta para alcançar a meta.
Além de Glitz, outros ex-sócios da XP envolvidos no projeto são Tito Gusmão e Marcelo Maisonnave. (Por Flavia Bohone) Reuters Leia mais em dci 28/06/2017
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