Na avaliação de fontes do setor, a empresa pode voltar às compras mirando ativos regionais de ensino presencial em cidades onde ainda não atua. Já a Estácio tende a ser alvo de outros grupos.
Pequenas e médias instituições de ensino têm se movimentando em busca de um comprador porque avaliam que o cenário de consolidação é irreversível, mesmo com a rejeição de Kroton e Estácio no Cade.
Sem a Estácio, especula-se ainda que a Kroton possa se voltar para um processo de consolidação de escolas de ensino básico. Esse é um segmento no qual a empresa atua hoje, com o sistema de ensino Pitágoras, e em cuja expansão a Kroton já demonstrou interesse em outros momentos.
Já a Estácio, descartada a fusão com a Kroton, deve passar a ser assediada por outros concorrentes. Ela poderá ser, mais uma vez, alvo de interesse da Ser Educacional. A companhia de origem pernambucana chegou a disputar a compra da Estácio com a mineira Kroton, mas acabou sendo preterida. À época, o controlador da Ser, Janguiê Diniz, se aproximou de Chaim Zaher, maior acionista individual da Estácio.
Tanto no caso da Estácio como no da Kroton, os projetos de crescimento futuro tendem a passar pela abertura orgânica de novos polos de ensino a distância. Uma regulação do setor, aprovada na semana passada, permite que instituições de ensino com notas satisfatórias inaugurem novos polos (pontos de apoio ao ensino a distância) sem necessidade de visita in loco e autorização prévia. Ao mesmo tempo em que deve acelerar a abertura de polos, essa medida pode acirrar a competição no setor.
“A Estácio sai mais fragilizada da decisão do Cade”, diz Carlos Monteiro da CM Consultoria. “Acredito que ela deve dar uma resposta rápida ao mercado para sustar a perda de valor que vem sentindo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Estadão Conteúdo Leia mais em istoedinheiro 29/06/2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário